Moretto: as opiniões (II)

Já tive a oportunidade de manifestar no FUTEBOL PENSADO a incompreensão pelo rol de críticas a que, nos últimos dias, alguns atletas têm sido sujeitos. No caso do Benfica, e logo após o dignificante empate frente ao Barcelona, não pude receber com estranheza (e já estou a ser simpático) algumas das apreciações aos protagonistas da partida.

Neste caso, terei de voltar a sublinhar as notas atribuidas por um tal de Rui Farinha, jornalista do Jornal de Notícias, que atribui as notas de 6 (de 0 a 10) valores às exibições de Moretto e Beto.
No dia seguinte, surge o jornal "A Bola" a lançar, em manchete, a questão se Moretto "é um herói ou um vilão".

Perante tantas dúvidas - e se é insuficiente efectuar uma mão cheia de defesas decisivas para apagar dois ou três falhanços inconsequentes -, não seria melhor recorrer às estatísticas, normalmente úteis ou inúteis mediante os interesses. É que em três jogos para a Liga dos Campeões, já a eliminar, frente ao campeão europeu Liverpool e ao poderoso Barcelona, o guardião brasileiro NÃO SOFREU qualquer golo!

E atenção, isto não quer dizer que a sua actuação desde que viajou de Setúbal para a Luz me esteja a agradar. Agora, classificá-la de negativa...
Moretto não tem culpa de trabalhar para estar no lugar de dois dos grandes guarda-redes portugueses, muito menos de "tirar" ritmo a Quim tendo em vista o Campeonato do Mundo.

Yorke song

Starting Spreading the news,
he’s playing today
I want to see him scores again
Dwight Yorke, Dwight Yorke...

(com música do "New York, New York", imortalizado por Frank Sinatra)

Digam lá se este cântico, da autoria dos adeptos do Aston Villa, pouco depois da chegada a Inglaterra do jovem prodígio de Trinidad e Tobago, não é o melhor de sempre da história do futebol.
A caixa de comentários está aberta a outras sugestões!

Moretto: as opiniões

Hoje acordo e, ao ler e reler as análises da imprensa – desportiva ou generalista – observo um mundo dividido na crítica ao guarda-redes do Benfica Moretto.

Se numa tabela de 0 a 10, o “gigante” é 9 entre os postes, será, muito provavelmente, um 3 fora deles e a jogar com os pés (como ontem se viu, meu Deus!). Isto dá para aí um 6 de média, ou seja, uma banalidade para quem defende as redes de um clube com a dimensão da do Benfica.

Se os defeitos podem ser corrigidos isso já são outros “quinhentos” (é assim que se costuma dizer, certo?!). Mas se não forem…é bom que comecem a olhar para quem anda na equipa “B”.

Agora, só por o brasileiro ter mandado para o “banco” um dos guarda-redes da selecção de Portugal não vale a pena serem mauzinhos. Por exemplo, quem hoje abrir o suplemento de desporto do Jornal de Notícias e ver Moretto (e Beto) com nota 6 (num máximo de 10) só poderá rir às gargalhadas… ou então chorar.

Benfica - 0 Barcelona - 0

O Benfica levou a decisão da eliminatória dos quartos-de-final da Liga dos Campeões para a 2.ª "mão", em Camp Nou, frente a um Barcelona que, para muitos (e também para mim), é, neste momento, a melhor equipa do Mundo.

É certo que o Glorioso teve sorte, em largas fases do encontro, só que, desta vez, bem fez por a merecer. A noite foi mesmo surpreendente e no relvado da Luz brilharam os três mal-amados de estimação dos adeptos: Moretto, Ricardo Rocha e Beto.

E ainda ficou aquele penálti por assinalar. Claro como a água, que o árbitro inglês e o seu auxiliar optaram por não ver.

Na SIC Notícias, o comentador Ricardo Costa atribui o resultado à sorte, relegando para segundo plano o trabalho exemplar dos homens de Ronald Koeman. Está certo, os postes e a falta de pontaria dos craques "culés" deram uma ajuda, mas é injusto ser tão linear perante o suor - que quase nos toca a todos, que vimos isto no estádio ou na televisão - de quem anda lá dentro.

O "especialista" Jorge Coroado crítica o árbitro, com o seu habitual palavreado inacessível a leigos. E alarga o seu rol de virtudes, referindo-se a Deco como "um tal, considerado português que temos de aceitar". Agora, também é xenófobo.

Obrigado Benfica, por continuares a orgulhar o teu país e quem gosta de ti.

Benfica-Barcelona

Dentro de apenas meia-hora, Benfica e Barcelona entram no revado da Luz para um jogo que, para muitos, tem já vencedor antecipado.
Exactamente como o do Manchester ou a eliminatória frente ao Liverpool.

Até agora, perdemos sempre! O que vale é que isso aconteceu quando o árbitro ainda não tinha apitado para o iníco da partida.

Por isso, também hoje, foi um prazer ter perdido, esmagado mesmo, frente a uma das melhores equipas do Mundo - sem Van Nisterlrooy ou Ronaldo, nem Gerard ou Morientes. Apenas com Ronaldinho, Eto'o e Deco (entre outros).

Dentro de duas horas e meia, talvez ainda possa ouvir, mais uma vez, que "este resultado de nada importa, uma vez que serás esmagado em Barcelona"...

Camadas jovens

Não é fácil, todos sabemos, "fabricar" anualmente um qualquer Ronaldinho, pronto a deslumbrar os adeptos do futebol do Mundo inteiro. Nem sequer é facil "fazer" um Lucho, um Simão ou um Moutinho.

Claro que a aposta na formação é - aliás, só poderia ser -, mais frutífera entre os poderosos. Aqueles com mais dinheiro e, também, com melhores infra-estruturas, treinadores e jogadores (estes últimos que elevam a competitividade, promovendo a evolução).

Depois, noutro patamar, há aqueles - casos dos (bons) portugueses, como os três "grandes", mas também o Boavista e o V. Guimarães - que, mesmo sem tantos meios, lá conseguem, de vez em vez, colocar um ou outro craque no principal escalão e, por vezes, proporcionar um talentoso reforço a um galáctico europeu.

A minha leitura do actual estado das coisas, no nosso país, nesta área, faz-me acreditar que, também aqui, somos eficazes. De qualquer das formas, sempre que há um planeamento correcto do trabalho nas camadas jovens é possível fazer despontar um ou outro bom jogador - e, aqui, ganha destaque o trabalho do Sporting nos últimos anos.

Em Coimbra, não haverá exemplo melhor de sucesso, mesmo que a uma dimesão mais modesta. O esforço de meia-dúzia de dedicados embate na falta de uma política de formação, onde os valores do orçamento são injectados, praticamente na sua totalidade, na equipa de seniores.

Os miúdos da Académica andam de "casa às costas" - de Ançã (infantis) à Pedrulha (iniciados), passando pelo Botão (juvenis) e Luso (juniores) -, sem campos, numa cidade há muito adormecida para o desporto. Mesmo assim, sabe sempre bem observar a correria pelo concurso de Zé Castro ou a ascensão (meteórica) do jovem Vítor Vinha.

No Verão, lá teremos uma defesa com dois academistas no Campeonato da Europa de sub-21.

Benfica cimenta lugares europeus

O Benfica ganhou ao Braga e ganhou uma vantagem confortável em relação a um concorrente directo para uma vaga na Champions League.

No fim do jogo, Koeman não considerou que o terceiro lugar estava garantido devido à vantagem de cinco pontos, pois tal representaria que também não acreditaria no título. Com FC Porto e Sporting CP pela frente, talvez seja mais provável perder o 3º lugar para o Braga do que ganhar o título.

Moretto sofre agora pelo que fez no passado recente: apesar das boas defesas que fez ao longo do jogo, são as falhas que ficam na retina dos adeptos, mesmo que algumas tenham sido consequência de jogo faltoso por parte do adversário.

Petit tem uma disputa de bola com Delibasic, dentro da grande área do Benfica, em que resulta a queda do jogador bracarense. É possível que tenha havido falta (seria penalty), mas não me parece que tenha sido realmente evidente. Petit é um jogador mais inteligente que aquilo que os seus detractores querem fazer crer. O Delibasic marcar um golo contra o Benfica seria uma enorme facada...
Pouco me importa - quem não vê um grande jogador no Armando, pouco há-de perceber de futebol.

O Braga é uma grande equipa, mesmo depois de todos os remendos que Jesualdo Ferreira se viu obrigado a fazer. No entanto, não mereceu sair da Luz com qualquer ponto. Depois de equipas que praticam um futebol realmente asqueroso, finalmente apareceu um Braga, que procura a vitória... parece que o Benfica só ganha a quem lhe quer ganhar.

Hoje à noite, Porto e Sporting têm jogos fáceis e não deverão ocorrer deslizes... O Sporting tem o adversário ideal para mostrar que a derrota com o FC Porto para a Taça foi um mero desempate, enquanto os portistas vão mostrar aos estudantes o que é uma bola.

V. Setúbal na final

E o grande vencedor da noite é: o sócio do V. Guimarães que prometeu ao presidente Vítor Magalhães ir a Lourdes (França) a pé, caso a equipa conseguisse chegar à Europa.

O V. Setúbal não joga muito, mas é, pelo segundo ano consecutivo, o finalista vencido (por antecipação) da Taça de Portugal. E olhem que muitos já o tentaram!

"Estád(i)o" de nervos

O homem que, lá pelos seus 27 anos, conquistou nome de estádio na minha cidade (ou na Vila de Taveiro, para se ser mais preciso) portou-se mal…

Sem dúvida que merece um castigo exemplar, mas falar-se dos tais cinco anos de suspensão parece-me, no mínimo, irrisório. Não se faz de alguém um exemplo empurrando-o para umas Oficinas de S. José, ou muito menos covertendo-o em “bode expiatório”. E Sérgio Conceição já teve a sua dose de culpas (junto com João Pinto), na ressaca do último “Mundial”.

E como dizia um professor meu do Secundário: “Justiça não é barbárie”.
Pois não! A partir daí, também eu sou contra a pena de morte.

P.S.: Ainda vinhas viver um ou dois anitos para a “tua” Ribeira, enquanto jogavas no “teu” clube.

Laranja "fora-de-moda"

E mantém-se a pergunta: Em jogos contra equipas equiparáveis ou superiores, o FC Porto venceu quantas vezes? A resposta é igualmente simples: zero!

A táctica do Sr. Co Adriaanse resulta, dirá o adepto-comum, apoiado numa análise objectiva, sustentada pelo percurso “azul-e-branco” neste campeonato e nesta Taça de Portugal.

Pois engana-se! Não resulta!
Apenas disfarça, frente às restantes 14 equipas do nosso futebol, com uma panóplia de recursos técnicos superiores do meio-campo para a frente – de Paulo Assunção a McCharthy, passando, obviamente, por Lucho e Quaresma.

Agora, frente a Benfica, Sporting e Sp. Braga, os adversários mais fortes desta temporada, apenas se têm visto empates ou derrotas. E não vale a pena esconderem este facto, igualmente visível numa competição como a Liga dos Campeões, onde até um Artmedia pode ser um opositor temido ao ex-campeão europeu (de há apenas dois anos).

Há quem diga que Co Adriaanse joga como uma “laranja mecânica”, aquela dos anos 70, mas a mim parece-me que joga “à cinco violinos”, aqueles dos anos 50. De qualquer das formas joga “à século” passado.

Bem pode agradecer os (incompreensíveis) tremeliques de técnicos e jogadores nas visitas ao “Dragão” ou a (compreensível) carga motivacional que, hoje em dia, uma deslocação à “Luz” carrega. Foram os “pequenos” que tramaram os restantes candidatos.

O Sporting foi mais consistente e merecia, ontem, por tudo o que fez em 120 minutos, estar na final do Estádio do Jamor. Resta o campeonato para se fazer um pouco de justiça (se bem que já não acredito que o Sp. Braga consiga roubar o 3.º lugar ao FC Porto).

Última hora!

O FUTEBOL PENSADO está em condições de adiantar que há já um forte candidato à conquista de um futuro “Dragão de Ouro” honorário (o mesmo prémio que, um dia, José Veiga ganhou), pelas inúmeras acções em defesa da causa portista.

Basta esperar que o homem pendure as chuteiras e… o apito.

Olegário e Baía carregam portistas para a final

Depois do golo do Guimarães, contra o Benfica; depois da decisão que anulou o golo limpinho do Rio Ave; depois das decisões de Olegário Benquerença no jogo da Taça que opôs dragões a leões... compreendo que um adepto do futebol sinta pudor em relação ao que se passa em Portugal.

O árbitro que já deixou o Estádio da Luz em estado de sítio voltou a realizar uma arbitragem muito fraca. As duas equipas que estão em melhor forma no campeonato português mereciam melhor. Dou o benifício da dúvida ao lance que envolveu Polga na sua grande área. No entanto, Benquerença perdoou a expulsão a Pepe, por mais uma mão-na-bola (que muitos consideram ter sido penálti), enquanto Raul Meireles teve o privilégio de fazer jogo perigoso enquanto o jogo estava parado! Deste lance resultou a justa expulsão de Marco Caneira, qual Kofi Annan a meter-se onde não é chamado. "He's my friend", já disse o outro, sem efeito - de boas intenções...

Vitor Baía, como o grande guarda redes que é (mas não aqueles que muitos julgam ser), demonstrou estar à altura do desafio - apesar dos recentes episódios de pancadaria fora dos relvados -, sendo apenas traído por um lance infeliz protagonizado por Cech. Liedson não desperdiçou, apesar do jeito tosco como cabeceou para golo.

Bola na rede, segunda parte do prolongamento: Paulo Bento explodia de alegria. Uma comemoração que deixava transparecer muita da raiva que iria dentro de si. No entanto, Adriaanse respondeu prontamente, acreditando num golo que McCarthy viria a marcar.

Não houve um único penálti mal executado. Baía defendeu o primeiro, de Moutinho, que ia muito bem colocado. Ricardo terá marcado o golo mais seco da noite, no remate que muita gente desejava que tivesse corrido mal - "só para ele não ter a mania". Grande guarda-redes, o guarda-redes do Montijo que já pintou a cara para comemorar um campeonato do Benfica esteve perto de defender o remate de Lisandro. O remate levava uma altura considerável e entrou.

Parabéns ao FC Porto e desejo de um grande jogo entre os Vitórias, hoje.

PS: numa altura em que o Sporting resume as suas ambições futebolísticas ao campeonato, vários jogadores correm o risco de serem castigados, por causa das picardias aquando da recepção ao Nacional da Madeira. Só agora? Parece que sim. Por um lado, parece injusto e inoportuno; por outro, "a justiça tarda, mas não falha", pelo que os jogadores são os primeiros culpados neste processo todo. Elevação, meus caros, não é isso...

Miccoli já "se pagou"...

...ou o Benfica não quer aproveitar?

Sporting "à Bento"

O Sporting alcançou no último fim-de-semana um registo notável. Este é, provavelmente, o adjectivo que melhor se adequa à série de oito vitórias consecutivas na Liga portuguesa. Mas há outro termo que também encarna bem o sentimento do universo futebolístico nacional perante este feito: surpreendente.

Quem imaginaria que este grupo de jovens, entregue no início ao descredibilizado técnico José Peseiro, ainda pudesse, este ano, ambicionar discutir o título com FC Porto e Benfica. Não só está na luta, como é muito previsível que já tenha colocado “no bolso” o apuramento directo para a Liga dos Campeões.

Uma equipa que se revê no seu treinador, ainda jovem e inexperiente, mas que, e tal como nos tempos de jogador, agarrou a oportunidade e, para já, venceu todos os desafios.

Aconteça o que acontecer, Paulo Bento é a figura do ano do “leão”: tornou sólida uma defesa, até então, mediana; potenciou o talento dos jovens do meio-campo; devolveu e descobriu os “faros” de Liedson e de Deivid. Tornou o Sporting das guerrilhas internas, das incoerências nas contas ou na equipa do Hugo num candidato à “dobradinha”.

Entretanto, para quem for fã...

O PES 6 japonês sai já em Abril...

Pontapé na raiva

À medida que o tempo ia passando, reparei que o Mantorras ainda nem tinha tocado na bola. Disse-o alto, para quem via o jogo comigo; para mim, pensei baixinho que o angolano só precisaria de um toque para a meter lá dentro. Consegui-o com a chamada fezada do tipo "este centro tem de chegar a mim de qualquer maneira, e tenho de a meter lá dentro, dê por onde der".

O jogador, supostamente "emprestável", acabou por segurar um treinador "dispensável".
O futebol tem destas coisas.

Taça de Portugal

Meias-finais (da próxima quarta-feira):
FC Porto – Sporting
V. Setúbal – V. Guimarães

A injustiça acompanhou desde sempre o futebol, continuando ainda mais marcante nos nossos dias, mercê da criação de estratagemas que atribuem mais recursos a quem joga menos para pontuar mais.

A bola permanece redonda e, por vezes, é difícil controlar os seus movimentos. Esta é a explicação mais reconfortante que encontro para justificar os imponderáveis do jogo, que, muito provavelmente, até são o maior factor de atracção para o público.

Mas custa aceitar (e perceber) que estes V. Setúbal ou V. Guimarães já têm passaporte carimbado para as competições europeias… custa e não é pouco!

Neca, um estilo

O médio Neca, do Vitória de Guimarães em declarações aos jornalistas, assegura que não houve qualquer falta no golo de Dário: "Não foi irregular. Foi uma assistência com o pé direito e toda a gente viu que não há mão na bola. Não há muito mais a dizer, pois foi um golo limpo".

Ok, o homem (!?) não deixa de ter razão: não houve mão na bola, mas sim cotovelo. Agora a questão do lance ser legal já é outra história.

Neca joga a bola com as mãos

Eu esforço-me por esquecer o teu aspecto visual, sempre com esse cabelo louro que não se usa (Que mau gosto, meu Deus!). Mas com opiniões dessas queres fazer por merecer o respeito de quem?

Três boas razões para o Benfica eliminar o Barcelona... (II)

1. - Se a energia negativa de seis milhões de portugueses não evitou a presença do Sporting na final da Taça UEFA, certamente que a dos restantes quatro não servirá de nada nuns quartos-de-final.

2. - Se nós temos o Moretto, eles têm o Valdés.

3.- Se o Benfica empata com a Naval e vence com Liverpool, significa que a Naval é melhor que o Liverpool. Como este Liverpool já empatou o Chelsea e os londrimos até eliminaram, no ano passado, o Barcelona, além de concluirmos que a Naval é séria candidata ao ceptro europeu, confiamos no triunfo do Glorioso sobre o catalães.
Parece confuso, mas não é... é apenas futebol!

A esperança é a última a morrer

Continuo à espera que alguém faça por merecer um resultado positivo na Luz - e isto penso ser um empate a zero, sem aproximações à baliza de Moretto -, a exemplo do que fez o Sporting, e, de preferência, sem possíveis penáltis não-assinalados a favor do Benfica (e aqui incluo o empurrão do Andersson Polga sobre o Nuno Gomes).

Quem me der um exemplo de um único ponto roubado no Estádio da Luz que tenha sido justo ou impoluto que venha ter comigo. Pago-lhe um copo!

Para o ano há mais...

A Académica voltou a falhar a (ansiada) presença no Jamor, 67 anos depois da conquista da primeira edição da Taça de Portugal.

Para os de Coimbra, pelo menos para os adeptos, este dado histórico oferece à prova algo mais que uma missão secundária da época, para mais quando os outros objectivos passam por metas tão modestas.

Os anos passam e, desde os finais da década de 60, a Académica não pisa os relvados numa final da Taça de Portugal. Sinceramente ainda sinto um género de travessia do deserto “à Benfica” dos anos 90 – é que nem o regresso e previsível consolidação no principal escalão podem ignorar as ambições academistas, sustentadas num belo currículo.

Desta vez o “carrasco” foi o Sporting: um inesperado mas sólido candidato à dobradinha.

FC Porto, V. Setúbal e V. Guimarães também estão nas “meias” e o sorteio é já esta tarde.

P.S.: O facto destes V. Setúbal pós-Norton de Matos e V. Guimarães estarem perto da qualificação para as competições europeias não deixa de acentuar o quanto surpreendente, e por vezes injusto, é o “mundo da bola”.

Benfica OUT!

Não vi a primeira parte, mas a segunda meteu-me nojo.
Por tudo.
A classificação da Liga vai fazer justiça ao que estas duas equipas demonstram merecer.

Rescaldo #2

É estranho como o adepto de futebol consegue ser tão injusto. Apesar de nunca ter ganho ao Benfica, pode-se comparar o sucesso da Naval aos que o campeão nacional tem vindo a ter na Europa. Talvez seja mais fácil jogar um futebol de contenção e jogar no contra-ataque, ganhando um pontinho, do que realmente tentar disputar o jogo de forma (que acaba por ser suicida), só para no fim do jogo o treinador sair de cabeça levantada, apesar de vergado à sua insignificância. Fez bem o treinador da Naval frente ao Benfica, como bem fez Koeman perante Sir Alex e Rafael Benitez. This is football.

Em relação ao jogo, o resultado acaba por ser justo, nem que seja para castigar a atitude dos jogadores do Benfica durante a primeira parte: lentos, a viver dos créditos amealhados em Anfield, e à espera que o golo surgisse mais cedo ou mais tarde. Koeman analisara o jogo contra o Liverpool, dizendo que a equipa ficou mentalmente perturbada por não conseguir marcar cedo, o que afectou o seu modo de jogar. Pois bem, a história repetiu-se.

Perante uma assistência realmente fantástica, o treinador holandês colocou os três centrais de que dispunha a jogar de início. Sem Luisão, Ricardo Rocha ocupou a vaga no eixo central da defesa, permanecendo Alcides à direita. Talvez tivesse sido mais sensato colocar Nelson de início, só por precaução.
Contra uma equipa que luta para sobreviver, dois médios defensivos. A explicação que encontro é o facto de Karagounis ainda não estar em condições, não podendo jogar de início (no entanto, fez a segunda parte quase toda). Então e Karyaka? Com Manuel Fernandes a ocupar sozinho o meio campo e Karyaka ou Karagounis pela frente, Nuno Gomes poderia ocupar a sua posição "real".

Laurent Robert continua a ser o jogador de andebol que permanece em campo para as jogadas especiais. Nota de interesse para aquele lance combinado, em que pica a bola por cima da barreira, para passar a um colega de equipa. Não saiu bem, mas fica a impressão que Koeman não dorme nos treinos. O lance mais perigoso do francês acabou por ser um livre directo que passou a centímetros do poste de Taborda.

Com Karagounis em campo, o Benfica espevitou. O grego gosta de ter a bola nos pés e distribui-la para os seus companheiros - contra uma equipa contra a Naval, a jogar em casa, Koeman poderia muito bem ter dispensado um trinco para lançar Karagounis.

Sempre que vejo os resumos do jogo, fico estupefacto com o facto de o Benfica não ter conseguido concretizar uma jogada. Nem um golo para amostra. Torna-se, portanto, mais grave ainda que uma grande penalidade (a única forma de "lá" chegar" a favor dos encarnados não tenha sido assinalada. Já nada me surpreende - nem a Léo, aposto.

Numa noite tranquila para Moretto (exceptuando quando decidia, o próprio, criar situações de perigo para a sua baliza), Simão parece ter voltado a recuperar a sua influência na equipa. Fica na retina o seu pontapé livre directo que Anderson só não corrigiu para golo por falta de vocação.

Marcel revela-se um flop, continuando sem marcar um golinho que seja pelo Benfica. No final do jogo, Alcides e Léo ficaram out.

Koeman revelou-se realista, entregando a responsabilidade de conquistar o título aos rivais do Norte e da Segunda Circular. Repetiu o discurso que já havia proferido depois do jogo contra o Sporting. Derrotismo é com ele. Antes, durante e depois dos jogos para a Liga Betandwin.com.

O FC Porto e o Sporting CP ampliaram a sua vantagem pontual em relação ao campeão nacional, com toda a justiça. O Boavista perdeu, finalmente, enquanto o Braga marcou passo em Belém (!).

Haverá mais alguma coisa a dizer…

in Liga Portuguesa
Programa da TVI
12/03/2006

Jorge Coroado (ex-árbitro; comentador): “A expulsão do jogador da Naval Franco é um erro grosseiro, uma vez que a jogada de ataque do Benfica não representava qualquer lance de golo claro”.

Franco (jogador da Naval): Aceito a expulsão. Se não colocasse a mão na bola certamente que o Beto ou o Nuno Gomes iriam conseguir marcar golo”.

Continuo sem perceber as razões deste ódio pelo Benfica, em forma de comentários tendenciosos, promovido semanalmente Sr. Jorge Coroado. Entendo, é claro, a frustração do homem que - devido ao forcing do clube da Luz em provar um erro em campo e uma mentira num relatório -, é o responsável pela única repetição, até ao momento, de um jogo (na altura um clássico Benfica-Sporting) na história do escalão máximo do futebol nacional.

Mas se estamos a falar de futebol, eu prefiro criticar o treinador: Epá, tudo bem, vocês são aqueles dos Big Brother’s, Quinta’s da Celebridades, telenovelas portuguesas de mau gosto, dos telejornais com a Manuela Moura Guedes, mas porra… há limites! Querem ser maus, não é? Ok, já conseguiram, aliás, conseguem isso e muito mais: se querem saber, até nem são maus, são simplesmente os piores.
Mas agora poupem o telespectador de tamanhas aberrações, para mais de um idiota que, semanalmente, nos chama, ostensivamente, de ignorantes – com a expressão corrente “o telespectador não entende.

Naval rema... contra prognósticos

Parabéns à Naval pelo resultado alcançado frente ao Benfica, para mais na sua estreia no Estádio da Luz - moralizado pelo triunfo na Europa e com quase 50 mil eufóricos benfiquistas nas bancadas.

A equipa da Figueira da Foz vestiu a pele dos "encarnados" das terças e quarta-feiras e renovou a esperança num final de campeonato feliz, evitando, a cada dia que passa, o rótulo de condenada imposto desde o pontapé inicial da prova. Parece que há homens que nasceram para o lugar e, se isso realmente é verdade, Rogério Gonçalves está como "peixe na água".

Agora, e já que o campeonato foi para o "galheiro", restam as esperanças num milagre na Liga dos Campeões (já sabíamos que o Barcelona não é invencível, mas sabe sempre bem confirmar) ou... numa vitória insossa na Taça de Portugal.

Quanto a desejos até ao final do campeonato, apenas espero que o Benfica confirme o seu espaço na Liga dos Campeões, que a Académica segure este lugar a meio da tabela (se pudesse apanhar um escancalhado V. Setúbal também não seria mau) e que uma equipa volte a pontuar na Luz, só que, desta vez, jogando futebol e não impedindo que os outros, sempre bem melhores, façam alguma coisa da "redondinha" (o que seria uma novidade este ano).

P.S.: as apreciações mais aprofundadas, futebolísticamente falando, ficam para o Mustaine.

Três boas razões para o Benfica eliminar o Barcelona... (I)

A partir de hoje, e fiando-me na minha parca criatividade, começo por enumerar as razões que me levam a crer na passagem do Benfica até às meias-finais da Liga dos Campeões, depois de eliminar o catalão Barcelona!

Então aqui vão as primeiras três boas justificações para tanta fé.

Razões históricas:

1. - O Benfica tem o dobro de Taças/Ligas dos Campeões do Barcelona;

2. - O responsável pela conquista do único troféu do género para os catalães está, desta vez, do nosso lado;

3. - O carácter regionalista do Barcelona é inegável e o Benfica já provou, este ano, que se dá muito bem quando defronta, em casa ou fora, os clubes provincianos.

Académica, 1 - Penafiel, 0

Um único golo, apontado por Filipe Teixeira, a abrir a 2.ª parte, foi suficiente para a Académica vencer o "condenado" Penafiel.

Não foi, de facto, uma partida muito conseguida por parte dos de Coimbra, se bem que, neste momento, e provavelmente até ao final do campeonato, não deverá ser fácil incluir qualidade nos duelos em que intervenha o grupo penafidelense. A postura dos atletas é de louvar, o certo é que já não há "saúde", nem física nem mental, para se efectuarem mais oito jornadas... a "feijões".

Nota mais: para a presença de Xanana Gusmão em Coimbra. Bonita e justa homenagem ao ex-guerrilheiro, agora Presidente da República, e "pai" da mais jovem nação democrática do mundo.

Nota menos: a expulsão de Filipe Teixeira a fechar o encontro, por duplo "amarelo", que, assim, o impede de defrontar o Sporting na próxima quarta-feira, para a Taça e Portugal.

Resultados da poll... e nova poll...

Eu votei no Milan :P
Com sorte, o Benfica ainda encontra os milaneses a caminho de Paris.

PS: Nova poll... no local do costume.

Os restantes jogos da Champions

ARSENAL-JUVENTUS

LYON-AC MILAN

INTER ou AJAX-VILLARREAL

A negrito, a minha aposta.

Liga dos Campeões

O Barcelona é o adversário do Benfica nos quartos-de-final da mais importante prova europeia de clubes.

Podia ter sido pior? Que se lixe...

NINGUÉM PÁRA O BENFICA, ALLEZ ÓÓÓÓ....

P.S. 1 : para quem não percebeu este post tem como objectivo ser totalmente parcial!

P.S. 2: uma referência ao meu amigo benfiquista Tiago (Cocas) que já me enviou uma mensagem SMS, aludindo a uma tal de "(...) vingança pelo Rei Mourinho (...)".

P.S. 3: outra referência a um outro meu amigo, adepto do FC Porto, que foi o primeiro a tentar contactar-me após o sorteio - reparem, eu disse "tentar" já que nem sequer atendi a chamada (destaco, novamente, que o homem não se deu ao trabalho de me enviar uma simples mensagem mas quis mesmo falar comigo gastando mais do seu dinheiro). O mesmo que comprou um cachecol do Liverpool na terça-feira (que, provavelmente, lhe deve estar agora a dar um jeitão!) e que, agora, deverá estar a espalhar que seremos "esmagados"... outra vez!

Obrigado pela tua preocupação com o nosso sorteio! Um abraço (não digo o nome para o rapaz não passar, ainda mais, pelo rídiculo)!

Um exemplo de "scolarização"

Esta curiosa foto da “nossa” selecção foi-me amavelmente cedida pelo bloguer Mr. Wiskers do são tretas senhores.

Quando a vi, e constatando o aparente sentimento de desorientação dos atletas, bastaram-me apenas dois segundos para a conseguir interpretar. Digam-me lá se eles não parecem querer dizer: “Porra... este gajo, com a camisola número 6, está mesmo a jogar ao nosso lado na selecção de Portugal?!”.

A modéstia do médio sportinguista também é de realçar: “Este brasileiro é louco!”.

A semana... ao longe

Regressei ontem a Portugal e procurei colocar-me rapidamente ao corrente daquilo que, durante a última semana, não me havia chegado.

Eu bem tentei, a espaços, procurar nas páginas dos jornais umas linhas acerca do futebol luso, mas parece que só mesmo o fenómeno Mourinho – e o inevitável Barcelona-Chelsea – conseguem fazer desviar os olhos franceses do próprio umbigo (neste caso Paris SG e Marselha, já que nem os cinco títulos consecutivos do Lyon conseguem derrubar a popularidade dos “históricos” locais).

1. – A primeira (má) notícia veio com a lesão de Jorge Andrade. Mau para a carreira do jogador, terrível para a selecção (e para a gestão da minha paciência para com Luiz Felipe Scolari).

De realçar apenas o sublinhar de qualidade de um defesa-central que já fez por merecer novos palcos, mais condizentes com o seu valor. E parece que nem a lesão serviu para desacelerar os interesses vindos de meia Europa, com incidência por terras da Catalunha e Milão.

2. – Claro que a notícia das vitórias dos “grandes” portugueses chegou cedo, ou via telefone ou SMS, mas sempre sem grandes pormenores dos contornos dos triunfos. Ganharam todos: FC Porto, Sporting, Benfica e Académica.

Surpreendentes só mesmo os desfechos: a goleada imposta pelo “Dragão” ao candidato Nacional; o percurso do até agora desconhecido Koke na vitória leonina; o último suspiro de Miccoli na Amadora, que evitou, para já, que a toalha “encarnada” tocasse no chão; e o “baile” da Briosa em terras do Lis, diante de uma boa equipa da U. Leiria.

3. – De resto tudo dantes: a “chicotada” de Ulisses Morais no Gil Vicente apenas desperta curiosidade pelas razões e timing da decisão directiva. O chefe da equipa técnica não gostou das intromissões do dirigente máximo dos de Barcelos, cacarejou bem alto e em pleno balneário e levou com a “ripada”.
É caso para dizer… cada galo no seu poleiro!

4. – Ouvi dizer por aí que um tal de Pedro Silva, árbitro auxiliar no jogo U. Leiria-Académica, teve um comportamento deplorável para com a instituição e os adeptos de Coimbra. Isto é “caso de blogs”, já que nos meios de comunicação social tradicionais não encontrei nada sobre o assunto (talvez por distracção, não sei!).
Se aquilo que li se cornfirmar é inadmissível! Para mais jogando a "minha" Académica em casa!

Já não se adaptam textos?

Liedson:

"Ficarei realizado com o título"

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realizar

Conjugar

de real

v. tr.,

pôr em prática;

tornar real;

executar;

conseguir;

efectuar;

ser o autor (ou o realizador) de um filme ou de uma emissão;

v. refl.,

tornar-se real;

efectuar-se;

cumprir-se;

desenvolver-se;

levar a cabo (projectos, ideias, etc. );

actualizar potencialidades próprias.

Fezada

Espero que, até ao dia de eleições no Benfica, Manuel Vilarinho volte a prometer que se candidata caso Luís Filipe Vieira não se recandidate a novo mandato.
Talvez assim LFV decida avançar de vez.

Nova poll e resultados da anterior

A nova votação prende-se com o próximo adversário do Benfica na Champions. Deixem o vosso palpite, no local do costume.
Os possíveis adversários são as equipas escritas a negrito, na infografia que se segue (actualizarei a poll depois do jogo entre Ajax e Inter).

Os resultados da última poll estão nos quadros que se seguem.

Pedido de ajuda

Se alguém souber quanto se ganha por cada golo, por cada vitória, empate ou derrota, e por cada passagem de eliminatória (consoante a fase) da Champions, tem a caixa de comentários à disposição.

Thanks in advance!

Miccoli chegou aos pedais!

O Benfica eliminou o campeão europeu (e, para alguns iluminados, o campeão do mundo).

Dois golos arrumaram a equipa de Gerrard - que jogou de início, tentando municiar da melhor forma os dois avançados dos reds. De facto, o médio internacional inglês acrescenta muita qualidade à equipa de Liverpool, que teve mais oportunidades nos primeiros minutos desta segunda mão do que em todo o jogo efectuado em Portugal.

No entanto, os avançados ingleses não tiveram arte para bater uma defesa em que até Moretto jogou bem. Parece que o brasileiro prefere encaixar umas boas bolas antes de rubricar excelentes exibições, tal como sucedia em Setúbal. Os centrais secaram os lances de maior perigo - a habitual classe de Luisão e o estilo correcto e pouco comprometedor de Anderson também ajudaram.

Beto e Manuel Fernandes não tiveram mãos a medir. Sem o influente Petit - um dos capitães do Benfica -, conseguiram fazer as compensações e os cortes que o jogo requeria. Manuel Fernandes foi o melhor distribuidor de jogo do Benfica, até entrar Karagounis. Finalmente, o jovem centro-campista do Benfica parece ter começado a reduzir o número de passes falhados que caracterizavam as suas exibições.

Nas alas, Simão voltou a marcar um grande golo, enquanto Robert andou em campo à espera do livre que não surgiu porque o Benfica não atacava de forma a jogar instalado no meio campo do adversário. Simão comemorou o seu golo memorável com Miccoli - a equipa corre com o capitão, nos seus golos "ingleses", o que se tornou uma imagem de marca deste Benfica europeu.

Mérito para Geovanni, que roubou a bola para a Nuno Gomes assistir Simão. Apesar de não ter marcado nenhum golo, Nuno Gomes tentou sempre incomodar os defesas ingleses, o que não foi tarefa fácil para uma equipa que estava a jogar em contra-ataque. No único lance em que podia ter seguido isolado, levou cartão amarelo por... "estar em jogo".
Esteve mal, a equipa de arbitragem, tal como esteve no lance em que Geovanni corria sozinho e foi "varrido" por um inglês, que só não foi expulso porque foi assinalado mais um fora-de-jogo inexistente. Nesse momento, recordei-me de um lance parecido, ocorrido no Benfica - Manchester United e temi o pior.

Ricardo Rocha entrou para o lado esquerdo, dando descanso a um Léo que fora promovido a médio-esquerdo. Saíu Robert, que não teve a sua oportunidade. Karagounis tentou praticar um futebol pensado, mas nem por isso o Benfica deixou de jogar à espera do erro do adversário para se lançar em manobras de contra-ataque. No entanto, a intensidade do ataque britânico dissipara-se e o Benfica finalmente pegou no jogo.

O golo de Miccoli, após cruzamento de Beto (!), foi fantástico. Não sei se o rapaz quis realmente levantar a bola, após tamanha tacada do mal-amado brasileiro, mas a verdade é que o pontapé de bicicleta já vinha sendo um mimo que o italiano vinha a esbanjar nos treinos.

O Benfica tem jogadores suficientes para disputar as três competições em que está envolvido. Não sei é se terá uma equipa, ou várias, com a qualidade suficiente para ganhar os troféus.

Portugal torceu pelo Benfica - nem que tenha sido pelo facto de a vitória representar um calendário mais apertado para os campeões nacionais.

Palmas a Rijkaard

- Pela maravilhosa equipa que tem;
- por Messi;
- por Ronaldinho;
- por Deco;
- por conseguir acalmar as hostes catalãs antes de depois do jogo;
- por saber vencer;
- por saber vencer o Chelsea;
- por ter ensinado Eto'o a saber vencer;
- por ter ensinado Eto'o a saber vencer o Chelsea.

O treinador tem estado impecável. Depois de ter começado com o pé errado, tem tudo para conquistar Espanha, a Europa e até o Mundo.
Só é pena não ter feito com Quaresma o que Sir Alex tem vindo a fazer com Ronaldo.

Rescaldo

Depois de um jogo morno da nossa (?!) Selecção, o campeonato prosseguiu com vitórias dos grandes. Os habituais.

O SL Benfica começou a perder. Um golo que teve a colaboração de vários intervenientes. Moretto, Koeman e o árbitro. Se, se, se... enfim. Robert e Miccoli viraram o resultado, num campo em que o FC Porto não conseguiu ganhar. A equipa de arbitragem teve um jogo muito desastrado, com vários erros irritantes. Foras-de-jogo mal assinalados e expulsões perdoadas servem de exemplo.
Mantorras voltou a ficar de fora. Não dá para ter três ou quatro avançados no banco, quando se começa o jogo com apenas um. Que fazer? Começar com dois? Tirar um médio ou um defesa do banco, só para dar lugar a Mantorras? E a equipa? Atitude corajosa de Koeman, num país em que se paga caro pela coerência desportiva.

O FC Porto esmagou um Nacional que foi uma autêntica nódoa, no Dragão. Os Super Dragões voltaram a manifestar o seu desagrado perante a direcção "comissionista", revelando-se uma autêntica... comichão. Coisas estranhas: McCarthy marcou um golo e Pepe pode jogar com as mãos dentro da área.

O Nacional demonstrou que o seu presidente devia estar calado. Se o futebol do clube é do campeonato de alguém, só pode ser do do Gil Vicente. O Sporting venceu os gilistas num jogo mau, resolvido por Koke. O espanhol mostrou que não precisa de tempo para marcar - chuta bem e é guloso qb, como qualquer bom avançado. No entanto, ainda tem muito a provar, até chegar aos calcanhares do levezinho.

No fim-de-semana em que José Fonte fez um hat-trick bem distinto de todos os outros, os grandes de Lisboa ganharam sem Simão e Liedson. Depois do empate com o Braga, também o Boavista terá de defrontar o Sporting sem João Pinto, no jogo da jornada.

PS: Scolari não quer Quaresma na Selecção. Um seleccionador não coloca um jogador em campo, nos poucos minutos que restavam do último jogo antes da convocatória oficial, se o quiser numa fase final. Se Quaresma já tinha a vida difícil, mais difícil ficou. Vai, miúdo. Tens meia-hora para provar que mereces ir ao Mundial. O jogo, em que Simão e Gomes foram naturalmente poupados, revelou um Quaresma sem a estaleca que poderia ter adquirido ao longo de outros jogos. Ficámos todos a perder.