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quinta-feira, agosto 31, 2006

Michel Preud'Homme

Sempre que me deparo com o nome em questão, num qualquer ecrã ou jornal, não me consigo impedir de ser invadido por um sentimento de tristeza - misturado por entre o orgulho!

Claro que já deveria ter superado a desilusão, afinal, aos 25 anos, temos de aceitar que tudo na vida tem um fim.

Não liguem à legenda dentro da foto (é só inveja)

Desculpem o carácter de urgência, que não me permite expor, como gostaria, e como merecia, este assunto. De qualquer maneira, fica o essecial da informação: Este senhor (o que está na foto), o verdadeiro melhor guarda-redes da história do futebol português - apesar dos papagaios que (ainda) continuam soltos -, é o novo treinador do Standard de Liège.

P.S.: a única má notícia é que Michel Preud'Homme vê-se, assim, na obrigação de conviver diariamente com o Sérgio Conceição e o Sá Pinto.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Viagem ao Bonfim

É óbvio que nem só as férias justificam a minha parca participação recente no blog, mas, compreendam, que, após uma pré-época onde a nossa equipa está uma dezena de jogos sem vencer, um adepto tem de se proteger das conversas sobre bola – no trabalho, nos café ou em qualquer blog!

Estava à espera, para já, que a Académica conquistasse atributos indispensáveis para enfrentar a competitividade – relativa, diga-se! – da nossa Liga, mas, desafiado pelo Mustaine, e uma vez que dispensei meia-horita de algo menos importante – o que interessa que o SAP da Mealhada vá fechar –, tentarei fazer a minha análise breve do que se passou no Bonfim.

Roberto Brum

Claro que o carácter precoce das conclusões dificulta, e muito, a análise, sobretudo se tivermos em conta que, e tal como já referiu, por diversas vezes, o técnico Manuel Machado, a equipa da Briosa vive em construção, com incontáveis caras novas, em busca de um sentido colectivo. Sobretudo por esta última razão, o primeiro terço de campeonato será de dificuldades acrescidas para os conimbricenses, por isso, qualquer empate fora de portas nesta fase - para mais frente a um V. Setúbal que, embora vulgar, é maduro e vai, certamente, navegar tranquilo - é bastante positivo.

Ainda falta evoluir tanto! Mas como se pode exigir, neste momento, algo mais a não ser pontos, que, e tal como esperam todos os académicos, se aguardam para um campeonato sem os sobressaltos dos anteriores.
Claro que já há quem dê garantias, aqueles que, acima de tudo, nunca enganaram, nem nos momentos mais turbulentos de uma pré-temporada desportivamente negativa: Pedro Roma, Roberto Brum e, principalmente, Hélder Barbosa – que, ou muito me engano, deverá rapidamente abandonar o epíteto de “esperança do futebol português”.

Hélder Barbosa

(Notas)
Roberto Brum “encheu”, mais uma vez, o campo. É um jogador que caberia no plantel de qualquer “grande” do futebol nacional, onde seria, nalguns casos – no meu, em particular! –, titular indiscutível (qual Katsouranis, qual quê!). Despede-se da Briosa com a mesma atitude, dentro das quatro linhas, de sempre!

O melhor golo da jornada é de um miúdo considerado, há anos, como um prodígio da bola, tendo, inclusive, arrecadado um “dragão de ouro” com apenas 15 anos. Se era preciso provas, Hélder Barbosa confirmou, outra vez, que o talento não se mede, nem por metros, nem pelos dados do B.I.

Duas estreias absolutas, dois jovens atirados aos leões – ou aos golfinhos, ou lá o que são! –, Pavlovic e Miguel Pedro, sem sequer terem realizado um particular. Deram o que puderam, sem a frescura física indispensável e o nervosismo miudinho (ou acentuadinho) habitual.

As condições do Estádio do Bonfim, para adeptos e comunicação social, são, no mínimo, surreais. Já estive em muitos estádios e, compreendo, que nem todos puderam ser bafejados pelos euros provenientes do projecto Euro 2004. Ainda assim, há situações inadmissíveis e o caso do Bonfim é gritante – superando, negativamente, o péssimo equipamento que o E. Amadora oferece aos espectadores.

O António

Este último ponto pouco ou nada tem a ver com futebol (a foto é elucidativa), uma vez que mencionarei duas personagens que, só por acidente, fazem parte do cenário futebolístico português: Moretto e Toy. Dois espectadores atentos, adeptos fervorosos da equipa da casa com quem me cruzei pelos exíguos corredores do Bonfim.
O guarda-redes do Benfica deparou-se comigo, olhos nos olhos, e, nem sei porquê, fixou-me lá do alto, enquanto eu falava ao telemóvel, para aí uns bons 10 segundos. Só tenho duas explicações: ou esperava que eu me curvasse perante tão distinta presença, o que, obviamente não aconteceu ou, apesar de inconscientemente, pensei em voz alta e ele deparou-se com um berro do género “como é que o Benfica pode sofrer um golo assim em Paços de Ferreira”.
Já o cantor notabilizado, deparou-se comigo ao intervalo pedindo, simpáticamente, licença para passar. Tentei desviar-me o mais que podia, juro, mas ainda lhe toquei com o ombro, facto que, imediatamente, me motivou graves sintomas: dez minutos a cantarolar o “Chama o António” – até ao golo do Nandinho – e uma imagem persistente na minha mente: Sérgio Conceição (meu Deus, o horror, o horror!).

terça-feira, agosto 29, 2006

Rescaldo da 1ª jornada...

...incompleta.
O Gil Vicente bem que gostaria de ter feito um jogo treino com o Benfica. Sempre valeria a pena, a viagem a Lisboa. Terão de viajar até Lisboa mais vezes, sim - para jogar contra o Belenenses, espero.
Quem perdeu com isto tudo foi o Benfica e os seus adeptos emigrantes que costumam encher a Luz, nesta altura do ano. Uma "casa" de Inverno não faz o Inferno. Indemnização para o Gil? Mas ainda alguém os ouve?

O Sporting mereceu a vitória frente ao difícil Boavista, que até começou melhor, com o seu treinador de transição. No entanto, à medida em que o clube do norte foi perdendo interesse no jogo, alguns apupos se ouviram e Paulo Bento reagiu com pontaria. O êxito veio do banco.
O geralmente desinteresado e desinspirado Deivid bisou e foi prontamente despachado. Excelente negócio financeiro - no que diz respeito ao carácter desportivo, o futuro dirá.
O Sporting ficou sem uma opção no ataque, quando Douala implora pela saída. Bueno precisa de um golo para não se pinillar... E 31 de Agosto à porta.

Uma boa surpresa, a União de Leiria. De FCP B pouco demonstrou, a não ser o treinador e os jogadores emprestados. Muita irreverência e vontade - mais não podiam. Chegou para um FC Porto mediano. Jesualdo tem muito que fazer, mas começou da melhor maneira possível.
Adriaanse levou uma ripada de Diego, à distância, enquanto o "limitado Adriano" confirmou que é um grande goleador no plano nacional.

Em relação ao "Super Mercado" do futebol português... tudo lérias.
Conto com o Calota para a apreciação em relação à briosa, que empatou com um golão. Podia ter sido pior - esperava pior.

domingo, agosto 27, 2006

A relação das coisas...

Alcides, Nuno Assis, Rui Costa, Simão e Miccoli lesionados.
Benfica recua e "fecha" o estádio para o torneio quadrangular de amanhã.
Makes sense to me.

PS: o blog tem andado menos activo. Compreendei: são as férias, senhor.

terça-feira, agosto 22, 2006

Para hoje à noite...



Força, Benfica!
A minha previsão: Benfica 2 - 0 Áustria Viena

Justiça?

O Gil Vicente vê-se justamente condenado com a descida para a segunda divisão - perdeu nos tribunais. O Belenenses, que perdeu em campo, mantém-se entre os maiores.
Fosse eu dos Leixões e ninguém me aturaria, hoje...

quinta-feira, agosto 17, 2006

FC Porto tentou reaver Hugo Almeida

...até ofereceu o dinheiro que o Werder Bremen havia pago pelo avançado.
A pergunta é... terá sido um desNorte ao ponto de se ter oferecido, igualmente, a devolução da comissão do costume?
... com isso não se brinca.

sábado, agosto 12, 2006

Ok, mais ainda...

...Neste tal mundo bizarro, se Jesualdo não for para o Dragão, talvez Cuper, Erikson ou Ranieri tenham hipóteses de treinar um FC Porto oleado para um 3-4-3.


Só talvez.

Ah!

Neste mundo bizarro, Manuel Fernandes é vendido por 14 milhões ao Portsmouth, enquanto Ronaldo ex-fenómeno é despachado ao Milan por 15.

Pá, ya...

Mundo bizarro

Em Portugal, pode dizer-se que Miguelito virá para substituir Karagounis, que ninguém se espanta.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Co Adriaanse

Dizem agora, os especialistas, que a ruptura era inevitável, que os sinais vinham de trás (e em crescendo). Mas, pergunto eu, quem imaginaria tal desfecho, pelo passado recente – onde Pinto da Costa tanto suportou, mesmo contra “vacas sagradas”! – e pelo timing da decisão, tamanha catástrofe para as hostes “azuis-e-brancas”?

E afirmo “catástrofe”, não por acreditar que não pode haver substituto à altura – já que, para isso, talvez baste que a escolhe não recaia num ou outro Luís Campos desempregado –, mas sim pela estrutura montada, as ideias implementadas.
(pouco comuns, diga-se!)

Será difícil encontrar naquele aglomerado de jogadores, jovem e talentoso, elementos que se estiquem no terreno e actuem numa daquelas tácticas que consegue ganhar ao Manchester United, ao Liverpool ou ao Lyon – e que serve para vencer títulos continentais.

P.S.: MM na calha e catástrofe, aqui sim, sem eufemismos, no maior clube do Mundo!

sábado, agosto 05, 2006

O esquema de Adriaanse

O FC Porto regressou ontem, após meses de interregno - e um contratempo com o (poderoso) Artmedia -, ao convívio com os grandes do futebol europeu. Facto que não deixa de ser significativo e, acima de tudo, esclarecedor quanto às possibilidades desta equipa, a de Co Adriaanse, poder fazer frente a alguém com capacidade para, pelo menos, vencer o campeonato da Eslováquia: nenhuma!

Como já se sabe, e até pelos títulos recentes, os elementos que constituem o plantel "azul-e-branco" são do que melhor há em Portugal. Jovens, talentosos, com garra e desejo incontrolável de ganhar, são atributos que fazem do FC Porto, para mais moralizado pelo escudo (agora ao peito), o principal candidato à conquista de nova "dobradinha".

Agora, uma coisa é certa: em 3x4x3 a Europa será sempre uma miragem!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Jorge de Brito (1934-2006)

Quem é que não se recorda daquele Verão quente de 1993 onde os rivais de sempre, parcos em ideias, vazios na lealdade, roubaram, à custa do tilintar dos tostões – e tal como fizeram décadas atrás, pouco depois de nascerem – alguns bons dos melhores.

Um homem, de aparência frágil e despreocupada, recuperou o tesouro mais precioso, já sonegado por terras espanholas, e devolveu-o aos seus, ao povo que encheu a sala onde a renovação foi assinada – sobre os inesquecíveis flashes dos fotógrafos.

Olhou para dentro de casa, como sempre fez – ele, os seus antecessores e, ainda, quem lhe seguiu – e, calmamente, construiu o grupo possível, numa fase onde os meios (os financeiros) já não abundavam.

Noves meses depois, na jaula do falsário, houve quem aprendesse que o dinheiro não faz campeões, que os vencedores nascem assim, por isto ou por aquilo, e nada, muito menos um Paulo Sousa ou um Pacheco, podem alterar o seu destino.

O homem morreu ontem…

P.S.:
SPORTING (3) – Lemajic, Nélson, Stan Valckx, Vujacic, Paulo Torres (Pacheco, 45’), Figo, Paulo Sousa, Balakov, Capucho, Jorge Cadete e Iordanov (Poejo, 62’).
Treinador: Carlos Queiroz.

BENFICA (6) – Neno, Abel Xavier, Hélder, Mozer, Veloso, Schwarz, Vítor Paneira, Kenedy, João Pinto (Rui Costa, 79’), Aílton e Isaías (Rui Águas, 75’).
Treinador: Toni.

Marcadores: Jorge Cadete (7’), João Pinto (30’ 38’e 44’), Figo (35’), Isaías (50’ e 59’), Hélder (72’) e Balakov (85’, g.p.).

Defeso inquietante

Sou daqueles que sempre recusaram a tragédia antes de tempo, recorrendo a uma ingenuidade infantil – que todos tentamos preservar – que vira a cara aos problemas, por vezes tão gritantes.
(futebolisticamente falando, obviamente!)

Nunca lamentei o facto de, a cada entrada para Agosto, sonhar (a dormir ou não) com uma época sem mácula – “ninguém vai ganhar a esta equipa!”, pensava. A inconsciência faz parte destas coisas, alimentadas mais com o coração do que com a cabeça!

Bons tempos, que isto do relógio correr, sem pedir licença, deve-me ter tornado num ser amargo que, agora, encontra defeitos em tudo o que vê: e este Benfica, meus amigos – os do Benfica, que os outros não são para aqui chamados! –, é trágico.

Fernando Santos “monta” um plantel, dono da razão – como devem ter todos os treinadores –, despacha os excedentários e reforça posições. A razão perdeu-se, cedo ou tarde não sei, e, agora, há quatro (Petit, Katsouranis, Diego e Beto) para um lugar, dois (Manú e Paulo Jorge) para dois e cinco (Miccoli, Nuno Gomes, Fonseca, Mantorras e Marcel) para mais um. Com os meios que existem as alternativas só podiam ser duas: ou fazia os ponteiros voltar para trás ou lutava pelo "seu" 4x4x2 (em losango).
O equilíbrio está, este ano, irreversivelmente perdido.

A cinco dias do primeiro jogo oficial ninguém se entende cá atrás, sobretudo na baliza, mas também nas laterais e na zona central.
O técnico, esse, devia ter escolhido o número 1, feito finca-pé, com “frangos” e tudo. 1, já que só pode jogar um, que os outros são meras opções.
Fosse quem fosse, era o da confiança do treinador, que isto de todos andarem nivelados, para mais por baixo, só faz com que se trema (e ainda por cima treme-se em grupo).

A “falta de pulso” de Fernando Santos não é dado novo, aliás, há quem aponte esta como a razão fulcral para o seu insucesso no comando do Sporting. Não sou assim tão linear, ao ponto de acreditar que o profissional, tantos anos depois, ainda não revela nem transmite “nervo” ao grupo. Mas os jogos passam e a(s) atitude(s), essa(s), tardam a mudar…

P.S.: E o pior é que isto só melhora com sangue novo - se aparecerem os tais 20 milhões do Valência - ou, melhor ainda, com a permanência de Simão Sabrosa – o único ala acima da média (apesar de todas as esperanças nos jovens contratados). O craque já foi inscrito para a Champions.
P.D.*.: contratem um médio que seja opção ao Karagounis, por favor!
* Post desesperadum

quarta-feira, agosto 02, 2006

A mudança...

O losango está morto, viva o 4-3-3! Será?
Se se apostar no 4-3-3 - que favorece Simão Sabrosa -, Rui Costa só terá lugar numa equipa com um ponta-de-lança. O Benfica acaba de contratar o seu quinto avançado, pelo que jogar com uma táctica destas talvez deixe muita gente insatisfeita.

A solução poderá passar por um 4-4-2 sem extremos, com dois médios defensivos em apoio a outros dois, mais ofensivos - que serviriam os dois avançados, Miccoli e Nuno Gomes. No entanto, uma táctica sem extremos será algo improvável, uma vez Fernando Santos já referiu a possibilidade de regressar à táctica anterior... Manú seria a melhor opção para a ala direita, ficando a ala esquerda à mercê de Simão... se ficar.

Independentemente da táctica, Petit e Rui Costa serão sempre titulares. Karagounis não mostra o fulgor do meio-gás que empolgou, por vezes, o público vermelho. Katsouranis ainda não confirmou em Portugal aquilo que Fernando Santos já viu na Grécia. Nuno Assis é o jogador veloz e "abre-latas" que se conhece - seria uma boa opção para acompanhar Rui Costa, no tal 4-4-2 sem extremos.

Que confusão... venha Fernando Santos e escolha! O primeiro jogo oficial está perto - não poderia ser pior, o cenário para uma mudança de esquema táctico. O Áustria ainda agora despachou uma equipa com oito secos...
Se Santos vencer, tudo será esquecido; caso contrário, a minicrise tomará proporções que não interessam ao Benfica.