"Estivemos tão quase", como se costuma dizer, na brincadeira.
O Benfica entrou com a borra completa (sim, adoro classificar a actuação dos clubes com termos como "borra", "mija", etc.), e mamou o primeiro golo sem grande surpresa. Pirlo é isto; Milan é isto.
Felizmente, o nosso lado direito do ataque esteve on-fire (foi a melhor exibição da dupla Luís Filipe & Maxi Pereira), o que nos possibilitou empatar o jogo com um grande golo do uruguaio.
A partir deste momento, o Benfica arrancou para uma exibição de gala, sem medo de um Milan em crise profunda (Ancelloti, não está fácil, hein?). No entanto, tal como acontecera antes do golo encarnado, o Benfica não conseguiu concretizar em golo as inúmeras oportunidades que criou.
Para o fim do jogo, ao observar a inconsequência do jogo de Di Maria (terá perdido a preferência para Adu, hoje), Camacho decidiu lançar Freddy Adu ao mesmo tempo que arriscava ao tirar David Luís. O defesa brasileiro voltou a estar em grande plano - bem melhor que este Luisão em evidente quebra de forma.
O carrocel encarnado continuou em frente à grande área dos italianos, mas já não deu para mais. Deu para o Milan criar mais uma ou duas oportunidades em contra-ataque. Felizmente que o Kaká esteve
off.
Com a vitória do Celtic, o Benfica fica fora da Champions e lutará directamente com o Shaktar por um lugar na UEFA. Se o objectivo principal for o campeonato, prefiro ficar de fora. Mas o Benfica também joga o seu prestígio na Europa, ao mesmo tempo que procura pontuar enquanto equipa portuguesa.
Tendo em conta que se trata de uma vitória moral (daquelas bem ao gosto "tuga"), pode-se considerar que o meu "pensamento do dia" de ontem não foi assim tão absurdo, e que o Benfica encare o jogo contra o Porto com grande optimismo e a tradicional "força anímica". Que o Porto deverá ter de rastos.
Assim espero.