badge respira futebol

segunda-feira, março 27, 2006

Camadas jovens

Não é fácil, todos sabemos, "fabricar" anualmente um qualquer Ronaldinho, pronto a deslumbrar os adeptos do futebol do Mundo inteiro. Nem sequer é facil "fazer" um Lucho, um Simão ou um Moutinho.

Claro que a aposta na formação é - aliás, só poderia ser -, mais frutífera entre os poderosos. Aqueles com mais dinheiro e, também, com melhores infra-estruturas, treinadores e jogadores (estes últimos que elevam a competitividade, promovendo a evolução).

Depois, noutro patamar, há aqueles - casos dos (bons) portugueses, como os três "grandes", mas também o Boavista e o V. Guimarães - que, mesmo sem tantos meios, lá conseguem, de vez em vez, colocar um ou outro craque no principal escalão e, por vezes, proporcionar um talentoso reforço a um galáctico europeu.

A minha leitura do actual estado das coisas, no nosso país, nesta área, faz-me acreditar que, também aqui, somos eficazes. De qualquer das formas, sempre que há um planeamento correcto do trabalho nas camadas jovens é possível fazer despontar um ou outro bom jogador - e, aqui, ganha destaque o trabalho do Sporting nos últimos anos.

Em Coimbra, não haverá exemplo melhor de sucesso, mesmo que a uma dimesão mais modesta. O esforço de meia-dúzia de dedicados embate na falta de uma política de formação, onde os valores do orçamento são injectados, praticamente na sua totalidade, na equipa de seniores.

Os miúdos da Académica andam de "casa às costas" - de Ançã (infantis) à Pedrulha (iniciados), passando pelo Botão (juvenis) e Luso (juniores) -, sem campos, numa cidade há muito adormecida para o desporto. Mesmo assim, sabe sempre bem observar a correria pelo concurso de Zé Castro ou a ascensão (meteórica) do jovem Vítor Vinha.

No Verão, lá teremos uma defesa com dois academistas no Campeonato da Europa de sub-21.

Sem comentários: