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sexta-feira, junho 30, 2006

Contrastes

Na Argentina, Pekerman deixa o lugar à disposição por não atingir, "sequer", as meias-finais do Mundial.
Em Portugal, Scolari já tem o lugar garantido por atingir os quartos...

Ezequias no FC Porto e o resto

O Mundo (portista) deve estar louco!

Ou será que o rapaz, brasileiro, de 25 anos, polivalente do sector mais recuado, ex-jogador de Marítimo, Gil Vicente e Académica - onde rendeu pouco, muito pouco! -, com os ares lá de cima ainda se vai tornar numa referência ao lado de outros descartados, como Pepe ou João Paulo (ambos pelo Sporting!)?

Bom, eu quase que arriscava o desfecho da história- tipo um empréstimo ao Tourizense, lá para Dezembro - até com as mãos sobre uma lareira, mas não vale a pena! Desde que vi o Ricardo Costa ser convocado para um campeonato do mundo de futebol...

Entretanto, mais a Sul, o Sporting faz mais manchetes que o Benfica (onde é que já se viu. Depois não querem crises!). "Enakarhire, Paredes e Derlei estão a caminho", insistem os três desportivos.

Já da Luz não sai nada de novo. Falta apenas confirmar os destinos de Quim (de volta a Braga?) e Simão; contratar o Miguelito; tratar bem o/do Manuel Fernandes; ir buscar dois extremos (para a direita e para a esquerda) e um avançado titulares indiscutíveis; ultrapassar a "novela Miccoli", ter coragem para dizer ao Mantorras que podia ter sido um grande jogador e identificar o próximo grego a contratar.

P.S.: Entretanto, a Briosa contratou Gonçalo (ex-Tourizense), Medeiros (ex-V. Guimarães), Paulo Sérgio (ex-Moreirense), Douglas (ex-Coritiba) e Hélder Barbosa (ex-FC Porto). Estão por chegar: o Litos (ex-Málaga), um defesa-direito, um "trinco", um extremo-direito e um ponta-de-lança.

terça-feira, junho 27, 2006

Gracias hermanos

Mais uns dias com Zidane!

P.S.: Este ano ainda acreditei, mas... decididamente, a Espanha não nasceu para isto (entenda-se, campeonatos do mundo de futebol).

Nação valente

Ando por aí orgulhoso, a destacar os méritos da nossa selecção, enquanto me deparo com alguns adeptos divididos, entre um misto de alegria e vergonha – termo escolhido para qualificar a actuação de Portugal na “batalha” de Nuremberga. Confesso que, pessoalmente, me custa (e de que maneira!) a compreender estas opiniões.

Até posso ser alvo de um rol de acusações – que vão desde o nacionalismo exacerbado, ao chauvinismo ou até fundamentalismo patriótico –, mas observar alguém criticar aqueles jogadores dói-me, sinceramente, como se uma espada me trespassasse da cabeça aos pés.

Por exemplo: eu joguei andebol durante uma década, quase sempre orientado por um técnico que nem sequer nos bater faltou, género “sargentão”, duro, mas, e sobretudo, protector de valores individuais e colectivos. Se não sabem, a modalidade de que falo mete o futebol num chinelo no que diz respeito à agressividade (não exagero fazendo uma comparação de uma falta, no jogo dos pés, para dez, no praticado com as mãos).
Picardias, com ou sem bola a rolar, adrenalina ao máximo e “toques” (nem sempre agradáveis) por debaixo da mesa eram frequentes. Não conheço nenhum colega meu que se tenha encolhido, que não tenha empurrado ou gritado bem alto em defesa das nossas cores. O resultado de tudo isto era apenas orgulho, o sentimento de dever cumprido, por afirmar, fosse contra quem fosse, a grandeza do meu clube.

Pena de quem sente vergonha, na hora de ver alguém, para mais dos nossos, jogar por amor à camisola!
(coisa rara)

P.S.: isto é, certamente, um mal de carácter. Um reflexo de uma faceta competitiva e ambiciosa; das minhas crenças políticas de direita; de convicções de preservação nacionalista; da necessidade de lutar cedo, na vida pessoal e profissional. Para mim, tanta "vergonha" não é mais que a consolidação do epíteto de coitadinho, provocador de traumas colectivos, travão da nação em todos os seus sectores.
(isto é também um relato antiquado, numa toada dura – pouco comum!)

segunda-feira, junho 26, 2006

Até agora, o golo do Mundial

Mundial' 2006

O campeonato do Mundo de futebol prossegue, a um ritmo tão alucinante que, pelo meio de outras actividades, me tem impedido de escrever neste espaço.

Assim, aos soluços, fica pelo menos um género de resenha – em forma de opinião pessoal – acerca da competição.

Bom futebol, de peito aberto (mérito vasto para tão grande responsabilidade), com equipas, salvo raras excepções, à procura do golo ou, então, e dadas as limitações, a travar estoicamente as investidas dos poderosos – que isto de defender bem também pode ser agradável ao olho do adepto (o caso de Trinidad e Tobago frente à Suécia é exemplificativo).

Os golos, esses, sempre em catadupa, a baterem os recordes das provas modernas – onde a táctica ganhou protagonismo. E bonitos, não todos, mas muitos deles. O meu preferido, até ao momento, é o de Tim Cahill (um dos que marcou contra o Japão, onde ao esférico ainda bateu num dos postes).

Mau, mau, só mesmo a arbitragem, adulteradora de resultados e castradora de sucessos (normalmente em prol dos poderosos). O penálti (chocante) não assinalado a favor do Togo (0-2, contra a Suíça), quando os helvéticos ainda só venciam pela margem mínima; a não expulsão do argentino Gabriel Heinze, no jogo frente ao México (2-1, para os das Pampas), quando um adversário seguia isolado para a baliza “azul celeste” e a expulsão de Deco (na sequência de uma atitude inqualificável de falta de fair-play e de um confronto físico, situações sempre provocadas por contrários) são exemplos do lado lunar da prova.

Holanda... já está! Next!



Tanta emoção... Portugal sofreu a bem sofrer, durante a segunda parte do jogo de hoje à noite. Figo podia ter sido expulso, mas não foi e arrancou uma expulsão; Deco não deveria ter sido, mas "arrancaram-na" em campo. Enfim, Maniche enche o pé e pontapeia uma crise, bem resolvida com muita experiência e espírito de grupo.

Que venha a Inglaterra. Sem Costinha (que lhe terá passado pela cabeça?), Deco (que terá passado pela cabeça do árbitro?) e, possivelmente, Cristiano Ronaldo (que terá passado pela cabeça do agressor?), as opções reduzem-se a um nível quase sofrível.

Adivinha-se o seguinte "onze":
Ricardo
Meira e Carvalho
Valente e Miguel
Petit e Maniche
Figo, a dez
Simão e Ronaldo
Pauleta.

Desta vez, a selecção desfalcada será a nossa... sem Andrade para parar um super-Rooney, a missão adivinha-se quase impossível.

Parabéns e
Força, Portugal.

quinta-feira, junho 22, 2006

O país e o mundo... do futebol... no FP

No dia em que Benfica e Sporting se reforçaram, Mourinho fica a saber que defrontará os rivais de Manchester logo pela primeira jornada. Em Itália, os clubes Juventus, AC Milan, Fiorentina e Lázio foram acusados de fraude desportiva - algo que no nosso país cobarde seria impensável.

PS: Ah, o Brasil ganhou. Rogério Ceni jogou, mas não marcou nenhum livre. É pena, acho que daria um colorido maior a um espectáculo que, apesar dos 5 golos, foi muito morno.
Ronaldo jogou, mas não se mexeu. Pratica jardinagem no seu belo canteiro, que fica na zona da grande área do adversário. Vá lá, hoje sairam-lhe duas florzinhas dos pés... e isso é que é notícia!

Para quem não tem SportTV...

...e possui uma boa ligação à internet, o TVU Player transmite todos os jogos do Mundial (ESPN 1 e 2).

Baixe aqui.

Via Gonçalo Janeiro

O melhor do Mundial, até agora...

...tem sido a inexistência de alcunhas ridículas para a selecção portuguesa.


"Obrigado!"

Portugal enfrentará a Holanda

O duelo de 2004 repete-se: a equipa portuguesa volta a encontrar a holandesa.
O apuramento foi "limpinho", apesar do golo sofrido por Ricardo, lance revelador de alguma intranquilidade na defesa. O golo do México foi demasiado consentido - Jorge Andrade faz muita falta.

Caneira, Tiago, Petit e Postiga mostraram que não têm lugar no onze titular, tal como o sofrível Hugo Viana. Espera-se, portanto, que Scolari recupere a equipa da segunda jornada da fase de grupos - apesar da incógnita Simão...

A Holanda, aparentemente banal sem Robben, é um adversário de respeito, principalmente agora que são jogos de "mata-mata".

Para Portugal, o Mundial começa agora.

domingo, junho 18, 2006

Dois anos depois...


...a História repete-se: ao segundo jogo, Portugal encontra a equipa que levará os "tugas" a sonhar com uma final de nível...

quarta-feira, junho 14, 2006

Kaká resolve... com a canhota!


Uma equipa não se faz só de "estrelas", como Kaká fez questão de demonstrar, ontem. Numa equipa recheada de "astros", "galácticos" e "fabulosos", o médio-ofensivo do Brasil mostrou que o apenas o suor, a dedicação, e a entrega são os ingredientes para boas exibições.

Ronaldo não existiu. A exibição de Adriano foi ainda mais vergonhosa. Robinho pouco fez, apesar de ter, de facto, espevitado o ataque canarinho. Ronaldinho, o talento-mor desta selecção, jogou a trinco, para fugir às marcações cerradas por parte dos croatas - de pouco lhe valeu.

O Brasil não voou, como se previra na histeria jornaleira que antecedeu o jogo. A principal razão para um resultado tão magro, mas justo, foi a fantástica organização da equipa croata, que se entregou ao jogo de uma forma extrema, cortando linhas de passe e ganhando as segundas-bolas, nunca cedendo espaços ao adversário - tudo sem o menor traço de nervosismo. Cinco estrelas.

Assim sendo, coube a Kaká procurar o golo. O regista do Milan gesticulou, pedindo a bola que chutou com o seu pior pé para o canto superior esquerdo da equipa axedrezada. Fantástico.

"Ronaldinho has an amazing amount of control over the ball. There are few players these days who are as technically strong as he is. However, it must be said that he is not as direct, as vertical , as Kaká"
- Pelé

terça-feira, junho 13, 2006

Portugal = Rep. Checa

Algumas pessoas que reconheço serem realmente inteligentes, já me tentaram convencer que se vislumbra, claramente, uma estratégia de contenção na actuação da selecção portuguesa. Até há quem encontre no jogo de Angola uma toada perfeita, donde emergem três factos fundamentais: as expectativas (entenda-se como euforia prejudicial) decaíram a níveis realistas; o grupo provou ter (ainda mais) opções e o cansaço físico, tendo em vista a partida com o Irão, foi bem gerido.

Tudo bem, até podem ter razão. Mas eu cá preferia ser (um)a República Checa! (e nem vale a pena enumerar as qualidades checas, que elas começam na atitude)

P.S.: Jan Koller deve ter-se despedido ontem do Mundial, após sofrer uma lesão. Um ataque com Poborsky, Rosicky, Nedved e Koller seria daqueles que, anos mais tarde, recordaríamos com saudade. No entanto, há opções.

segunda-feira, junho 12, 2006

Ainda o (cansativo) "Caso Mateus

Que cansativa questão, esta entre Belenenses e Gil Vicente, acerca de um tal “Caso Mateus”, que, neste defeso, mantém a incerteza quanto à 18.ª equipa da Liga portuguesa 2006/2007.

Uns reclamam por justiça, alegando que o rapaz em causa, ex-jogador do Lixa, nem sequer podia ser inscrito ou, pior, que os gilistas recorreram a um tribunal que, segundo os regulamentos, não pode actuar na situação em causa; depois aparecem os outros, sob a bandeira do sucesso dentro de campo, apoiados pelos amantes da bola, justificando escolhas e decisões que, para eles, transpiram legalidade ou foram tratadas a título pessoal, ilibando o clube.


Quanto a factos tudo é mais simples:

1. – O V. Guimarães, clube dirigido, actualmente, por um homem sério – e isto é uma das razões, além da justiça divina, para a despromoção –, o presidente Vítor Magalhães, foi buscar o tal Mateus ao Lixa mas, apercebendo-se da sua situação, recuou e cancelou a transferência; logo depois, os iluminados de Barcelos inscreveram (!) o rapaz na Liga – ao que parece num processo nubloso.

2. – Mateus joga e, por acaso, até factura por uma vez num Gil Vicente-Académica (4-3), o que leva os estudantes, de memória refrescada em relação a um caso antigo idêntico, a protestarem o encontro; aí, surge uma providência cautelar que permite ao angolano jogar, enquanto se decide se ele pode ou não… jogar.

3. – Mateus não é nada fraco – desde que o jogo não seja a contar para o Campeonato do Mundo – e lá vai ajudando, semana após semana, o Gil a ganhar pontos, aqui e ali, e a safar-se, qual milagre, da descida de divisão.

4. – O “Caso Mateus” ainda não chegou à justiça desportiva, mas os responsáveis gilistas, certamente aconselhados por um brilhante advogado, conhecedor profundo das regras do futebol português (e atenção que isto é sarcasmo, mas não deve ser fácil perceber patavina daquelas regras), decidem avançar para o tribunal civil, para resolver o processo – Isto não é legal, mas agora já foi o Mateus a ir sozinho (penso que de autocarro) fazer queixinhas ao senhor juiz.

5. – O “Caso Mateus” chega ao tribunal desportivo, e um dos membros do Conselho de Disciplina, acometido pela ética, resolve não exercer o seu direito de voto. Num órgão com quatro elementos menos um, o Belenenses vence (2-1) e garante, para espanto de muitos, a permanência na Liga, em detrimento do Gil Vicente – o facto desse elemento do conselho ser filho de um vice-presidente do Gil Vicente pode, e digo que apenas pode, ter influenciado o tal afastamento.

6. – O Gil Vicente recorre da decisão, adiando tudo para decisão da Liga de Clubes. Desta vez, o membro-parente exerceu o direito estipulado nos regulamentos, empatou a contenda e empurrou a decisão para o primeiro facto de desempate. Valeu o voto de qualidade do presidente do órgão e, pronto, tudo como dantes – o mesmo que é dizer: Barcelos em cima, Belém em baixo – a ética ficou em casa, o mesmo que é dizer em Barcelos (reparem que o Gil é de Barcelos), e o filho do vice-presidente votou a favor do clube do pai.

Então vamos lá ver se, depois deste entediante debitar de caracteres, eu consigo fazer uma síntese (palavra mágica) de tudo isto: Mateus não podia ser inscrito, mas foi; Mateus não podia jogar, mas jogou; Mateus jogou e ganhou; o Gil Vicente não podia recorrer aos tribunais civis, mas recorreu; o caso foi julgado, os regulamentos analisados e a votação deu razão ao Belenenses; o caso foi a recurso, os regulamentos foram vistos (!) outra vez, foi votado e foi dada razão ao Gil Vicente, com a ajuda de um senhor que é filho de um vice-presidente do Gil Vicente. Parece-me haver aqui um problema qualquer. Ou será impressão minha?

P.S.: Num post anterior, datado de 6 de Junho, referi que o país desportivo havia alcançado a maturidade. Alguém me desculpe o erro, mas apenas me apercebi do carácter utópico da expressão quando a reli ao sexto dia - o demoníaco.

Portugal entra com o pé direito, mas...

...parece que não chega. De todos os quadrantes da crítica nacional, ouvem-se vozes reticentes acerca da qualidade do jogo da nossa Selecção.

Portugal ganhou, Pauleta marcou, Figo deu a tranquilidade que a equipa procurava, jogando numa posição que nunca foi a sua, Simão teve uma exibição positiva, não se deu pela falta de Deco, Scolari colocou todo o meio-campo disponível em jogo, Meira e Carvalho foram impecáveis, Ricardo também... que será preciso fazer para satisfazer tudo e todos?

Scolari precisa de muita força para aguentar a pressão que se cria em redor do grupo de trabalho que lidera.
O inimigo vive no meio de nós.

PS: o Irão provou ser uma equipa plena de recursos... cuidado com eles!

sábado, junho 10, 2006

Começou o Mundial 2006!

Parabéns à Alemanha, que conseguiu sair vitoriosa do jogo de abertura com mais golos na história dos Mundiais de futebol.
No entanto, se a Alemanha tivesse jogado contra outra "Alemanha"... mais golos seriam.
A defesa da Manschaft é muito permeável a ataques tão banais como... os seus.

Grande golo de Lahm, qual Maniche em 2004... sem replays para estorvar o visionamento em directo!

quinta-feira, junho 08, 2006

A Voz está de volta...

Nas... tertúlias da Fátima Lopes!

terça-feira, junho 06, 2006

666. Ou a maldição minhota

Afinal o tal desígnio demoníaco desta madrugada – anunciado sob as seis horas seis minutos e seis segundos, a seis de Junho (seis) de 2006, cobriu de negro apenas a cidade de Barcelos – e o seu maior emblema desportivo.

Os fantasmas levantaram-se da terra e decretaram a despromoção do Gil Vicente para a Liga de Honra, em troca com o Belenenses – protegido da maré das trevas por uma providencial Cruz de Cristo. (este post perde, por isso, sentido!)

A conclusão da história, que ainda contará, certamente, com recurso gilista, até é prejudicial para a minha Académica (que lá terá de aturar os pastéis, sempre duros de roer), mas não me deixa de causar satisfação.

É bom constatar que, afinal, no espaço de uma vintena de anos, o país do futebol conquistou a maturidade que um dia faltou para que os regulamentos fossem cumpridos, tal como deve acontecer sempre.

N’Dinga(s) nunca mais!

segunda-feira, junho 05, 2006

Holanda: talento de décadas

Ontem à noite, passou na televisão um programa sobre a presença da Holanda nos campeonatos do mundo de futebol, com destaque, como não poderia deixar de ser, para o grupo liderado por Johan Cruyff – em 1974 e 1978.

À tarde, a “laranjinha mecânica” batia a Ucrânia e sagrava-se, pela primeira vez, campeã europeia de sub-21. Em poucas horas, cheguei a três conclusões (minhas, como é óbvio):

1. – Disputar um Europeu de futebol em casa não compensa. Os ucranianos encarnaram o papel de anfitriões e foi o que se viu;

2. – Klaas Jan Huntelaar – o jovem que marcou 33 golos em 31 jogos no campeonato da Holanda – é um craque. Não aceitou ingressar no FC Porto de Co Adriaanse, ainda no início desta época, e ainda bem;

3. – O futebol sobrevive com um erro histórico, ao não atribuir, nem que fosse com uma “mãozinha de Deus”, um título mundial à Holanda – já que a “laranja mecânica” (a própria), era bem melhor que qualquer Alemanha de 1974 ou Argentina de 1978. Não podendo estar lá Cruyff, terá de se arranjar uma outra referência já para este ano: o meu favorito é Arjen Robben.

Portugal já está na Alemanha

O futebol não é apenas um jogo de 11 contra 11. Se alguém tem dúvidas, basta ver as impressionantes imagens da recepção à selecção portuguesa em Marienfeld (na Alemanha).

Apesar de haver opiniões divergentes em relação a este grupo, temos de admitir que foi um episódio bonito. Só espero, no final da competição, não desejar que tivesse sido esta comitiva a ter sido recebida, em apoteose, na ex-colónia portuguesa de Timor-Leste (outra chegada que nos enche de orgulho). E ainda dizer algo como "até os militares da GNR faziam melhor figura".

domingo, junho 04, 2006

Mas alguém discorda?

"Felipão tem de cabeça a curta lista de desafetos:

Um diz que é cineasta [o Vasconcelos do Benfica]. O outro, o pai dele foi um grande escritor O pai, né, porque [a mãe, idiota... Sophia de Mello Breynner; filho Miguel Sousa Tavares].ele é uma bosta. Um terceiro ganhou uma herança do tio e ficou rico [Rui Santos, donzela ferida d'A Bola]. E tem uma mulher famosa aqui que diz que é a Marília Gabriela de Portugal [Jorge Gabriel, o Asno que sonha treinar o Sporting]. Só. Não entendem nada. Me criticaram porque coloquei a seleção a treinar num clima de 27ºC. Nós treinamos às cinco e meia da tarde, aí está uns 23. Quando formos jogar na Alemanha, com 15 graus, os jogadores vão estar voando."

- Scolari, na mouche.

sexta-feira, junho 02, 2006

What the fuck?

"Os adeptos dos clubes de futebol, ignorando o que são os verdadeiros contornos de uma indústria em decadência, a qual vai resistindo aos inúmeros escândalos que vão rebentar com ela a prazo se não for colocado um travão (os dinheiros do futebol deixaram de ser insuficientes para alimentar uma máquina megalómana, que paga a peso de ouro, muito acima do razoável, jogadores, treinadores, dirigentes e comissionistas das mais variadas espécies, e é por isso que, através de outros dinheiros, continuamos a assistir a contratações multimilionárias, um verdadeiro atentado à lógica de sobrevivência fomentada pelo próprio capitalismo em todo o globo terráqueo), os adeptos dos clubes de futebol, dizia, lá vão rejubilando de contentamento quando, como foi o caso do Benfica esta semana, uma das suas antigas vedetas, Rui Costa, entretanto transformado em emigrante, por razões óbvias de mercado, regressa a casa mai-la sua trouxazinha e uma lágrima ao canto do olho para, aos 34 anos, com o seu nome, prestígio acumulado e a disponibilidade física e mental que um jogador em fim de carreira pode exteriorizar, ajudar o seu clube do coração a consumar aquilo que parece aos olhos da ‘nação encarnada’ um processo de devolução do Benfica aos benfiquistas, se é possível entender assim as recentes chegadas do treinador Fernando Santos e do jogador Rui Costa à Luz."
- Rui Santos, o novo Saramago.
Sintacticamente falando.

quinta-feira, junho 01, 2006

O Euro 2006 e Ricardo Quaresma

A actuação dos nossos sub-21, num campeonato à partida ganho, continua bem presente na memória colectiva dos adeptos portugueses.

Tanto, que hoje disputam-se as meias-finais da competição – Holanda-França (17H15) e Ucrânia-Sérvia e Montenegro (19H45) – mas ninguém, nem sequer o jornalismo especializado, faz grande alarido com o assunto. O que se quer agora, em tempos de frustração, é dar e vender uma boa entrevista com o novo timoneiro benfiquista – para alegria (praticamente) geral.

O que vale, para não deixar cair os erros em saco roto, é que vão sempre surgindo os "inteligentes", género Ricardo Quaresma, com declarações que, analisando a fundo – isto é, sem esquecer o que foi a prova –, abrem sempre um capítulo para mais uma ou outra troca de argumentos.


O melhor jogador do último campeonato português – a par de Pepe, Lucho Gonzalez e de outros que não entram para esta história (“azul-e-branca”) – considera que “há jogadores [colegas] que se calhar não estavam preparados para o Europeu”. Uma entrevista que não deixa de causar espanto, uma vez que, e tendo em conta as esperanças em si depositadas, não me recordo, assim de repente, de ninguém tão pouco inspirado – simplesmente em dias menos bons ou com a cabeça noutro lado – do que o próprio Quaresma.

E já agora: o melhor é não destilar demasiadas críticas a outros campeonatos, mesmo que correctas – como até é o caso. Há-de sempre aparecer alguém a criticar, identificando uma “dor num sítio qualquer…”. E a justiça tarda, mas não falha! (ok, só às vezes – mas eu ainda sou um optimista)

Shevchenko no Chelsea


A partir de hoje, com ou sem José Mourinho, como é possível alguém não gostar do Chelsea? *

Petr Cech;
Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, John Terry e ?;
Makelele, Franck Lampard e Michael Ballack;
Joe Cole e Arjen Robben;
Shevchenko.

* e "roubar-lhe" um título, numa prova de regularidade?