Nápoles 3 - 2 Benfica
Cinco golos num jogo; três golos em 4 minutos. Parece o resultado de um grande jogo de futebol? Para os italianos, talvez. Para o Benfica, é um resultado que, somado à sua pálida exibição, é preocupante.
O Benfica entrou a ganhar, com um golo do estreante Suazo (cuja exibição e pormenores deixaram "água na boca"), mas cedo assistiu à inversão do resultado.
O meio-campo do Benfica não funcionou. Katsouranis deveria fazer a posição de Yebda, que é demasiado"verde", tacticamente. Carlos Martins não assumiu o jogo como deveria, e faltou a ligação entre meio-campo e ataque - apenas a entrada de Nuno Gomes, que consegue jogar (e bem) ao primeiro toque conseguiu articular melhor estes dois sectores, mas já era tarde demais.
Dois dos três golos do Nápoles foram autênticos "chouriços" - num, a bola sobra para o avançado da equipa italiana, após ressalto no defesa; noutro, a bola bate em Léo e engana Quim. Tudo bem, o golo de Luisão também foi uma trapalhada... São lances que fazem parte do futebol, e a sorte é, por vezes, um factor determinante no resultado.
O que não deveria depender da sorte são os critérios disciplinares de um árbitro. Houve dois jogadores italianos que deveriam ter sido expulsos após entradas violentas sobre jogadores do Benfica. Numa destas, Carlos Martins ia "encostando"; na outra, Suazo "encostou" mesmo, quando Nuno Gomes já dava outra dinâmica ao ataque encarnado - nem cartolina amarela saíu do bolso, neste lance. O Benfica ficou a jogar com menos um, quando deveria ter ficado em superioridade numérica.
Apesar dos lapsos de critério por parte da equipa de arbitragem, o Benfica nunca foi superior ao fogoso Nápoles, cuja pressão começava logo no ataque, sufocando a organização dos ataques encarnados logo à nascença. Era aqui que Carlos Martins deveria ter feito a diferença, mas não fez.
Na segunda parte, o resultado tanto poderia ter deslizado para um 4-1, como para o 3-3. No entanto, com o 3-2 final, a eliminatória está em aberto. Como chegou a estar com o Espanhol de Barcelona, o ano passado...
No que diz respeito a notas individuais: Maxi Pereira não sabe defender e dá demasiado espaços aos extremos adversários (por vezes, esquece-se mesmo da posição que deveria ocupar, chega a ser desesperante); Quim esqueceu-se de como sacudir uma bola, pelo que Léo tirou um golo em cima da linha; Reyes e Di Maria jogam para si, em vez de jogarem entre si e para a equipa; a dupla Sidnei-Luisão esteve bem; Urreta e Balboa só poderão ter futuro para "consumo interno"...
Nada está perdido.
Falta a segunda parte - e esta joga-se no inferno da Luz!
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