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terça-feira, abril 21, 2009

Lições (do professor) sobre seriedade

"O futebol português chegou a um momento em que as grandes decisões têm de ser tomadas. Se serão, não sei, porque não há trabalho para trás, ninguém antecipou nada e a estratégia é montar as coisas antes delas acontecerem", prosseguiu Jesualdo Ferreira.

Concordo completamente. Para se falar menos e fazer mais poderíamos, por exemplo, começar por atribuir importância a certas visitas nocturnas e escutas telefónicas que, já admitidas e provadas como verdadeiras, identificam e acusam os protagonistas do sistema. Ou então, absolvem-se todos e vamos palrar sobre grandes decisões e estratégias.

E agora? Já acreditas no Pai Natal?

segunda-feira, abril 20, 2009

Há males que vêm por bem

Pensei em deixar, apenas, um post com imagem e título. Seria o suficiente e esclarecedor. Porém, sob o risco da dúvida, decidi contextualizar, com recurso a um pequeno texto:
na minha opinião, David Suazo foi o flop do ano. Não tem, mesmo com a comunicação social esforçando-se por nos convencer do contrário, qualidade para jogar no Benfica. A força e velocidade não chegam; também é preciso saber tocar na bola. Argumentam, os apoiantes do hondurenho, com o seu currículo italiano. Eu respondo que o Génova ou o Cagliari – já nem sei, mas também não me dou ao trabalho de procurar na net – não são o Glorioso. Aliás, nem o Inter o é; apesar da sua equipa actual merecer, obviamente, o nosso respeito e cobiça (que inveja é palavra e sentimento feio).
É, assim, importante perceber o que levou Quique Flores a descartar, durante grande parte da época, aquele que é, objectivamente – falo de futebol e estatística (que a relação qualidade/custo é até obscena referir) –, o nosso melhor avançado. Óscar Cardozo regressou. O mesmo aconteceu a Quim. Todavia, já não podemos dizer o mesmo de Léo. Foram estes, na minha opinião, os pecados maiores do treinador do Benfica, desde que chegou à Luz: "perdeu" ou "quase perdeu", de forma muito duvidosa, mais-valias importantes, ou até mesmo decisivas, da nossa equipa. Porquê? Rejeitou a qualidade e, sobretudo, a estabilidade, gaantes fundamentais para a conquista de vitórias e títulos. O Benfica deu passos atrás... para depois correr e suar a recuperar terreno, provavelmente, tarde demais.
De resto, a infelicidade – e algo mais – afastaram-nos dos nossos principais objectivos. Os jogos caseiros com Guimarães e Académica (só para falar dos mais recentes) deveriam, porque o Benfica merecia-o, ter valido seis pontos que, por esta altura, modificariam completamente as nossas perspectivas. Enfim, é preciso seguir com o projecto. Com os mesmo protagonistas e sem os erros do costume – falo de correcções, em detrimento das supostas revoluções –, antigos ou recentes.

Tradição

Quase me comovi ao ver, ontem, a jornada da Liga respeitar tradições e costumes tão antigos e queridos. Aqueles “15 minutos à Benfica” (repartidos em quatro ou cinco partes), em Setúbal, e aquela “vitória à Porto”, em Coimbra, são por demais evidentes do esforço e competência de (alguns) protagonistas do nosso futebol em manterem as coisas exactamente como estão, já lá vão 30 anos.

sexta-feira, abril 17, 2009

Golão de Grafite

Sim, já foi há mil "anos de internet" (tipo semana passada?). Vejam:


domingo, abril 12, 2009

É preciso ter karma...

SL Benfica 0 - 1 Académica OAF
Liga Sagres 2008/2009

O Benfica voltou a perder em casa para o campeonato. Tal como havia acontecido contra o Guimarães, duas jornadas antes, uma exibição convincente não chegou para marcar, sequer, um golo.

A Académica soube aguentar a vantagem, se bem que só não se deixou empatar pela falta de pontaria dos jogadores do Benfica aliada à incompreensível imaginação do árbitro do encontro. Ele foi o David Luiz isolado (duas vezes), o Aimar e o Cardozo a jogarem ao poste, o Peskovic "on-fire"... para acabar em beleza, o árbitro parou um lance de golo do Benfica (que teria dado em golo, de facto) sem uma legitimidade aparente para ter marcado falta.

Em suma, o Benfica produziu o suficiente para humilhar a Académica e obter uma vitória bem confortável, que permitisse alimentar o sonho do acesso à Champions. Ao contrário do que acontece em jogos como o da Amadora, na semana passada, em que se joga mal e há bons motivos para procurar fazer a habitual crucificação do treinador, desta vez prefiro culpar os protagonistas dos lances que já listei.

Acontece que, na Amadora, o Benfica venceu e ontem perdeu. Não importa como se jogou, os adeptos irão mostrar os seus lenços no final do jogo, espetando novo prego no caixão da força anímica dos jogadores, de si já suficientemente massacrada pela falta de apoio durante o jogo - quando o apoio pode fazer a diferença. O adepto que mostra o lenço depois de um jogo como o de ontem é míope e não sabe o que é o futebol. O adepto que leva um lençol para a Catedral, no fundo, deseja que a equipa se afunde para fazer o seu número de stand-up. Com amigos assim...

Não é o fim do mundo; Quique tem de continuar a trabalhar e a treinar o Benfica para que o seu contrato seja cumprido. Porque foi assim que foi planeado. Foi assim que se delineou uma estratégia para alcançar a vitória. De forma ponderada. Nova revolução no futebol do Benfica seria de uma falta de inteligência atroz.

sexta-feira, abril 03, 2009

A "caixa de Pandora"

O castigo aplicado a Lisandro, curiosamente previsto pela lei, abre um precedente polémico: de agora em diante, os jogadores que fizerem batota serão punidos.

Nada será como dantes, de facto...

PS: a conferência de imprensa do Jesualdo Ferreira a justificar a simulação do argentino foi hilariante, de ridícula. Vai enganar outro, ó meu!

quinta-feira, abril 02, 2009

Censurem-me à vontade

Sou uma pessoa que tem grande facilidade em "deixar passar" as pequenas coisas que, em dados períodos de tempo, me enervaram "à grande". Daí conseguir viver tão bem comigo próprio e com aqueles que me rodeiam.

Tendo dito isto, gostava de dizer que gosto do trabalho que o senhor Carlos Queirós está a realizar, e da forma como a Selecção de Portugal está a jogar. Quero que a barba se dane, que as apreciações ao seu discurso e postura vão para as urtigas - interessa-me o que vejo em campo. A equipa está em renovação (uma renovação com recursos humanos bem diferentes daqueles de 2006, por exemplo), e está no caminho certo.

Se gostava de ver o Prof. a treinar o Benfica? Mas o que é que isso interessa, agora?