badge respira futebol

sexta-feira, setembro 29, 2006

A justiça tarda, mas (por vezes) não falha!

As estreias absolutas de José António e Manuel da Costa são as grandes novidades na lista de convocados da selecção portuguesa de futebol para os encontros com o Azerbaijão e Polónia, do Grupo A de apuramento para o Euro2008.

O defesa José António, antigo internacional sub-21, cumpre a segunda temporada nos alemães do Borussia de Moenchengladbach depois de ter representado o Alverca, o Varzim e a Académica.

Lista dos 22 convocados da selecção portuguesa de futebol para os encontros com Azerbaijão (07 de Outubro, no Porto) e Polónia (11 de Outubro, em Chorzow), do Grupo A de qualificação para o Euro2008:

Guarda-redes: Quim (Benfica) e Ricardo (Sporting).

Defesas: Fernando Meira (Estugarda, Ale), José António (Borussia Moenchengladbach, Ale), Miguel (Valência), Manuel da Costa (PSV Eindhoven, Hol), Caneira (Sporting), Nuno Valente (Everton, Ing), Paulo Ferreira (Chelsea, Ing), Ricardo Carvalho (Chelsea, Ing) e Ricardo Rocha (Benfica).

Médios: Deco (FC Barcelona, Esp), Petit (Benfica), Costinha (Atlético de Madrid, Esp), Tiago (Lyon, Fra) e Maniche (Atlético de Madrid, Esp).

Avançados: Cristiano Ronaldo (Manchester United, Ing), Hélder Postiga (FC Porto), Hugo Almeida (Werder Bremen, Ale), Nani (Sporting), Simão (Benfica) e Nuno Gomes (Benfica).


P.S.: A outra boa notícia passa, obviamente, pela ausência de Ricardo Costa desta lista.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Liga dos Campeões: apenas um pontinho!

Os prognósticos mais negativos confirmaram-se e, na terça-feira, numa fase onde, para já, ainda é difícil ser-se competitivo – e nem se chega aos calcanhares do ritmo britânico –, FC Porto e Benfica perderam.

Arsenal (2-0, ao FC Porto) e Manchester United (1-0, ao Benfica) provaram que, actualmente, não há portugueses com pernas para acompanhar tantas qualidades, de características repartidas entre o insular e o continental. Na 2.ª volta as coisas vão, certamente, correr melhor!


Salvou-se o Sporting! O leão continua a somar, agora com um empate (positivo), a uma bola - golaço de Nani -, na deslocação ao sempre gélido Spartak de Moscovo. Claro que a equipa continua a beneficiar de um Inter de Milão banal, derrotado claramente, em casa, por 2-0, frente ao Bayern de Munique.
Assim, o 2.º lugar torna-se em bem mais que uma miragem. Mas ainda é cedo para festejar!

terça-feira, setembro 26, 2006

Liga dos Campeões

Benfica e FC Porto entram em campo, ao final da tarde (19H45), contra dois dos colossos europeus.

Ou muito me engano, ou o resultado (prático) do futebol que temos – que suportamos – será visível, esta noite, da pior maneira.

P.S.: sou menino para, amanhã, engolir em seco este pessimismo todo (e ouvir uns “eu não disse, eu não disse!”). Assim seja!

Académica. Finalmente!

Demorou pouco mais de um mês, para, finalmente, se vislumbrar algo como uma Académica competente.

O trabalho recente do técnico Manuel Machado – tanto em Guimarães, como na Madeira (ao serviço do Nacional) –, o método do professor e a sua eficácia, deixam poucas dúvidas. O percurso ganha contornos ascendentes, o que não é de estranhar numa equipa que conheceu 16 “caras novas”, a sua maioria com visíveis qualidades (e também alguns defeitos, aqui e ali).

Em casa do Boavista, a Briosa foi melhor, poderia, até, ter regressado a Coimbra com os três pontos. Apenas um lance fortuito, manchado pela infelicidade, evitou a derrota axadrezada – quando o golpe final estava por minutos.

Ainda assim, a equipa academista melhora jornada a jornada, confirmando que, esta época, as aflições de última hora serão, apenas, recordações de má memória. No entanto, a tal linha ascendente será, ainda, este ano, curta para tanta ambição.

sábado, setembro 23, 2006

Acontece

...mas não deveria acontecer.
O Benfica deixou-se empatar, ontem.
Um castigo para os jogadores que preferiram queimar tempo ao ponto de "amarelar". Um castigo à falta de ambição, apesar da falta de sorte.

Não me digam que...
- Fernando Santos tem culpa da atitude irreflectida e infantil de Léo;
- Fernando Santos tem culpa das bolas ao poste;
- Fernando Santos tem culpa da falha de Anderson no último lance do jogo.

Podem dizer muita coisa, mas não me digam que Fernando Santos tem culpa das coisas que não consegue controlar.

PS:
Paulo Jorge e Katsouranis fizeram um grande jogo. Se o grego nem surpreende, já o ex-Boavista vai calando muitas bocas.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Benfica vence supertaça em futsal


Parabéns!!

Benfica vence e convence

Finalmente, uma boa exibição do Benfica.
Era importantíssimo vencer no regresso do campeonato à Luz. Apesar do começo frouxo, a equipa encarnada lá se encontrou e venceu o Nacional pela margem mínima (os insulares somam quatro derrotas nos últimos quatro jogos).

Positivo:
Katsouranis - não precisa de brilhar nem de dar nas vistas. O grego esteve impecável no seu papel, estancando as poucas ofensivas madeirenses com eficiência e rigor táctico.
Karagounis - por vezes, parece que decide complicar, agarrando-se demasiado à bola. Na verdade, o jogo do grego vive de bola nos pés e este é especialmente perigoso nos desiquilíbrios que cria em certas jogadas mais "egoístas".
Nuno Assis - o "rato atómico" fez esquecer Rui Costa e esteve fresco durante todo o jogo, quer a atacar, quer a defender.
Regresso de Miccoli e Simão - o capitão está de volta e fez um jogo positivo; o italiano também regressou, o que é uma óptima notícia para Fernando Santos, dado que...

Negativo:
Kikin Fonseca - ...dado que o mexicano falhou o seu primeiro teste oficial. Não se viu nenhuma jogada ou movimento digno de apontamento, excepto quando roubou o golo a Alcides.

Fernando Santos incutiu na equipa a necessidade de posse de bola, e os jogadores do Benfica mostraram-se muito voluntariosos na altura de recuperar o esférico.
O Benfica começa agora a somar pontos, numa altura em que o Porto já é líder isolado, com mais seis pontos...
...mas ainda há muito campeonato pela frente.

domingo, setembro 17, 2006

Que NOJO!

A vitória do Paços de Ferreira, com um golo marcado com a mão, foi algo do mais repugnante que o futebol português português pode produzir.

Por favor, repitam o jogo.
Uma equipa ganhar com um golo (DESTES!!) com a mão é algo do pior que existe.

O Sporting devia estar a dar nas vistas, provavelmente...

Enfim.

PS:
Parabéns pela vitória contra o Inter. Os resultados de Benfica e Porto foram, ambos, medíocres.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Viva a Champions!

Depois das grandes emoções que o Benfica proporcinou na época passada, o Sporting entrou em grande na Champions League deste ano!
Eliminar o Inter, com uma exibição de gala, segura e confiante, não é para todos.
Paulo Bento está de parabéns, tal como estão os seus jogadores.

Hoje, jogam Benfica e FC Porto... que tenham a mesma sorte do Sporting.

domingo, setembro 10, 2006

Benfica vê xa...três!

Três expulsões e três golos sofridos. Tudo sem resposta.
O Sherminator bisou, como temia, criando sozinho mais lances de perigo do que o Benfica em todo o jogo. O único lance digno de realce foi o mau remate de Anderson, no seguimento de um lance de bola parada.
O Boavista das chamadas telefónicas "vulgarizou" o Benfica, como se diz na imprensa, apesar de ter sido um grego. Contra as outras equipas "menores", veremos se o feitiço não se virará contra o feiticeiro.
Pouco importa, o Benfica não merecia ganhar, mas também não merecia sair vergado desta forma.
Bater no fundo é preciso, para se erguer com outra postura.

Petit e Nuno Gomes acusaram a raiva com que jogavam e pagaram caro - principalmente Petit, uma bala perdida. O médio ex-Boavista foi mal-criado e mal-educado e deverá ser punido exemplarmente. Inteligência, precisa-se.

O Sporting ganhou com um golo ferido de verdade desportiva, mas a verdade é que o Nacional já não é o que era. A falar mal do árbitro, que seja para dizer que roubou para os dois lados, pois ser agredido por um jogador do Nacional não é para qualquer um. Paraty meteu-se a jeito.

Hoje há Porto. A ver, vamos. A última exibição foi uma miséria, mas chegou para o atrevido Leiria.

Está de volta o campeonato... para o melhor e para o pior.

sexta-feira, setembro 08, 2006

O galo segue!

"Uma Mentira dita muitas vezes, nem sempre se torna verdade; mas quando é dita por muitos pode virar consenso!".

quarta-feira, setembro 06, 2006

O futebol que temos (há muito)

A investigação do processo "Apito Dourado" detectou, pelo menos, três jogos, durante a época 2003/2004, em que houve manobras de bastidores para prejudicar o Benfica. O Ministério Público (MP) de Gondomar extraiu certidão de dois e arquivou outro. Numa das partidas, entre os "encarnados" e o Nacional da Madeira (em que o Benfica perdeu por 3-2), foi interceptada, no rescaldo do desafio, uma conversa telefónica entre o empresário António Araújo e o presidente do clube madeirense, Rui Alves, sobre a actuação do árbitro Augusto Duarte. "Manda quem pode, obedece quem tem juízo", disse o empresário.

No que diz respeito a este jogo, os indícios recolhidos pelo MP passam, essencialmente, por escutas telefónicas e foram remetidos à comarca do Funchal (o DN tentou apurar se o processo seguiu para a acusação ou foi arquivado, mas tal não foi possível).

Segundo refere o MP na certidão extraída, uns dias antes do jogo Nacional-Benfica (que ocorreu a 22 de Abril de 2004), o presidente do Nacional da Madeira informou o empresário António Araújo da nomeação de Augusto Duarte. Rui Alves terá pedido a Araújo para este abordar o árbitro. "Pronto, eu toco a andar mesmo", sublinhou o empresário, que depois contactou Augusto Duarte. Um dos encontros terá ocorrido no Café Ferreira, em Braga. Ao mesmo tempo, o empresário ligado ao futebol e com negócios com o FC Porto ia dando conta das diligências a Pinto da Costa e a outros dirigentes do FC Porto. Aliás, nota o procurador Carlos Teixeira, o FC Porto "tinha interesse no resultado deste jogo, já que, nesta altura do campeonato, o Benfica ocupava o 3.º lugar e ainda não estava arredado da luta pelo título".

Há nos autos uma conversa telefónica entre António Araújo e Luís Gonçalves, da Sociedade Anónima do FC Porto (SAD), em que o primeiro refere ter estado "a tratar com o presidente aquela situação do Nacional". O MP coligiu ainda uma escuta telefónica, que diz ter decorrido em código, entre António Araújo e o dirigente da SAD portista Fernando Gomes. Nesta conversa, fala--se em ir visitar o "fiscal" para marcar a "vistoria".

Major irritado com árbitro
O outro desafio que consta do processo é o Benfica-Boavista, de 18 de Janeiro de 2004. Segundo o MP, Valentim Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), telefonou a Júlio Mouco, elemento da comissão de arbitragem, sugerindo o nome do árbitro Elmano Santos para o jogo em questão, acrescentando que não queria que fossem nomeados árbitros assistentes da Madeira e de Lisboa. Neste contexto, João Loureiro, presidente do Boavista, contactou Carlos Pinto, funcionário da LPFP, para este dar um "toque" ao árbitro. "O homem tem que ser chamado à atenção", terá dito João Loureiro.

O Boavista acabaria por perder o jogo (3-2) e Valentim Loureiro terá telefonado a Elmano Santos, "bastante irado", segundo o MP, considerando que o árbitro acabou por prejudicar o Boavista. As suspeitas sobre a partida União de Leira-Benfica foram arquivadas em Gondomar por falta de provas.

in Diário de Notícias,
05.09.06
P.S.: Nesta época, o FC Porto foi campeão europeu e nacional e vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira.

terça-feira, setembro 05, 2006

Seleccção nacional - actual momento

Já se esperava, é certo, após as saídas de Luís Figo e Pauleta, que a selecção nacional perdesse identidade, as bases que sustentaram, nos anos recentes, campanhas de sucesso, tanto no Europeu como no Mundial.

As alternativas existem, disso ninguém tenha dúvidas, e o facto do mal-amado – tantas vezes também por mim, admito! – Luiz Felipe Scolari ter permanecido na liderança parece-me ser, ao momento, a melhor opção para o grupo ser consolidado, agora com as peças, velhas e novas, de que dispõe (sem ser necessário recorrer à naturalização desenfreada, a não ser, é claro, que me falem do posto de guarda-redes).

A paciência dos adeptos será, por certo, requisito fundamental numa fase onde, além da perda das referências, parte dos ditos “seleccionáveis” se encontra indisponíveis, ou por lesão ou por frustração de transferências falhadas.

Agora, como em qualquer revolução há equívocos, alguns que não se podem, sequer, corrigir. Se Fidel Castro, por exemplo, se “esqueceu” de dotar o povo cubano da (indispensável) escolha democrática dos destinos do país, Scolari também ainda pode andar com experiências, a testar o Caneira ou o Ricardo Costa em todas as posições do sector defensivo. Espero apenas, sinceramente, que este equívoco não se arraste por outros 50 anos.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Caso Mateus - uma explicação

Um jovem angolano desembarca em terras lusitanas, carregando o sonho de, um dia, ser profissional no futebol europeu. O talentoso jogador ruma a Felgueiras, emblema já condenado (desportiva e financeiramente), não encontrando, no turbilhão da instabilidade, condições para singrar – acostumados a Lewis ou Moretto não é fácil agradar àqueles adeptos.

Empurrado pelos (maus) resultados, o tal rapaz ruma ao vizinho Lixa – uma vez conheci um gajo desta terra mas, e é o que apenas posso dizer, espero que ele seja um caso atípico (para bem do país) – da 2.ª Divisão, onde é inscrito como funcionário do clube – contínuo, segundo sei –, para justificar as massas e actua como jogador amador. Claro que o miúdo até tem jeito, até marca uns golos e, por isso, desperta o interessa dos relativamente poderosos.

Mas o problema, e que redunda numa enorme confusão, é que existe, nos regulamentos desportivos portugueses – bem ou mal, já que a análise se da lei é correcta ou não fica para outra ocasião, tratada nos e pelos órgão competentes –, um regra que indica, explicitamente, que um jogador não pode passar de profissional (Felgueiras) a amador (Lixa) e, depois, novamente a profissional (qualquer que seja o clube), sem uma época de intervalo. Ou seja, para todos perceberem: o tal angolano, se foi profissional da bola em 2004/2005, só podia voltar a sê-lo em 2006/2007 – agora, portanto! – e não a partir de Dezembro de 2005/2006.

Ao ritmo dos golos do rapaz, entram em campo, imediatamente, V. Guimarães e Paços de Ferreira. Aconselhados pela Federação e Liga, os primeiros desistem da abordagem e os segundos, depois do contrato já estar inclusivamente assinado, cancelam o negócio. Nesta fase, a surpresa acaba mesmo por ser a inscrição de um tal de Mateus pelo Gil Vicente (“tá male, male, male…”, como dizia um seu compatriota).

Então, para espanto de uma massa adepta mais desatenta – que, e sejamos sinceros, normalmente fala do caso sem conhecimento de causa –, o Gil Vicente é punido e, consequentemente, desce de divisão. Tudo normal, tudo previsto, redigido e aprovado pelos associados da Federação e da Liga (no caso concreto, entre os quais a Associação de Futebol de Braga e o Gil Vicente, respectivamente).

Uma decisão que apenas peca por tardia
, para mais tendo em conta que Mateus marcou um golo no Gil Vicente – 4 Académica –3.

Indignados, dirigentes da equipa de Barcelos recorrem aos tribunais cíveis, o mais duro pecado, apontado e penalizado, pelos responsáveis da FIFA. O futebol, apesar do carácter de negócio de milhões conquistado e sublinhado, não deixa de ser um jogo que, como em todos os momentos, deve ter regras próprias, não permitindo a concorrência desleal entre os participantes.

Imaginem, agora, que um clube encontrava, hoje, ao desbarato, um jogador indispensável e queria inscrevê-lo. Claro que todas as empresas, individual ou colectivas, têm liberdade de contratar quem querem e quando querem. Também o prazo, que ontem terminou, às 18H00, viola as regras comuns do trabalho, previstas a uma escala comunitária. Mas regras desportivas, por muito que custe, são para cumprir. E o Gil Vicente não o fez, legitimando, por isso, a sua despromoção.

Entre Belenenses ou Leixões – quanto a isso estou, confesso, pouco informado – um deles deve ocupar a vaga deixada em aberto.

P.S.: Estava aqui a pensar, sinceramente, que devia ir hoje ao Tribunal de Coimbra colocar um recurso para provar que o fora-de-jogo é inconstitucional! Então o jogador, como cidadão livre de um Estado de Direito, não tem liberdade para se movimentar em campo sem, de um momento para o outro, um indivíduo de bandeira na mão afirmar que ele está em posição irregular?