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sexta-feira, julho 17, 2009

Voltou o sonho



Caros internautas, o Futebol Pensado voltou. Parei de escrever numa altura em que nem tinha vontade de ver futebol - quanto mais, escrever acerca do tema. O Benfica de Quique caiu a pique, assim que foi retirada à equipa a hipótese de agarrar o primeiro lugar, e nunca mais voltou a acalentar esperanças de que faria uma boa época, a nível de resultados. Isto, porque a nível de exibições já se tinha constatado que Quique não conseguia meter a equipa a jogar à bola. Enfim.

Em relação ao processo eleitoral, vou dar o benefício da dúvida a Luís Filipe Vieira. Não gostei que tivesse antecipado a data do sufrágio, mas prefiro acreditar que os motivos que apresentou são legítimos. Os resultados e a afluência às urnas são esclarecedores.

Enter 09/10. Com Jorge Jesus, o workaholic, ao leme, foi criada e alimentada a ilusão de que esta equipa iria jogar o dobro da equipa do ano passado. Não chegará. Tem de render o triplo. Gostei de apresentação do treinador, e acho que é o homem certo para o lugar. Também as contratações parecem ter sido adequadas às necessidades da equipa - veremos se os jogadores estarão à altura.

Gostei de que se tivesse dado nova oportunidade a Fábio Coentrão (voltou com maior maturidade para a posição). O português deverá partilhar a zona atacante da ala esquerda com Di Maria - um despique que só poderá trazer benefícios para a equipa. Quanto ao lado direito, mistério. Sepsi e Moretto também mereceram uma oportunidade recomeçar em pé de igualdade.

FORÇA, BENFICA!

PS: Shaffer é daqueles que não engana. Podem guardar este post para memória futura (se me enganar, dou a mão à palmatória), mas acho que temos jogador.

quinta-feira, junho 04, 2009

Obsessão recorde

Álvaro Pereira demorou quatro minutos a assinar pelo FC Porto. Menos 60 segundos que o seu compatriota Cristian Rodriguez.

segunda-feira, maio 25, 2009

Acho bem...

...muito bem, aliás, que não se torrem 5 milhões de euros em indemnizações em danças de treinadores. (aqui). Independentemente de quem treina a equipa - até porque acho que não terá apontado uma arma à cabeça de ninguém, para que se redigisse um contrato.

sexta-feira, maio 15, 2009

Não há respeito.

A propalada troca de treinador do Benfica, para a próxima época, para a próxima época, é mais um sinal de fraqueza moral por parte de quem gere o destino do meu clube.

No passado recente, basta recordar o despedimento imbecil de Fernando Santos, à primeira jornada, depois de um empate com o Leixões. O facto de se lhe ter deixado planear a temporada durante o Verão (e meses que o precederam, como é óbvio) não contou para o desfecho desta relação profissional - para Fernando Santos, terá sido uma relação passional, ele que é assumidamente benfiquista.
Ele, que podia ter sido campeão na última jornada, apesar de ter ficado sem Simão e Manuel Fernandes ainda durante o estágio de pré-temporada, sem ter havido reforços de igual categoria. Os dirigentes acharam que não bastou. Estão no seu direito, e foi para tomar decisões que foram eleitos pelos benfiquistas com poder de voto.

Fernando Santos foi despedido à primeira jornada, depois de um Verão em que o presidente do Benfica passou as férias com Camacho que, curiosamente, sucedeu a Fernando Santos. Relevante.

Com Camacho na Luz, as coisas não melhoraram. O espanhol, pago a peso de ouro e de forma desproporcional para o seu currículo, não fez nada na Luz, foi-se embora dizendo que aquele Benfica não era o mesmo que tinha vencido a Taça de Portugal em 2004 - aí, tinha razão. A começar pelo facto de a direcção do Benfica ter achado normal definir publicamente (pelo não desmentir) que o próximo director desportivo do Benfica estava, à época, a pisar os relvados com o Manto Sagrado.
Rui Costa foi colega de equipa de uma data de jogadores que não sabia se ia ficar, sair, ver o seu salário melhorado, ser emprestado - decisões a tomar pelo gajo que tomava duche com eles, no final dos jogos. O podre a que Camacho se referia talvez tenha que ver com isto. A saída de Camacho aconteceu quando o Benfica ainda tinha uma palavra a dizer na Taça UEFA. Com Chalana no comando até ao final da época, numa situação desprestigiante para si e para o clube que representa, o Benfica foi eliminado e acabou a época sem troféus, em quarto lugar, e a uma distância obscena para o segundo lugar, quanto mais para o campeão. Os dirigentes acharam que era o que tinha de ser feito. Estão no seu direito, e foi para tomar decisões que foram eleitos pelos benfiquistas com poder de voto.

Entra 08/09. Rui Costa é o pára-raios de Vieira e tem um budget do tamanho da ilusão dos adeptos vermelhos. A dupla Vieira/Costa tenta a contratação de Ericsson e falha. Para liderar o futebol do Benfica, contratam Quique Flores e o seu reputado staff. O treinador (mais um espanhol pago a peso de ouro) tem escola, imagem, foi jogador de top e tem ambição. É a sua primeira grande oportunidade, fora de Espanha.
Enquanto Quique estuda e se ambienta Portugal, o Benfica e tudo o que envolve o campeonato português, o Benfica mantém-se à tona das ambições caseiras e atinge, inclusivé, a liderança. Quando a liderança é escandalosamente roubada ao Benfica, a direcção não demonstra censurar o trabalho de Quique, mas também não protege o espanhol, que vai ficando cada vez mais desamparado à medida que a temporada progride e os insucessos de acumulam.
Desde que o título se tornou missão impossível para o Benfica, o treinador ficou numa posição que se pode caracterizar como sendo de uma fragilidade tremenda. Terá a sua quota parte de responsabilidade neste insucesso, mas não a terá toda. Se a aposta da direcção era ganhar no ano de estreia do treinador, devia ter-se contratado um treinador que não necessitasse de tempo (que o clube não tem) para se ambientar e conhecer a particular moldura do nosso clube e do nosso campeonato. Foi como apostar um balúrdio num cavalo de que só conhecemos a reputação (desconhecendo a real solidez da sua competência). Correu mal - para as expectativas criadas, entenda-se.
Os dirigentes acharam que era o método que se devia utilizar para ganhar. Estão no seu direito, e foi para tomar decisões que foram eleitos pelos benfiquistas com poder de voto.

Antecâmara da época 2009/2010. A estória (ou, pior, a História) repete-se: ainda a presente temporada não acabou, e já Quique Flores tem o terreno minado para a temporada que se avizinha. Fragilizado pela imprensa avençada - não apenas pelo poder vermelho, mas também por todos aqueles que ficam a ganhar, década após década (e já lá vão três), com um constante "ground zero" do futebol encarnado a cada ano que passa -, a posição de Quique tem o destino traçado.
Pior; o treinador que se aponta é aquele que na próxima jornada irá defrontar o Benfica. Onde está a moral desta gente? Onde está o respeito pelo clube adversário e, acima de tudo, pelos adeptos do próprio clube? Estará o Benfica assim tão desesperado por uma solução que não pode esperar mais umas semanas? Ainda Quique não foi despedido, ainda Jesus não foi apresentado como o próximo treinador do Benfica, e já existe esta pressão sobre o seu potencial.
Mas, novamente, os dirigentes acham que este é, agora, o método que se deve utilizar para vencer. Estão no seu direito, e foi para tomar decisões que foram eleitos pelos benfiquistas com poder de voto.

Paremos para pensar. O que pensam os benfiquistas deste sucessivo turbilhão de insucessos desportivos ao nível da equipa principal de futebol? Pode enganar-se muita gente durante muito tempo, mas não se pode enganar toda a gente durante todo o tempo. Se uma empresa, mesmo depois de reabilitada economicamente por uma dada equipa, não apresentar resultados, cabeças terão de rolar. E o método de rolo-compressor sobre os treinadores já está provado que não resulta. Quando é assim, a culpa de quem falha quando aponta alternativas para o caminho para o sucesso, é de quem está lá em cima, a mandar-chuva. O que os benfiquistas não parecem entender é que foram eles que elegeram quem toma estas decisões. Não se pode dar mais tempo a quem já demonstrou que não é de tempo que precisa - é de competência.

Ao surgirem com alternativas, ao colocarem esta direcção em cheque, estão no seu direito, e foi para tomar decisões, de forma democrática, que os benfiquistas têm o tal poder de voto e podem traçar o destino do clube.

domingo, maio 03, 2009

Alguém me pode dizer...

Qual seria o resultado do Nacional-Benfica se, num golpe de mágica técnico-táctica, Manuel Machado substituisse Néné e Ruben Micael aos 58 minutos?

terça-feira, abril 21, 2009

Lições (do professor) sobre seriedade

"O futebol português chegou a um momento em que as grandes decisões têm de ser tomadas. Se serão, não sei, porque não há trabalho para trás, ninguém antecipou nada e a estratégia é montar as coisas antes delas acontecerem", prosseguiu Jesualdo Ferreira.

Concordo completamente. Para se falar menos e fazer mais poderíamos, por exemplo, começar por atribuir importância a certas visitas nocturnas e escutas telefónicas que, já admitidas e provadas como verdadeiras, identificam e acusam os protagonistas do sistema. Ou então, absolvem-se todos e vamos palrar sobre grandes decisões e estratégias.

E agora? Já acreditas no Pai Natal?