badge respira futebol

terça-feira, dezembro 12, 2006

O real atraso do Benfica

Esqueçam os jogos a mais, ou a menos; vamos colocar a questão em perspectiva... há quanto tempo é que o Porto já passou pelos 23 pontos do Benfica?

Pois.

domingo, dezembro 10, 2006

Benfica marca passo

Num campo que começa a ganhar o ínfame epíteto de "borrego", o Benfica não conseguiu levar de vencida a Naval 1º de Maio. Katsouranis bem tentou, mas Taborda fez uma exibição de grande nível e segurou o empate sem golos.

O Benfica não esteve nos 200% que Fernando Santos pediu, nem perto disso. A primeira parte foi miserável, com muita troca de bola entre o sector defensivo, e sem que um médio procurasse pegar no jogo. Assis estava no banco e Karagounis não esteve à altura do que o português "de Coimbra" consegue fazer.

Durante a segunda parte, tentou-se alcançar o golo de uma forma mais intensa - não confundir com objectiva. Katsouranis foi o autor do remate mais perigoso do jogo, a que Taborda correspondeu com a defesa da noite. O grego ainda tentou a proeza de marcar "de bicicleta", mas não saíu "bomba" que Taborda não parasse.

Enfim, resta dizer que Kikin ainda está vivo e de boa saúde. A menos que algo de extraordinário venha a acontecer, o campeonato encarnado perdeu-se em Paços de Ferreira, no último minuto do Dragão e hoje, na Figueira da Foz.

domingo, novembro 26, 2006

sexta-feira, novembro 17, 2006

Finalmente Pepe vê o seu valor reconhecido...

...e deverá jogar de acordo com o seu talento.
Na segunda divisão.
Não é fácil ser dirigente do Benfica (para mais quando se ganham títulos).
Entretanto, fica a esperança que o braço da lei seja suficientemente longo para que outras investigações não se percam...

Ferenc Puskás

1927-2006

sexta-feira, novembro 10, 2006

160.000


E sempre a subir...

segunda-feira, novembro 06, 2006

Benfica- 3 Beira-Mar- 0

O Benfica está em forma, depois do início de campeonato titubeante. Curioso é o facto de tudo isto, o regresso do rótulo de qualidade para o grupo encarnado - que já foi de "tosco" para alguns, ainda há meia dúzia de dias -, a confirmação da candidatura ao título, surgir numa fase em que a equipa actua à imagem do treinador, num 4x4x2 com um meio-campo disposto em losango. Afinal, o engenheiro sempre sabia o que estava a dizer.


P.S.: E como dizia um amigo meu, de outra "cor", ainda no outro dia: "Se o Miccoli fosse bom tinha ficado por Itália!". Pois... o Diego este ano também foi "corrido" do FC Porto!

sexta-feira, novembro 03, 2006

FC Porto Vs. Katsouranis

Depois de uma semana pródiga em parvoeiras, habituais do futebol que temos, não poderia deixar de comentar o must que foi – e há-de continuar a ser, nem que eu o tenha de recordar todos os dias – o documento, purificado pela isenção, divulgado no site do FC Porto, pela direcção “azul”.

Claro que a defesa de “um jogador grego” (termo com que Katsouranis é referido no comunicado) está mais que cimentada - pela razão, seriedade e decência, daqueles que têm os olhos no lugar e não os cerram ao peso da clubite. Mas não gostaria de ver o assunto encerrado sem expor algumas (das minhas) considerações:

1. O ex-capitão do AEK de Atenas e sub-capitão da selecção da Grécia, campeã europeia em título, apenas recebeu um cartão vermelho em toda a sua carreira como sénior, ainda nos tempos do futebol não-profissional, por colocar uma mão na bola para, assim, falhar propositadamente a partida seguinte.

2. Quando ocorreu este lance, seguia no meu carro a ouvir o relato da TSF. Os comentadores, ainda sem recurso à repetição, sublinharam que o lance “era limpo, o jogador do Benfica chegou primeiro à bola”. O comentador no estúdio, após o recurso às imagens televisivas, confirmou a legalidade da jogada.

3. O jogador Anderson esteve ausente dos treinos durante a semana anterior ao “clássico”, falhando, inclusive, a deslocação do FC Porto ao terreno do Sporting.

4. O jogador Anderson lesionou-se na perna direita, fracturou o perónio e teve ruptura nos ligamentos do tornozelo. É normal permitir a um atleta com este tipo de lesões andar de pé durante os 10 minutos seguintes, reentrar em campo para jogar à bola e, uma hora depois do sucedido, andar aos saltos a festejar a conquista de (apenas) três pontos?

P.S.: A queixa, ferida de honestidade intelectual, apresentada pelo FC Porto contra o jogador do Benfica Katsouranis à Liga de Clubes foi, hoje, amachucada e atirada para o lixo.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Coisas boas...

...que acontecem no futebol português. Ora vejamos:

- O Sporting encostou, novamente, o Bayern de Munique às cordas. Desta vez, com 11, a equipa alemã não conseguiu fazer um jogo à altura do seu nome e poderia ter saído vergada pelos "verdes" de Lisboa... que não são assim tão tenrinhos. No entanto, e apesar dos pontos conquistados na Champions, o Inter de Milão complicou as contas para os viscondes do futebol português. O Sporting é terceiro, no seu grupo;

- O FC Porto voltou a provar daqueles Hamburguers tenrinhos. Desta vez, comer fora de casa foi um "lucho"*. O Arsenal não se decide (ter o Henry numa liga fantástica tornou-se um pesadelo) e abdica do primeiro lugar, para roubar o segundo ao FC Porto;

- O Benfica conseguiu inverter a energia negativa que trazia, do Dragão, e devolveu três golos ao Celtic. Grandes exibições de Nuno Gomes, Nélson e Léo. Os "vermelhos" agarraram-se à luta pelo apuramento para os oitavos, num grupo em que tudo está em aberto. Parece que o empate em Copenhaga, afinal, não foi um resultado assim tão mau... perguntem aos ingleses.
O terceiro lugar do glorioso é o mais frágil das equipas portuguesas; tanto dá para tudo, como também pode não dar em nada.

*Acho que fui a última pessoa a fazer um trocadilho com o nome do Gonzales. Tinha de ser.

terça-feira, outubro 31, 2006

Exemplos...

Aqui se mostra que, afinal, a ressaca de uma derrota amarga não impede o desportivismo que se urge recuperar.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Para os mais novos...


Camisolas encarnadas
Calções brancos
Meias encarnadas

domingo, outubro 29, 2006

Viva o Ranço!

O empate seria o resultado mais justo, justiça houvesse no futebol.

Claro que o ranço poderia ter ditado um Benfica vencedor, mas é aí em que reside a beleza do futebol...

sexta-feira, outubro 27, 2006

E ainda acrescento esta:

ABOLA — Acredita que a ausência de Miccoli pode fragilizar o Benfica?

JESUALDO FERREIRA — Só provocaria esse efeito se o Benfica se apresentasse apenas com 10 jogadores. O Miccolli será, seguramente, substituído por outra opção, por um jogador de qualidade, uma vez que o Benfica tem muitos jogadores desse nível. Por outro lado, penso que o Miccoli, nos dois últimos anos, não realizou épocas regulares para que se fale sobre ele em termos de tanta qualidade... Em todo o caso, a ausência dele não é um problema meu e não creio que o Benfica seja mais fraco sem o Miccoli.

Quem diz a verdade...

ABOLA — Gosta de ver jogar Cristiano Ronaldo?

PLATINI — Não joga mal...

ABOLA — Só isso?

PLATINI — Cristiano Ronaldo possui talento, muito talento, é dotado de grande qualidade, mas se complicasse menos o seu jogo seria melhor jogador. Fico com a ideia, por vezes, que ser seu colega de equipa não é fácil...

segunda-feira, outubro 23, 2006

Apito Dourado é...

...dualidade de critérios.

Pepe e Léo.
Lucho e Miccoli.

Enfim.

domingo, outubro 22, 2006

Em relação a Ricardo...

...e ao Domador de Porcos, só queria deixar o registo que é uma estupidez de todo o tamanho criar o caso "remates de longe do alemão, contra Ricardo".

Alguém que alinhe nessa novela só pode ser atrasado mental.

Em relação ao clássico de hoje, voto na vitória do Sporting, a fugir para o empate. Anderson faz falta (demais).

quarta-feira, outubro 18, 2006

Mister(s) em destaque

1. O treinador Artur Jorge assinou um contrato de três anos com o Créteil-Lusitanos, equipa da 2.ª divisão francesa de futebol.

Artur Jorge, de 60 anos, volta assim a França, depois de ter treinado o Matra Racing (1987/89) e o Paris Saint-Germain em duas ocasiões (1991/94 e 1998/99).

O Créteil-Lusitanos ocupa actualmente a última posição da 2.ª divisão francesa, com uma vitória, quatro empates e seis derrotas, nas 11 jornadas já disputadas na prova.


2. O Al-Ahly, equipa egípcia treinada por Manuel José, qualificou-se novamente para a final da Liga de Campeões de África.

Apesar disso, o Al-Ahly perdeu por 2-1 com o ASEC Mimosa, da Costa do Marfim, na 2.ª mão das meias-finais.

A equipa de Manuel José beneficiou da vitória por 2-0 da primeira partida, no Egipto, e vai agora enfrentar o CS Sfaxien, da Tunísia, que afastou nas meias os Orlando Pirates, da África do Sul, com um score de 1-0 nos dois jogos.

Verdades da bola:

nem sempre a melhor equipa joga melhor;
nem sempre a melhor equipa ganha o jogo;
nem sempre o resultado final do jogo é justo;
nem sempre a equipa que joga durante mais tempo melhor ganha o jogo;
nem sempre a equipa que sofre derrotas pesadas (1-7 ou 0-3) ao longo da época deixa de ser campeã.

terça-feira, outubro 17, 2006

Há males que vêm por bem...

O Benfica perdeu com o Celtic, na Escócia, com um resultado algo enganador. Com isto não se entenda que o Celtic não mereceu ganhar - o Celtic foi a melhor equipa.
Depois de um pressing muito elevado, a equipa portuguesa lá conseguiu serenar e pensar o seu jogo. No entanto, apenas de longe se conseguiu rematar à baliza escocesa.

Depois de sofrer o primeiro golo, a resposta foi positiva, sendo o remate de Nuno Assis o ponto alto do jogo benfiquista. Quando se procurava o empate, o Celtic marcou de contra-ataque e matou o jogo.


A Champions já era. Jogar em Old Trafford será muito mais difícil do que no estádio do Celtic. Mesmo que se ganhe ao Celtic e ao "Kopenhaga"na Luz, só se amealham 7 pontos. Ora, os escoceses já têm 6... alguém acredita numa vitória do Copenhaga nesta Champions?
Admirar-me-ia muito se o Benfica não garantisse, pelo menos, o lugar na Taça UEFA, uma competição secundária onde se poderá fazer uma melhor figura. Se não fosse pelo prestígio do clube, até preferia que o Benfica dispensasse a UEFA - o campeonato é bem mais importante.


Positivo:
- por irónico que possa parecer, a consistência da defesa benfiquista durante a maior parte do jogo;
- Katsouranis. O grego adaptou-se bem ao novo papel, com Petit; está cada vez melhor.

Negativo:
- resultado demasiado pesado, que pode ter consequências no moral da equipa, que estava em alta, depois de Leiria;
- ausência de Rui Costa (e de Karagounis). O jeito que não daria ter uma mente criativa para os últimos 30 minutos do jogo...

"Bicho" despediu-se

No mundo do futebol, por vezes tão injusto, um das principais qualidades a preservar é a memória. Neste caso, e apesar de nunca ter defendido as cores de um clube do qual sou adepto, não posso deixar de destacar a (notável) carreira protagonizada por Jorge Costa.

O espírito guerreiro, em defesa das suas cores - o "azul-e-branco" por excelência -, são, ainda hoje, um exemplo de paixão pelo jogo e pelo associativismo (agora tantas vezes esquecido). Os últimos anos foram duros, fustigados por lesões, e a derradeira época - ao serviço dos belgas do Standard de Liège -, a confirmação do carácter determinado de um dos melhores defesas-centrais da história do futebol português.

FenómeNa(va)l!

O futebol tem destas coisas e, quando estão apenas disputadas meia-dúzia de jornadas, já a Naval garantiu (quase) metade dos pontos necessários para alcançar a manutenção - que, salvo prova em contrário, é o único objectivo dos responsáveis figueirenses para esta época.

Um (bom) exemplo de trabalho de qualidade, sobretudo o do técnico Rogério Gonçalves. Com meios modestos, soube construir um colectivo equilibrado - em todos os sectores - e competitivo. A qualidade não deverá dar para mais (a "Europa" deverá ser, ainda este ano, uma realidade distante), mas até que a fórmula esgote, Rogério Gonçalves já deverá ter amealhado o suficiente para relaxar... e até começar a pensar na próxima temporada.

P.S.: Daúto Faquirá (E. Amadora) ou Petrovic (Boavista)? Quem será o primeiro? Aceitam-se apostas!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Dar um frango é triste...

...mas se o guarda-redes for do "Aves", ainda tem a sorte de passar despercebido.

Mesmo quando a dose é a dobrar.

Ironias do futebol...

domingo, outubro 15, 2006

O Benfica fez o melhor jogo até agora...

...e eu não vi.

Perdoem-me, mas é fodido.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Esqueçam o 4º lugar no Mundial...

...neste momento, só somos superiores ao Cazaquistão, à Arménia e ao Azerbaijão.

Com um conjunto de extremos que deve ser dos melhores do mundo futebolístico, por que será que apenas um chegou "como deve ser" ao destino?

O destino chama-se Nuno Gomes e o cruzamento "como deve ser" não é um cruzamento para o Pauleta.

Catch up, Scolari.

PS: Nuno Valente não tem lugar na Selecção. É mau demais.
Ricardo Rocha borrou a pintura num lance completamente escusado. Apesar dos bons cortes que efectuou ao longo do jogo, o seu jogo e as próximas convocatórias podem ficar marcados pelo lance que originou o segundo golo polaco.
So long, Costinha...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Pró-Couceiro (assumido)

O responsável pelas derrotas é, em igual medida, responsável pelas vitórias - isto é lógico, penso eu!

No entanto, os treinadores de futebol não podem (nem devem) ser responsabilizados pela fraca eficácia, convertida em bolas ao poste; por expulsões injustas ou por penáltis mal-assinalados. Por isso, e analisando as duas "mãos" do duelo Portugal-Rússia (em selecções sub-21), chego à (minha) conclusão que José Couceiro não perdeu o primeiro, mas ganhou o segundo!

(isto até pode parecer estúpido - principalmente para quem andou a fazer deste técnico, ao longo da última semana, um "Luís Campos do século XXI" -, mas é tão certo como o facto de Fernando Santos não ter culpa (directa) do desfecho de Paços de Ferreira).

Esta equipa , mesmo que o grupo seja mais fraco que o de Agostinho Oliveira - que contava com Bruno Vale, Ricardo Quaresma, Custódio, Hugo Viana, Hugo Almeida, entre outros - joga bem à bola, como não lembro de ver uma formação jovem portuguesa - salvo os campeões mundiais de 1989 e 1991.

Tem categoria, como ontem se viu, mas, acima de tudo, personalidade vincada, como já não se via há anos - talvez desde os tempos de Carlos Queiroz.
- Joga bem, tal como jogava o Alverca de 2003/2004 - despromovido, ou melhor, se bem me lembro, empurrado, roubado, humilhado, rumo à 2.ª Liga e consequente extinção;
- Joga bem, como jogava o V. Setúbal de 2004/2005, sempre perto dos lugares de acesso às competições europeias (que alcançou, com todo o mérito);

P.S.: O FC Porto pós-Mourinho não é mais que um recipiente incinerador de profissionais, recheado de "fantasmas" e jogadores com a cabeça em qualquer lugar, desde que estivesse longe do "Dragão"; o Belenenses não é mais que um clube simpático, gerido por velhos... do Restelo.

terça-feira, outubro 10, 2006

segunda-feira, outubro 09, 2006

Cristiano Ronaldo

Quando a maturidade dentro do campo estiver concluída; quando o futebol se tornar mais importante que as novelas cor-de-rosa, fora do campo; quando os assobios, em casa ou fora, forem apenas um compasso para o seu futebol (e não motivo de "piretes")... nesse momento, teremos (outra vez) o melhor jogador do mundo.

Não falta muito!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Facto da semana!

O atentado à carreira de Rui Costa! Ninguém duvide que o rapazinho, lá por ter mais anos de glória que os restantes jogadores – razoáveis – que actuam em Portugal, ainda tem muito para dar e vender (de camisola do Benfica vestida).

Agora, sem a recorrente “caça às bruxas”, é tempo de apurar responsabilidades. Do departamento clínico encarnado; da clínica que (não) diagnosticou a coxa do atleta ou de outra entidade qualquer, individual ou colectiva qualquer.

Pois! Assim, é (ainda) mais fácil abanar o lenço ao sabor dos desaires.

P.S.: Se calhar, Manuel Fernandes não foi assim tão mau profissional.

terça-feira, outubro 03, 2006

wrestlingmania



Para mais informações, basta consultar o site: http://www.wwe.com/

Liga (mais) equilibrada

O FC Porto cedeu, finalmente, no plano interno, em casa do candidato envergonhado.

O Sp. Braga - com Marcel em grande - assume-se, a cada jornada que passa, depois dos solavancos no arranque, como um sério pretendente ao topo do futebol português, imitando o exemplo de há uns anos dos vizinhos portuenses do Boavista.

O campeonato está relançado, ao ponto da diferença entre "craques", elogiados diariamente (da imprensa aos cafés), e "toscos", repudiados pela crítica e por meia dúzia de lenços brancos, ser, para já, uma cabeçada certeira (e injusta) de um jogador do Paços de Ferreira.

sexta-feira, setembro 29, 2006

A justiça tarda, mas (por vezes) não falha!

As estreias absolutas de José António e Manuel da Costa são as grandes novidades na lista de convocados da selecção portuguesa de futebol para os encontros com o Azerbaijão e Polónia, do Grupo A de apuramento para o Euro2008.

O defesa José António, antigo internacional sub-21, cumpre a segunda temporada nos alemães do Borussia de Moenchengladbach depois de ter representado o Alverca, o Varzim e a Académica.

Lista dos 22 convocados da selecção portuguesa de futebol para os encontros com Azerbaijão (07 de Outubro, no Porto) e Polónia (11 de Outubro, em Chorzow), do Grupo A de qualificação para o Euro2008:

Guarda-redes: Quim (Benfica) e Ricardo (Sporting).

Defesas: Fernando Meira (Estugarda, Ale), José António (Borussia Moenchengladbach, Ale), Miguel (Valência), Manuel da Costa (PSV Eindhoven, Hol), Caneira (Sporting), Nuno Valente (Everton, Ing), Paulo Ferreira (Chelsea, Ing), Ricardo Carvalho (Chelsea, Ing) e Ricardo Rocha (Benfica).

Médios: Deco (FC Barcelona, Esp), Petit (Benfica), Costinha (Atlético de Madrid, Esp), Tiago (Lyon, Fra) e Maniche (Atlético de Madrid, Esp).

Avançados: Cristiano Ronaldo (Manchester United, Ing), Hélder Postiga (FC Porto), Hugo Almeida (Werder Bremen, Ale), Nani (Sporting), Simão (Benfica) e Nuno Gomes (Benfica).


P.S.: A outra boa notícia passa, obviamente, pela ausência de Ricardo Costa desta lista.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Liga dos Campeões: apenas um pontinho!

Os prognósticos mais negativos confirmaram-se e, na terça-feira, numa fase onde, para já, ainda é difícil ser-se competitivo – e nem se chega aos calcanhares do ritmo britânico –, FC Porto e Benfica perderam.

Arsenal (2-0, ao FC Porto) e Manchester United (1-0, ao Benfica) provaram que, actualmente, não há portugueses com pernas para acompanhar tantas qualidades, de características repartidas entre o insular e o continental. Na 2.ª volta as coisas vão, certamente, correr melhor!


Salvou-se o Sporting! O leão continua a somar, agora com um empate (positivo), a uma bola - golaço de Nani -, na deslocação ao sempre gélido Spartak de Moscovo. Claro que a equipa continua a beneficiar de um Inter de Milão banal, derrotado claramente, em casa, por 2-0, frente ao Bayern de Munique.
Assim, o 2.º lugar torna-se em bem mais que uma miragem. Mas ainda é cedo para festejar!

terça-feira, setembro 26, 2006

Liga dos Campeões

Benfica e FC Porto entram em campo, ao final da tarde (19H45), contra dois dos colossos europeus.

Ou muito me engano, ou o resultado (prático) do futebol que temos – que suportamos – será visível, esta noite, da pior maneira.

P.S.: sou menino para, amanhã, engolir em seco este pessimismo todo (e ouvir uns “eu não disse, eu não disse!”). Assim seja!

Académica. Finalmente!

Demorou pouco mais de um mês, para, finalmente, se vislumbrar algo como uma Académica competente.

O trabalho recente do técnico Manuel Machado – tanto em Guimarães, como na Madeira (ao serviço do Nacional) –, o método do professor e a sua eficácia, deixam poucas dúvidas. O percurso ganha contornos ascendentes, o que não é de estranhar numa equipa que conheceu 16 “caras novas”, a sua maioria com visíveis qualidades (e também alguns defeitos, aqui e ali).

Em casa do Boavista, a Briosa foi melhor, poderia, até, ter regressado a Coimbra com os três pontos. Apenas um lance fortuito, manchado pela infelicidade, evitou a derrota axadrezada – quando o golpe final estava por minutos.

Ainda assim, a equipa academista melhora jornada a jornada, confirmando que, esta época, as aflições de última hora serão, apenas, recordações de má memória. No entanto, a tal linha ascendente será, ainda, este ano, curta para tanta ambição.

sábado, setembro 23, 2006

Acontece

...mas não deveria acontecer.
O Benfica deixou-se empatar, ontem.
Um castigo para os jogadores que preferiram queimar tempo ao ponto de "amarelar". Um castigo à falta de ambição, apesar da falta de sorte.

Não me digam que...
- Fernando Santos tem culpa da atitude irreflectida e infantil de Léo;
- Fernando Santos tem culpa das bolas ao poste;
- Fernando Santos tem culpa da falha de Anderson no último lance do jogo.

Podem dizer muita coisa, mas não me digam que Fernando Santos tem culpa das coisas que não consegue controlar.

PS:
Paulo Jorge e Katsouranis fizeram um grande jogo. Se o grego nem surpreende, já o ex-Boavista vai calando muitas bocas.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Benfica vence supertaça em futsal


Parabéns!!

Benfica vence e convence

Finalmente, uma boa exibição do Benfica.
Era importantíssimo vencer no regresso do campeonato à Luz. Apesar do começo frouxo, a equipa encarnada lá se encontrou e venceu o Nacional pela margem mínima (os insulares somam quatro derrotas nos últimos quatro jogos).

Positivo:
Katsouranis - não precisa de brilhar nem de dar nas vistas. O grego esteve impecável no seu papel, estancando as poucas ofensivas madeirenses com eficiência e rigor táctico.
Karagounis - por vezes, parece que decide complicar, agarrando-se demasiado à bola. Na verdade, o jogo do grego vive de bola nos pés e este é especialmente perigoso nos desiquilíbrios que cria em certas jogadas mais "egoístas".
Nuno Assis - o "rato atómico" fez esquecer Rui Costa e esteve fresco durante todo o jogo, quer a atacar, quer a defender.
Regresso de Miccoli e Simão - o capitão está de volta e fez um jogo positivo; o italiano também regressou, o que é uma óptima notícia para Fernando Santos, dado que...

Negativo:
Kikin Fonseca - ...dado que o mexicano falhou o seu primeiro teste oficial. Não se viu nenhuma jogada ou movimento digno de apontamento, excepto quando roubou o golo a Alcides.

Fernando Santos incutiu na equipa a necessidade de posse de bola, e os jogadores do Benfica mostraram-se muito voluntariosos na altura de recuperar o esférico.
O Benfica começa agora a somar pontos, numa altura em que o Porto já é líder isolado, com mais seis pontos...
...mas ainda há muito campeonato pela frente.

domingo, setembro 17, 2006

Que NOJO!

A vitória do Paços de Ferreira, com um golo marcado com a mão, foi algo do mais repugnante que o futebol português português pode produzir.

Por favor, repitam o jogo.
Uma equipa ganhar com um golo (DESTES!!) com a mão é algo do pior que existe.

O Sporting devia estar a dar nas vistas, provavelmente...

Enfim.

PS:
Parabéns pela vitória contra o Inter. Os resultados de Benfica e Porto foram, ambos, medíocres.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Viva a Champions!

Depois das grandes emoções que o Benfica proporcinou na época passada, o Sporting entrou em grande na Champions League deste ano!
Eliminar o Inter, com uma exibição de gala, segura e confiante, não é para todos.
Paulo Bento está de parabéns, tal como estão os seus jogadores.

Hoje, jogam Benfica e FC Porto... que tenham a mesma sorte do Sporting.

domingo, setembro 10, 2006

Benfica vê xa...três!

Três expulsões e três golos sofridos. Tudo sem resposta.
O Sherminator bisou, como temia, criando sozinho mais lances de perigo do que o Benfica em todo o jogo. O único lance digno de realce foi o mau remate de Anderson, no seguimento de um lance de bola parada.
O Boavista das chamadas telefónicas "vulgarizou" o Benfica, como se diz na imprensa, apesar de ter sido um grego. Contra as outras equipas "menores", veremos se o feitiço não se virará contra o feiticeiro.
Pouco importa, o Benfica não merecia ganhar, mas também não merecia sair vergado desta forma.
Bater no fundo é preciso, para se erguer com outra postura.

Petit e Nuno Gomes acusaram a raiva com que jogavam e pagaram caro - principalmente Petit, uma bala perdida. O médio ex-Boavista foi mal-criado e mal-educado e deverá ser punido exemplarmente. Inteligência, precisa-se.

O Sporting ganhou com um golo ferido de verdade desportiva, mas a verdade é que o Nacional já não é o que era. A falar mal do árbitro, que seja para dizer que roubou para os dois lados, pois ser agredido por um jogador do Nacional não é para qualquer um. Paraty meteu-se a jeito.

Hoje há Porto. A ver, vamos. A última exibição foi uma miséria, mas chegou para o atrevido Leiria.

Está de volta o campeonato... para o melhor e para o pior.

sexta-feira, setembro 08, 2006

O galo segue!

"Uma Mentira dita muitas vezes, nem sempre se torna verdade; mas quando é dita por muitos pode virar consenso!".

quarta-feira, setembro 06, 2006

O futebol que temos (há muito)

A investigação do processo "Apito Dourado" detectou, pelo menos, três jogos, durante a época 2003/2004, em que houve manobras de bastidores para prejudicar o Benfica. O Ministério Público (MP) de Gondomar extraiu certidão de dois e arquivou outro. Numa das partidas, entre os "encarnados" e o Nacional da Madeira (em que o Benfica perdeu por 3-2), foi interceptada, no rescaldo do desafio, uma conversa telefónica entre o empresário António Araújo e o presidente do clube madeirense, Rui Alves, sobre a actuação do árbitro Augusto Duarte. "Manda quem pode, obedece quem tem juízo", disse o empresário.

No que diz respeito a este jogo, os indícios recolhidos pelo MP passam, essencialmente, por escutas telefónicas e foram remetidos à comarca do Funchal (o DN tentou apurar se o processo seguiu para a acusação ou foi arquivado, mas tal não foi possível).

Segundo refere o MP na certidão extraída, uns dias antes do jogo Nacional-Benfica (que ocorreu a 22 de Abril de 2004), o presidente do Nacional da Madeira informou o empresário António Araújo da nomeação de Augusto Duarte. Rui Alves terá pedido a Araújo para este abordar o árbitro. "Pronto, eu toco a andar mesmo", sublinhou o empresário, que depois contactou Augusto Duarte. Um dos encontros terá ocorrido no Café Ferreira, em Braga. Ao mesmo tempo, o empresário ligado ao futebol e com negócios com o FC Porto ia dando conta das diligências a Pinto da Costa e a outros dirigentes do FC Porto. Aliás, nota o procurador Carlos Teixeira, o FC Porto "tinha interesse no resultado deste jogo, já que, nesta altura do campeonato, o Benfica ocupava o 3.º lugar e ainda não estava arredado da luta pelo título".

Há nos autos uma conversa telefónica entre António Araújo e Luís Gonçalves, da Sociedade Anónima do FC Porto (SAD), em que o primeiro refere ter estado "a tratar com o presidente aquela situação do Nacional". O MP coligiu ainda uma escuta telefónica, que diz ter decorrido em código, entre António Araújo e o dirigente da SAD portista Fernando Gomes. Nesta conversa, fala--se em ir visitar o "fiscal" para marcar a "vistoria".

Major irritado com árbitro
O outro desafio que consta do processo é o Benfica-Boavista, de 18 de Janeiro de 2004. Segundo o MP, Valentim Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), telefonou a Júlio Mouco, elemento da comissão de arbitragem, sugerindo o nome do árbitro Elmano Santos para o jogo em questão, acrescentando que não queria que fossem nomeados árbitros assistentes da Madeira e de Lisboa. Neste contexto, João Loureiro, presidente do Boavista, contactou Carlos Pinto, funcionário da LPFP, para este dar um "toque" ao árbitro. "O homem tem que ser chamado à atenção", terá dito João Loureiro.

O Boavista acabaria por perder o jogo (3-2) e Valentim Loureiro terá telefonado a Elmano Santos, "bastante irado", segundo o MP, considerando que o árbitro acabou por prejudicar o Boavista. As suspeitas sobre a partida União de Leira-Benfica foram arquivadas em Gondomar por falta de provas.

in Diário de Notícias,
05.09.06
P.S.: Nesta época, o FC Porto foi campeão europeu e nacional e vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira.

terça-feira, setembro 05, 2006

Seleccção nacional - actual momento

Já se esperava, é certo, após as saídas de Luís Figo e Pauleta, que a selecção nacional perdesse identidade, as bases que sustentaram, nos anos recentes, campanhas de sucesso, tanto no Europeu como no Mundial.

As alternativas existem, disso ninguém tenha dúvidas, e o facto do mal-amado – tantas vezes também por mim, admito! – Luiz Felipe Scolari ter permanecido na liderança parece-me ser, ao momento, a melhor opção para o grupo ser consolidado, agora com as peças, velhas e novas, de que dispõe (sem ser necessário recorrer à naturalização desenfreada, a não ser, é claro, que me falem do posto de guarda-redes).

A paciência dos adeptos será, por certo, requisito fundamental numa fase onde, além da perda das referências, parte dos ditos “seleccionáveis” se encontra indisponíveis, ou por lesão ou por frustração de transferências falhadas.

Agora, como em qualquer revolução há equívocos, alguns que não se podem, sequer, corrigir. Se Fidel Castro, por exemplo, se “esqueceu” de dotar o povo cubano da (indispensável) escolha democrática dos destinos do país, Scolari também ainda pode andar com experiências, a testar o Caneira ou o Ricardo Costa em todas as posições do sector defensivo. Espero apenas, sinceramente, que este equívoco não se arraste por outros 50 anos.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Caso Mateus - uma explicação

Um jovem angolano desembarca em terras lusitanas, carregando o sonho de, um dia, ser profissional no futebol europeu. O talentoso jogador ruma a Felgueiras, emblema já condenado (desportiva e financeiramente), não encontrando, no turbilhão da instabilidade, condições para singrar – acostumados a Lewis ou Moretto não é fácil agradar àqueles adeptos.

Empurrado pelos (maus) resultados, o tal rapaz ruma ao vizinho Lixa – uma vez conheci um gajo desta terra mas, e é o que apenas posso dizer, espero que ele seja um caso atípico (para bem do país) – da 2.ª Divisão, onde é inscrito como funcionário do clube – contínuo, segundo sei –, para justificar as massas e actua como jogador amador. Claro que o miúdo até tem jeito, até marca uns golos e, por isso, desperta o interessa dos relativamente poderosos.

Mas o problema, e que redunda numa enorme confusão, é que existe, nos regulamentos desportivos portugueses – bem ou mal, já que a análise se da lei é correcta ou não fica para outra ocasião, tratada nos e pelos órgão competentes –, um regra que indica, explicitamente, que um jogador não pode passar de profissional (Felgueiras) a amador (Lixa) e, depois, novamente a profissional (qualquer que seja o clube), sem uma época de intervalo. Ou seja, para todos perceberem: o tal angolano, se foi profissional da bola em 2004/2005, só podia voltar a sê-lo em 2006/2007 – agora, portanto! – e não a partir de Dezembro de 2005/2006.

Ao ritmo dos golos do rapaz, entram em campo, imediatamente, V. Guimarães e Paços de Ferreira. Aconselhados pela Federação e Liga, os primeiros desistem da abordagem e os segundos, depois do contrato já estar inclusivamente assinado, cancelam o negócio. Nesta fase, a surpresa acaba mesmo por ser a inscrição de um tal de Mateus pelo Gil Vicente (“tá male, male, male…”, como dizia um seu compatriota).

Então, para espanto de uma massa adepta mais desatenta – que, e sejamos sinceros, normalmente fala do caso sem conhecimento de causa –, o Gil Vicente é punido e, consequentemente, desce de divisão. Tudo normal, tudo previsto, redigido e aprovado pelos associados da Federação e da Liga (no caso concreto, entre os quais a Associação de Futebol de Braga e o Gil Vicente, respectivamente).

Uma decisão que apenas peca por tardia
, para mais tendo em conta que Mateus marcou um golo no Gil Vicente – 4 Académica –3.

Indignados, dirigentes da equipa de Barcelos recorrem aos tribunais cíveis, o mais duro pecado, apontado e penalizado, pelos responsáveis da FIFA. O futebol, apesar do carácter de negócio de milhões conquistado e sublinhado, não deixa de ser um jogo que, como em todos os momentos, deve ter regras próprias, não permitindo a concorrência desleal entre os participantes.

Imaginem, agora, que um clube encontrava, hoje, ao desbarato, um jogador indispensável e queria inscrevê-lo. Claro que todas as empresas, individual ou colectivas, têm liberdade de contratar quem querem e quando querem. Também o prazo, que ontem terminou, às 18H00, viola as regras comuns do trabalho, previstas a uma escala comunitária. Mas regras desportivas, por muito que custe, são para cumprir. E o Gil Vicente não o fez, legitimando, por isso, a sua despromoção.

Entre Belenenses ou Leixões – quanto a isso estou, confesso, pouco informado – um deles deve ocupar a vaga deixada em aberto.

P.S.: Estava aqui a pensar, sinceramente, que devia ir hoje ao Tribunal de Coimbra colocar um recurso para provar que o fora-de-jogo é inconstitucional! Então o jogador, como cidadão livre de um Estado de Direito, não tem liberdade para se movimentar em campo sem, de um momento para o outro, um indivíduo de bandeira na mão afirmar que ele está em posição irregular?

quinta-feira, agosto 31, 2006

Michel Preud'Homme

Sempre que me deparo com o nome em questão, num qualquer ecrã ou jornal, não me consigo impedir de ser invadido por um sentimento de tristeza - misturado por entre o orgulho!

Claro que já deveria ter superado a desilusão, afinal, aos 25 anos, temos de aceitar que tudo na vida tem um fim.

Não liguem à legenda dentro da foto (é só inveja)

Desculpem o carácter de urgência, que não me permite expor, como gostaria, e como merecia, este assunto. De qualquer maneira, fica o essecial da informação: Este senhor (o que está na foto), o verdadeiro melhor guarda-redes da história do futebol português - apesar dos papagaios que (ainda) continuam soltos -, é o novo treinador do Standard de Liège.

P.S.: a única má notícia é que Michel Preud'Homme vê-se, assim, na obrigação de conviver diariamente com o Sérgio Conceição e o Sá Pinto.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Viagem ao Bonfim

É óbvio que nem só as férias justificam a minha parca participação recente no blog, mas, compreendam, que, após uma pré-época onde a nossa equipa está uma dezena de jogos sem vencer, um adepto tem de se proteger das conversas sobre bola – no trabalho, nos café ou em qualquer blog!

Estava à espera, para já, que a Académica conquistasse atributos indispensáveis para enfrentar a competitividade – relativa, diga-se! – da nossa Liga, mas, desafiado pelo Mustaine, e uma vez que dispensei meia-horita de algo menos importante – o que interessa que o SAP da Mealhada vá fechar –, tentarei fazer a minha análise breve do que se passou no Bonfim.

Roberto Brum

Claro que o carácter precoce das conclusões dificulta, e muito, a análise, sobretudo se tivermos em conta que, e tal como já referiu, por diversas vezes, o técnico Manuel Machado, a equipa da Briosa vive em construção, com incontáveis caras novas, em busca de um sentido colectivo. Sobretudo por esta última razão, o primeiro terço de campeonato será de dificuldades acrescidas para os conimbricenses, por isso, qualquer empate fora de portas nesta fase - para mais frente a um V. Setúbal que, embora vulgar, é maduro e vai, certamente, navegar tranquilo - é bastante positivo.

Ainda falta evoluir tanto! Mas como se pode exigir, neste momento, algo mais a não ser pontos, que, e tal como esperam todos os académicos, se aguardam para um campeonato sem os sobressaltos dos anteriores.
Claro que já há quem dê garantias, aqueles que, acima de tudo, nunca enganaram, nem nos momentos mais turbulentos de uma pré-temporada desportivamente negativa: Pedro Roma, Roberto Brum e, principalmente, Hélder Barbosa – que, ou muito me engano, deverá rapidamente abandonar o epíteto de “esperança do futebol português”.

Hélder Barbosa

(Notas)
Roberto Brum “encheu”, mais uma vez, o campo. É um jogador que caberia no plantel de qualquer “grande” do futebol nacional, onde seria, nalguns casos – no meu, em particular! –, titular indiscutível (qual Katsouranis, qual quê!). Despede-se da Briosa com a mesma atitude, dentro das quatro linhas, de sempre!

O melhor golo da jornada é de um miúdo considerado, há anos, como um prodígio da bola, tendo, inclusive, arrecadado um “dragão de ouro” com apenas 15 anos. Se era preciso provas, Hélder Barbosa confirmou, outra vez, que o talento não se mede, nem por metros, nem pelos dados do B.I.

Duas estreias absolutas, dois jovens atirados aos leões – ou aos golfinhos, ou lá o que são! –, Pavlovic e Miguel Pedro, sem sequer terem realizado um particular. Deram o que puderam, sem a frescura física indispensável e o nervosismo miudinho (ou acentuadinho) habitual.

As condições do Estádio do Bonfim, para adeptos e comunicação social, são, no mínimo, surreais. Já estive em muitos estádios e, compreendo, que nem todos puderam ser bafejados pelos euros provenientes do projecto Euro 2004. Ainda assim, há situações inadmissíveis e o caso do Bonfim é gritante – superando, negativamente, o péssimo equipamento que o E. Amadora oferece aos espectadores.

O António

Este último ponto pouco ou nada tem a ver com futebol (a foto é elucidativa), uma vez que mencionarei duas personagens que, só por acidente, fazem parte do cenário futebolístico português: Moretto e Toy. Dois espectadores atentos, adeptos fervorosos da equipa da casa com quem me cruzei pelos exíguos corredores do Bonfim.
O guarda-redes do Benfica deparou-se comigo, olhos nos olhos, e, nem sei porquê, fixou-me lá do alto, enquanto eu falava ao telemóvel, para aí uns bons 10 segundos. Só tenho duas explicações: ou esperava que eu me curvasse perante tão distinta presença, o que, obviamente não aconteceu ou, apesar de inconscientemente, pensei em voz alta e ele deparou-se com um berro do género “como é que o Benfica pode sofrer um golo assim em Paços de Ferreira”.
Já o cantor notabilizado, deparou-se comigo ao intervalo pedindo, simpáticamente, licença para passar. Tentei desviar-me o mais que podia, juro, mas ainda lhe toquei com o ombro, facto que, imediatamente, me motivou graves sintomas: dez minutos a cantarolar o “Chama o António” – até ao golo do Nandinho – e uma imagem persistente na minha mente: Sérgio Conceição (meu Deus, o horror, o horror!).

terça-feira, agosto 29, 2006

Rescaldo da 1ª jornada...

...incompleta.
O Gil Vicente bem que gostaria de ter feito um jogo treino com o Benfica. Sempre valeria a pena, a viagem a Lisboa. Terão de viajar até Lisboa mais vezes, sim - para jogar contra o Belenenses, espero.
Quem perdeu com isto tudo foi o Benfica e os seus adeptos emigrantes que costumam encher a Luz, nesta altura do ano. Uma "casa" de Inverno não faz o Inferno. Indemnização para o Gil? Mas ainda alguém os ouve?

O Sporting mereceu a vitória frente ao difícil Boavista, que até começou melhor, com o seu treinador de transição. No entanto, à medida em que o clube do norte foi perdendo interesse no jogo, alguns apupos se ouviram e Paulo Bento reagiu com pontaria. O êxito veio do banco.
O geralmente desinteresado e desinspirado Deivid bisou e foi prontamente despachado. Excelente negócio financeiro - no que diz respeito ao carácter desportivo, o futuro dirá.
O Sporting ficou sem uma opção no ataque, quando Douala implora pela saída. Bueno precisa de um golo para não se pinillar... E 31 de Agosto à porta.

Uma boa surpresa, a União de Leiria. De FCP B pouco demonstrou, a não ser o treinador e os jogadores emprestados. Muita irreverência e vontade - mais não podiam. Chegou para um FC Porto mediano. Jesualdo tem muito que fazer, mas começou da melhor maneira possível.
Adriaanse levou uma ripada de Diego, à distância, enquanto o "limitado Adriano" confirmou que é um grande goleador no plano nacional.

Em relação ao "Super Mercado" do futebol português... tudo lérias.
Conto com o Calota para a apreciação em relação à briosa, que empatou com um golão. Podia ter sido pior - esperava pior.

domingo, agosto 27, 2006

A relação das coisas...

Alcides, Nuno Assis, Rui Costa, Simão e Miccoli lesionados.
Benfica recua e "fecha" o estádio para o torneio quadrangular de amanhã.
Makes sense to me.

PS: o blog tem andado menos activo. Compreendei: são as férias, senhor.

terça-feira, agosto 22, 2006

Para hoje à noite...



Força, Benfica!
A minha previsão: Benfica 2 - 0 Áustria Viena

Justiça?

O Gil Vicente vê-se justamente condenado com a descida para a segunda divisão - perdeu nos tribunais. O Belenenses, que perdeu em campo, mantém-se entre os maiores.
Fosse eu dos Leixões e ninguém me aturaria, hoje...

quinta-feira, agosto 17, 2006

FC Porto tentou reaver Hugo Almeida

...até ofereceu o dinheiro que o Werder Bremen havia pago pelo avançado.
A pergunta é... terá sido um desNorte ao ponto de se ter oferecido, igualmente, a devolução da comissão do costume?
... com isso não se brinca.

sábado, agosto 12, 2006

Ok, mais ainda...

...Neste tal mundo bizarro, se Jesualdo não for para o Dragão, talvez Cuper, Erikson ou Ranieri tenham hipóteses de treinar um FC Porto oleado para um 3-4-3.


Só talvez.

Ah!

Neste mundo bizarro, Manuel Fernandes é vendido por 14 milhões ao Portsmouth, enquanto Ronaldo ex-fenómeno é despachado ao Milan por 15.

Pá, ya...

Mundo bizarro

Em Portugal, pode dizer-se que Miguelito virá para substituir Karagounis, que ninguém se espanta.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Co Adriaanse

Dizem agora, os especialistas, que a ruptura era inevitável, que os sinais vinham de trás (e em crescendo). Mas, pergunto eu, quem imaginaria tal desfecho, pelo passado recente – onde Pinto da Costa tanto suportou, mesmo contra “vacas sagradas”! – e pelo timing da decisão, tamanha catástrofe para as hostes “azuis-e-brancas”?

E afirmo “catástrofe”, não por acreditar que não pode haver substituto à altura – já que, para isso, talvez baste que a escolhe não recaia num ou outro Luís Campos desempregado –, mas sim pela estrutura montada, as ideias implementadas.
(pouco comuns, diga-se!)

Será difícil encontrar naquele aglomerado de jogadores, jovem e talentoso, elementos que se estiquem no terreno e actuem numa daquelas tácticas que consegue ganhar ao Manchester United, ao Liverpool ou ao Lyon – e que serve para vencer títulos continentais.

P.S.: MM na calha e catástrofe, aqui sim, sem eufemismos, no maior clube do Mundo!

sábado, agosto 05, 2006

O esquema de Adriaanse

O FC Porto regressou ontem, após meses de interregno - e um contratempo com o (poderoso) Artmedia -, ao convívio com os grandes do futebol europeu. Facto que não deixa de ser significativo e, acima de tudo, esclarecedor quanto às possibilidades desta equipa, a de Co Adriaanse, poder fazer frente a alguém com capacidade para, pelo menos, vencer o campeonato da Eslováquia: nenhuma!

Como já se sabe, e até pelos títulos recentes, os elementos que constituem o plantel "azul-e-branco" são do que melhor há em Portugal. Jovens, talentosos, com garra e desejo incontrolável de ganhar, são atributos que fazem do FC Porto, para mais moralizado pelo escudo (agora ao peito), o principal candidato à conquista de nova "dobradinha".

Agora, uma coisa é certa: em 3x4x3 a Europa será sempre uma miragem!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Jorge de Brito (1934-2006)

Quem é que não se recorda daquele Verão quente de 1993 onde os rivais de sempre, parcos em ideias, vazios na lealdade, roubaram, à custa do tilintar dos tostões – e tal como fizeram décadas atrás, pouco depois de nascerem – alguns bons dos melhores.

Um homem, de aparência frágil e despreocupada, recuperou o tesouro mais precioso, já sonegado por terras espanholas, e devolveu-o aos seus, ao povo que encheu a sala onde a renovação foi assinada – sobre os inesquecíveis flashes dos fotógrafos.

Olhou para dentro de casa, como sempre fez – ele, os seus antecessores e, ainda, quem lhe seguiu – e, calmamente, construiu o grupo possível, numa fase onde os meios (os financeiros) já não abundavam.

Noves meses depois, na jaula do falsário, houve quem aprendesse que o dinheiro não faz campeões, que os vencedores nascem assim, por isto ou por aquilo, e nada, muito menos um Paulo Sousa ou um Pacheco, podem alterar o seu destino.

O homem morreu ontem…

P.S.:
SPORTING (3) – Lemajic, Nélson, Stan Valckx, Vujacic, Paulo Torres (Pacheco, 45’), Figo, Paulo Sousa, Balakov, Capucho, Jorge Cadete e Iordanov (Poejo, 62’).
Treinador: Carlos Queiroz.

BENFICA (6) – Neno, Abel Xavier, Hélder, Mozer, Veloso, Schwarz, Vítor Paneira, Kenedy, João Pinto (Rui Costa, 79’), Aílton e Isaías (Rui Águas, 75’).
Treinador: Toni.

Marcadores: Jorge Cadete (7’), João Pinto (30’ 38’e 44’), Figo (35’), Isaías (50’ e 59’), Hélder (72’) e Balakov (85’, g.p.).

Defeso inquietante

Sou daqueles que sempre recusaram a tragédia antes de tempo, recorrendo a uma ingenuidade infantil – que todos tentamos preservar – que vira a cara aos problemas, por vezes tão gritantes.
(futebolisticamente falando, obviamente!)

Nunca lamentei o facto de, a cada entrada para Agosto, sonhar (a dormir ou não) com uma época sem mácula – “ninguém vai ganhar a esta equipa!”, pensava. A inconsciência faz parte destas coisas, alimentadas mais com o coração do que com a cabeça!

Bons tempos, que isto do relógio correr, sem pedir licença, deve-me ter tornado num ser amargo que, agora, encontra defeitos em tudo o que vê: e este Benfica, meus amigos – os do Benfica, que os outros não são para aqui chamados! –, é trágico.

Fernando Santos “monta” um plantel, dono da razão – como devem ter todos os treinadores –, despacha os excedentários e reforça posições. A razão perdeu-se, cedo ou tarde não sei, e, agora, há quatro (Petit, Katsouranis, Diego e Beto) para um lugar, dois (Manú e Paulo Jorge) para dois e cinco (Miccoli, Nuno Gomes, Fonseca, Mantorras e Marcel) para mais um. Com os meios que existem as alternativas só podiam ser duas: ou fazia os ponteiros voltar para trás ou lutava pelo "seu" 4x4x2 (em losango).
O equilíbrio está, este ano, irreversivelmente perdido.

A cinco dias do primeiro jogo oficial ninguém se entende cá atrás, sobretudo na baliza, mas também nas laterais e na zona central.
O técnico, esse, devia ter escolhido o número 1, feito finca-pé, com “frangos” e tudo. 1, já que só pode jogar um, que os outros são meras opções.
Fosse quem fosse, era o da confiança do treinador, que isto de todos andarem nivelados, para mais por baixo, só faz com que se trema (e ainda por cima treme-se em grupo).

A “falta de pulso” de Fernando Santos não é dado novo, aliás, há quem aponte esta como a razão fulcral para o seu insucesso no comando do Sporting. Não sou assim tão linear, ao ponto de acreditar que o profissional, tantos anos depois, ainda não revela nem transmite “nervo” ao grupo. Mas os jogos passam e a(s) atitude(s), essa(s), tardam a mudar…

P.S.: E o pior é que isto só melhora com sangue novo - se aparecerem os tais 20 milhões do Valência - ou, melhor ainda, com a permanência de Simão Sabrosa – o único ala acima da média (apesar de todas as esperanças nos jovens contratados). O craque já foi inscrito para a Champions.
P.D.*.: contratem um médio que seja opção ao Karagounis, por favor!
* Post desesperadum

quarta-feira, agosto 02, 2006

A mudança...

O losango está morto, viva o 4-3-3! Será?
Se se apostar no 4-3-3 - que favorece Simão Sabrosa -, Rui Costa só terá lugar numa equipa com um ponta-de-lança. O Benfica acaba de contratar o seu quinto avançado, pelo que jogar com uma táctica destas talvez deixe muita gente insatisfeita.

A solução poderá passar por um 4-4-2 sem extremos, com dois médios defensivos em apoio a outros dois, mais ofensivos - que serviriam os dois avançados, Miccoli e Nuno Gomes. No entanto, uma táctica sem extremos será algo improvável, uma vez Fernando Santos já referiu a possibilidade de regressar à táctica anterior... Manú seria a melhor opção para a ala direita, ficando a ala esquerda à mercê de Simão... se ficar.

Independentemente da táctica, Petit e Rui Costa serão sempre titulares. Karagounis não mostra o fulgor do meio-gás que empolgou, por vezes, o público vermelho. Katsouranis ainda não confirmou em Portugal aquilo que Fernando Santos já viu na Grécia. Nuno Assis é o jogador veloz e "abre-latas" que se conhece - seria uma boa opção para acompanhar Rui Costa, no tal 4-4-2 sem extremos.

Que confusão... venha Fernando Santos e escolha! O primeiro jogo oficial está perto - não poderia ser pior, o cenário para uma mudança de esquema táctico. O Áustria ainda agora despachou uma equipa com oito secos...
Se Santos vencer, tudo será esquecido; caso contrário, a minicrise tomará proporções que não interessam ao Benfica.

segunda-feira, julho 31, 2006

Umas coisas mudam...

...outras não.

Fernando Santos deixa Moretto e Beto em Portugal, quando o Benfica se prepara para o seu último teste, antes da Champions. Depois da confusão que foi a infrutífera pré-temporada, também Simão fica em Portugal e não joga contra o AEK. Pudera. O jogador não foi inscrito para a Liga dos Campeões...
Marcel, antigo goleador da Académica também fica em Lisboa; abre-se uma porta para Kikin Fonseca, dado que Miccoli se encontra lesionado. Transparece-se uma certa indefinição no ataque dos vermelhos - agora, fala-se em Kluivert.

Bruno Moraes confirma os seus pés de cristal - brilham tanto quanto quebram.

Por Itália... o Milan tenta Ronaldinho, Buffon e Ibrahimovic! (goal.com)

Profetas...

...e vendedores de peixe.
Até tenho O JOGO em boa consideração, apesar da forma como lambe as botas ao FC Porto.
No entanto, a edição do jornal de hoje tem um título que só pode ser entendido como um delírio.
Que fez Anderson, até hoje, para ser comparado a Deco? Quem têm, sequer, em comum, para além do "marketizado" 10?

Enfim...

domingo, julho 30, 2006

Águias voam baixinho...

O negócio-Simão vai de mal a pior. Desta vez, são as negociações com o Valância a sofrer um impasse que deverá resultar num aborto em tudo semelhante ao do ano passado, com o Liverpool.

A equipa não se encontra, apesar da alta rotatividade efectuada nos testes de pré-temporada. Os mundialistas regressaram - Quim deverá ter ganho a titularidade sem jogar um único minuto.

O problema da atribulada transferência de Manuel Fernandes acaba por ser uma chatice a menos para Fernando Santos, recheado de jogadores para a posição. Serão soluções de qualidade? Diego pouco mostrou, Beto não tem classe para jogar, sequer, na primeira divisão portuguesa, e Petit não deverá durar uma época inteira em alta (os seus livres estão cada vez mais perigosos).

Com a pré-eliminatória da fulcral Liga dos Campeões à porta, o Benfica encontra-se lavado num banho de humildade imposto pelos seus rivais da Segunda Circular. O Sporting ganhou - e bem - os jogos ao Benfica e ao Deportivo. Paulo Bento tem uma equipa com soluções, a necessitar de naturais afinações, mas que parece navegar a velocidade de cruzeiro. O trabalho da última época não está perdido, e o treinador parte com um trunfo de que não dispôs quando começou a comandar os verdes: a equipa foi feita à sua imagem, com jogadores escolhidos por si.

Em terras de Adriaanse, tudo normal. Bruno Moraes e Vieirinha são agradáveis confirmações.

Lá por fora, o Real Madrid repete um filme já visto, a Juventus desintegra-se (apesar da cega fidelidade de importantes jogadores) e o Milan ainda não colmatou as saídas de Sheva, Stam e Rui Costa.
Do Chelsea, espera-se muito; de Mourinho, tudo.

quarta-feira, julho 26, 2006

segunda-feira, julho 24, 2006

Quem conta um conto...

Venho de dias *intensos* em Vilar de Mouros e leio aquilo que "perdi", entretanto.
Soube que o Valência estava interessado em Simão, que o jogador estava interessado no clube, que o clube nunca quis o 20, que C. Ronaldo teria menos hipóteses de se juntar ao clube ché, mas acabo de saber que o Valência já está em Lisboa para "acelerar" o processo.

Irra, ao menos mintam todos em sintonia!

quarta-feira, julho 19, 2006

Um minutinho....

1. Dentro de minutos a Briosa estreia-se em campo, onze contra onze, e logo frente ao Beira-Mar de Super-Mário - que, provavelmente, aumentará a dose diária para uns 36 minutos de voltas ao rectângulo.

Quem olhar para o resultado com desdém - quer seja pelo contratempo ou, até, pela vantagem ser apenas curta -, não se esqueça que faltam meios, tal como o defesa-direito [Sonkaya], o melhor "central" [Litos], o defesa-esquerdo [Lino], o melhor jogador [Filipe Teixeira] , o extremo-esquerdo [Hélder Barbosa], extremo-direito [Raul Estevez] e o ponta-de-lança [?]. Não se preocupem, acabaremos sempre à frente!

2. Entretanto, e enquanto o Glorioso sua, três vezes numa semana, contra quem recebe para jogar, há quem opte por massacrar que paga para calçar, das divisões mais baixas deste e do país do seu treinador. Nada contra, quando o que conta, para já, é ganhar moral! Agora, Sr. Adriaanse, não me venha falar de recordes quando o árbitro apita para o final e, apesar dos 17-0, do outro lado está o Cerveira.

3. Depois da comunicação social vender Simão, parece que, agora, está na altura de ajudar a nação, na busca incessante por um avançado de área. Mas não nos precipitemos: alguém acredita que, um dia, Liedson aprenderá a cantar o hino?

P.S.: A fechar o dia, é sempre agradável, nos (difíceis) tempos que correm, ver um jovem português feliz ao alcançar determinada meta profissional. Fica apenas um reparo que, por cá, só faz falta quem quer lutar... mas depois, quando perceber que a grandeza não é comparável, que não regresse com o "rabinho entre as pernas".
E eu, por um grego campeão da Europa e por um jovem simpático, que me dá a ganhar 8,5 milhões de euros - sim, que os nossos só têm 50 por cento do passe -, então opto pelo primeiro!

segunda-feira, julho 17, 2006

Ele está de volta...

Os tempos de férias não me permitem escrever com a regularidade que gostaria no blog, no entanto não posso deixar de destacar um momento que, não merecendo os holofotes dos "grandes", é talvez o mais significativo do defeso.

O regresso do Super-Mário... agora no Beira-Mar!

P.S.: Talvez o melhor currículo, pelo menos nas imediações da grande-área, que pisa, este ano, os relvados nacionais.

quinta-feira, julho 13, 2006

Defeso "morno"

Fechado o capítulo Mundial – ficando apenas por saber se a FIFA tem ou não coragem de voltar atrás na decisão de premiar Zidane –, as atenções viram-se para as competições internas, numa fase onde ainda falta (pouco) os plantéis serem dados por encerrados.

Neste defeso, onde as limitações financeiras tornam a limitar ambições, os “grandes” têm o mérito de terem vendido pouco, acima de tudo sem prejuízo para as estruturas em construção.
É certo que do Benfica saem, muito provavelmente, nomes como os de Simão Sabrosa e Manuel Fernandes, mas também é correcto afirmar que no esquema de Fernando Santos, qualquer um dos dois é dispensável – perdão, aos adeptos mais acérrimos destes activos!

(isto é um comentário bem mais de compreensão do que de apoio à actual estratégia desportiva)

A equipa está montada! Falta, talvez, o último homem, que empurre a redondinha lá para dentro com maior eficácia. E isto funcionará sem alas?

O campeão FC Porto é, talvez, o vencedor do defeso. Não por que contrata craques do calibre de Ezequias, Diogo Valente ou de um marroquino dispensado do Marítimo há sete anos (e, curiosamente, todos suplentes nos seus ex-clubes), mas antes porque mantém, incólume, um grupo que garantiu uma “dobradinha” - para mais jovem, com margem de progressão. E aquilo funcionará sem laterais?

O Sporting, essa eterna incógnita – aquele que ganha campeonatos com tipos como Acosta e De Franceschi, mas também os perde, bem mais vezes, com alguns como Figo e Balakov –, perdeu Sá Pinto, o que até pode ser considerado o proveito mais significativo da (pré-)época.
Paredes é bom e Tristán também! Caso venha, é claro. E se Paulo Bento mantiver a toada (de qualidade), talvez se encontre também em Alvalade méritos suficientes para se chegar ao título. E aquilo funcionará sem alas?

quarta-feira, julho 12, 2006

terça-feira, julho 11, 2006

Zizou vs Materazzi - o futebol como espelho da vida

Materazzi insultou Zidane e teve resposta. Física, a agressão sentenciou a carreira de Zidane, que poderia ter abandonado os relvados como bi-campeão do Mundo.
O francês abdicou de tudo, preferindo insurgir-se contra um representante de uma espécie que infesta, sempre infestou e sempre infestará os campos de futebol - os praticantes sem fair-play nem educação, seres humanos que, como se costuma dizer, "não sabem estar".

Materazzi terá clamado a sua inocência, reduzindo-se a "ignorante". Até aí já tinha o Mundo chegado - apesar de teres alguma habilidade (?) para o desporto, serás sempre um arruaceiro, um caceteiro de primeira. Como prémio, passeias-te pelos palcos do Mundial - onde não poupas, sequer, os teus colegas às tuas clássicas cacetadas -, marcas um golo na final e és coroado campeão do Mundo.

Zidane foi vítima de várias injustiças, neste mundial alemão. Que estava acabado, diziam; mas arrastou uma penosa França até uma final onde nem deveria ter estado. Que manchou a sua carreira, saíndo "em baixa".
Nada mais injusto; quando agrediu fisicamente quem o vinha massacrando verbalmente (e que, apesar da prática no diálogo de guerrilha dentro das quatro linhas, não teve arte para responder a um "se queres tanto a minha camisola, no fim, trocamos"), Zidane deu um murro na mesa.
Chega de medíocridade. Chega de glória para os seres rasteiros, matreiros, chico-espertos e nojentos.
Quando se afirma que Zidane se juntou ao grupo de Materazzis e Companhia, porque se revelou agressor, eu digo exactamente o contrário. Para além de ter estabelecido uma ruptura no diálogo com esta facção, Zidane rompeu igualmente com aqueles que a toleram.

Acabaste em grande, incompreendido Zizou.

segunda-feira, julho 10, 2006

Zidane: o melhor do Mundial

Então Cristiano Ronaldo foi mesmo penalizado pela FIFA*, sob a acusação de falta de fair-play, sustentada em “mergulhos e simulações”, perdendo, por isso, o prémio de “Melhor Jogador Jovem” para um polaco (que, enfim, ainda nem o primeiro degrau concluiu!)?

* a coerência deste órgão consegue ser notável....

P.S.: a imprensa britânica promoveu, ontem, o vandalismo à casa de um português residente em Inglaterra, em mais um bom exemplo da xenofobia insular. A premiership perde um dos seus melhores praticantes!

domingo, julho 09, 2006

À atenção de Rui Loura

Pauleta não é, como o jornalista referiu, o melhor marcador da história do futebol português.

Resultados da última poll



Faltou um bocadinho "assim"...

Forza, Italia!

Campeões do Mundo durante quatro anos... sem calciocaos*!
O futebol como espelho da vida - como fonte de inspiração individual.
Em 1994, a Itália perdeu o Mundial por penalties, em 2000 perdeu o Euro para a França, hoje venceu os dois fantasmas que a vinham perseguindo e é a campeã do Mundo.

Parabéns!

*Talvez, assim, haja a referida amnistia para os clubes "pecadores"...

As finais são para vencer...


...tal como o jogo para decidir o terceiro lugar, mas alguém teria de perder. Portugal perdeu outro jogo decisivo, mas a sua participação no campeonato do Mundo foi bastante positiva. Se tivermos em consideração que os jogos da selecção alternaram entre o bocejo e a emoção evitável, um quarto lugar é sempre uma posição fantástica.
Para quem viu os Euro 2000 e 2004, soube a pouco. Estou a ficar mal habituado... ainda bem.

Pelo fim da tarde começará o Itália-França, provavelmente o melhor jogo do Mundial. Pirlo versus Zidane. Toni versus Henry. Ribery versus lui même.
Estou pela Itália.

Na Suíça, o Benfica (desfigurado na segunda parte) sentiu os calafrios de Moretto frente a uma equipa amadora serem requentados pelo toque de bola de Rui Costa e pelo killer instinct de Marcel. Moreira também marcou presença. Benvindos de volta!

Amanhã, não só haverá um novo campeão do mundo, como também se inicia a dança das cadeiras. Transferências e decisões. Quem sai, quem entra, quem vai, quem fica. Cristiano Ronaldo e o Manchester United. Scolari e as quinas. Simão por Kezman? Ricardo e o Sporting?

Jardel em Aveiro?

quinta-feira, julho 06, 2006

Despertámos do sonho

A França, a mesma de sempre, venceu Portugal nas meias-finais, as mesmas de sempre, com um golo de penálti, o mesmo de sempre, apontado por Zinedine Zidane, o mesmo de sempre.

A história, essa, a mesma de sempre, voltou a oferecer à França uma final de uma grande competição, desta vez num Mundial, depois das vitórias, exactamente na mesma fase, também frente à selecção portuguesa, nos Europeus de 1984 – com um golo de Platini, no último minuto do prolongamento – e de 2000 – o tal em que Zidane marcou.

De nada valeu aos portugueses a notável campanha por terras germânicas – onde venceram Angola, Irão, México, Holanda e Inglaterra – e nem sequer o facto de, desta vez, terem sido eles os melhores em campo, provocando bem mais calafrios a Barthez, num jogo onde o herói Ricardo apenas por uma ou duas vezes suou.

Aos 33 minutos, de uma partida que, infelizmente, não estava destinada a terminar em festa, o carrasco de sempre, dos tais que desperta amores e ódios, como só os verdadeiros craques conseguem, "matou" o sonho de um pequeno país que, ao longo do último mês, provou estar no grupo dos melhores, dentro e fora do campo.

A Portugal não faltou nada, talvez apenas a ponta de sorte dos campeões, aquela que colocou uma França e uma Itália na final, duas equipas que, e mesmo reconhecendo uma quanta dose de nacionalismo, foram sempre inferiores às nossas cores.

Ao apito final de um árbitro uruguaio que, novamente, deixa poucas saudades, um tal de Jorge Larrionda – mais lesto no apito para um lado que para o outro –, o país não chorou. Manteve-se, sim, firme, orgulhoso pelo percurso do grupo de 23 liderado por Luiz Felipe Scolari.

Um brasileiro que chegou, viu, ouviu e venceu. Calou os críticos. Calou-me a mim.
Hoje, ainda há-de haver quem encontre culpas no seu trabalho por apenas ter conseguido chegar ao leque das quatro melhores do Mundo, outros vão sublinhar que esta equipa pouco ou nada sabe de bola, mas, esses, na realidade, e enquanto os portugueses descansam para o jogo da consagração, estão já de banho tomado, em casa, há vários dias. Outros nem sequer pisaram a Alemanha mas vão, agora, começar a destilar.

Portugal – destes nomes inesquecíveis do nosso futebol* – vai defrontar os anfitriões no sábado, a partir das 20H00, em Estugarda, naquele que coloca frente-a-frente as melhores equipas da competição. Afinal, quem é que quer perder esta partida, para ver um espectáculo que se prevê tão triste, pobre, para mais disputado 24 horas depois?

* Ricardo, Quim, Paulo Santos; Ricardo Carvalho, Fernando Meira, Miguel, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Caneira e Ricardo Costa; Costinha, Petit, Maniche, Deco, Hugo Viana, Tiago; Figo, Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo, Boa Morte, Pauleta, Nuno Gomes, Hélder Postiga. Luiz Felipe Scolari.

P.S.: o penálti sobre Thierry Henry é claro. Já a alegada falta sobre Cristiano Ronaldo é inexistente.

Alcides fala...

"Agora, começa tudo de novo para mim, num sítio seguro como a Europa. Estou psicologicamente preparado para começar a treinar.”

Não tenhas tanta certeza.

Já agora, um abraço solidário.

Parabéns Portugal

A final esteve perto, mas um "penalty" deitou tudo a perder.
É a vida - glória aos vencedores, honra aos vencidos.
Foi a melhor prestação de sempre de Portugal em campeonatos do mundo, nos últimos 40 anos... e eu assisti a tudo... fantástico!

Sinceramente, torço pela Itália, agora.
Pirlo é gigante...

quarta-feira, julho 05, 2006

Melhor que os remates...


...foram as assistências. Os passes de Pirlo e de Gilardino só mereciam golos assim!
Parabéns, Itália!

terça-feira, julho 04, 2006

Benfica 2006/2007 - primeiros passos

O Benfica regressou ontem ao trabalho, rumando, de imediato, para a Suíça – onde realiza, mais uma vez, o estágio de pré-temporada.

É bom haver este Mundial, que nos mantém imbuídos de uma euforia incontida, que não nos permite realizar uma análise fria de um defeso que, por esta altura, ainda deixa (e muito) a desejar.

Até agora, as movimentações resumem-se às entradas de Rui Costa e Katsouranis, dois reforços para o meio-campo, e às mais que prováveis saídas de Quim e Simão Sabrosa. Pouco, para quem necessita, urgentemente, de um leque de, pelo menos, mais quatro atletas indiscutíveis (Miccoli pode estar incluído nesta lista). E, é claro, e acima de tudo, despachar uma mão-cheia de passivos: casos de José Fonte, Karyaka, Beto (sou um sonhador!), Laurent Robert – infelizmente, veio com dois anos fora do prazo – e, porque não, Mantorras (que isto de caridade fica, ou pelo menos devia ficar, para outras instituições).

Faltam alas, sobretudo, e um goleador, daqueles natos, que faça a diferença.

No entanto, o técnico Fernando Santos apenas aponta os avançado (Miccoli e outro) como necessidades primárias, o que nos dá, para já, a certeza que a táctica em losango – em 4x4x2 – com um “miolo” constituído por Katsouranis, Petit, Manuel Fernandes e Rui Costa, é mesmo para avançar. Fico à espera que, qual Scolari, o engenheiro desfaça os meus receios.

P.S.: Já começam a roubar!

domingo, julho 02, 2006

Quatro décadas depois...

...Portugal está nas meias finais de um campeonato do mundo de futebol!
Scolari e Ricardo são os principais responsáveis pelo percurso da Selecção - e não me limito a penalties defendidos ou a escolhas técnico-tácticas.

Os derrotados, esses, todos sabem quem são... não são ingleses, mas falam Português com sotaque. Alguns, claro.

Contra a França, a missão estará tão complicada quanto facilitada - apesar de Titi Henry e Zizou na máxima força, Deco e Costinha voltam a uma equipa totalmente moralizada.

Celebremos, hoje, porque amanhã poderemos vir a ser campeões...

sexta-feira, junho 30, 2006

Contrastes

Na Argentina, Pekerman deixa o lugar à disposição por não atingir, "sequer", as meias-finais do Mundial.
Em Portugal, Scolari já tem o lugar garantido por atingir os quartos...

Ezequias no FC Porto e o resto

O Mundo (portista) deve estar louco!

Ou será que o rapaz, brasileiro, de 25 anos, polivalente do sector mais recuado, ex-jogador de Marítimo, Gil Vicente e Académica - onde rendeu pouco, muito pouco! -, com os ares lá de cima ainda se vai tornar numa referência ao lado de outros descartados, como Pepe ou João Paulo (ambos pelo Sporting!)?

Bom, eu quase que arriscava o desfecho da história- tipo um empréstimo ao Tourizense, lá para Dezembro - até com as mãos sobre uma lareira, mas não vale a pena! Desde que vi o Ricardo Costa ser convocado para um campeonato do mundo de futebol...

Entretanto, mais a Sul, o Sporting faz mais manchetes que o Benfica (onde é que já se viu. Depois não querem crises!). "Enakarhire, Paredes e Derlei estão a caminho", insistem os três desportivos.

Já da Luz não sai nada de novo. Falta apenas confirmar os destinos de Quim (de volta a Braga?) e Simão; contratar o Miguelito; tratar bem o/do Manuel Fernandes; ir buscar dois extremos (para a direita e para a esquerda) e um avançado titulares indiscutíveis; ultrapassar a "novela Miccoli", ter coragem para dizer ao Mantorras que podia ter sido um grande jogador e identificar o próximo grego a contratar.

P.S.: Entretanto, a Briosa contratou Gonçalo (ex-Tourizense), Medeiros (ex-V. Guimarães), Paulo Sérgio (ex-Moreirense), Douglas (ex-Coritiba) e Hélder Barbosa (ex-FC Porto). Estão por chegar: o Litos (ex-Málaga), um defesa-direito, um "trinco", um extremo-direito e um ponta-de-lança.

terça-feira, junho 27, 2006

Gracias hermanos

Mais uns dias com Zidane!

P.S.: Este ano ainda acreditei, mas... decididamente, a Espanha não nasceu para isto (entenda-se, campeonatos do mundo de futebol).

Nação valente

Ando por aí orgulhoso, a destacar os méritos da nossa selecção, enquanto me deparo com alguns adeptos divididos, entre um misto de alegria e vergonha – termo escolhido para qualificar a actuação de Portugal na “batalha” de Nuremberga. Confesso que, pessoalmente, me custa (e de que maneira!) a compreender estas opiniões.

Até posso ser alvo de um rol de acusações – que vão desde o nacionalismo exacerbado, ao chauvinismo ou até fundamentalismo patriótico –, mas observar alguém criticar aqueles jogadores dói-me, sinceramente, como se uma espada me trespassasse da cabeça aos pés.

Por exemplo: eu joguei andebol durante uma década, quase sempre orientado por um técnico que nem sequer nos bater faltou, género “sargentão”, duro, mas, e sobretudo, protector de valores individuais e colectivos. Se não sabem, a modalidade de que falo mete o futebol num chinelo no que diz respeito à agressividade (não exagero fazendo uma comparação de uma falta, no jogo dos pés, para dez, no praticado com as mãos).
Picardias, com ou sem bola a rolar, adrenalina ao máximo e “toques” (nem sempre agradáveis) por debaixo da mesa eram frequentes. Não conheço nenhum colega meu que se tenha encolhido, que não tenha empurrado ou gritado bem alto em defesa das nossas cores. O resultado de tudo isto era apenas orgulho, o sentimento de dever cumprido, por afirmar, fosse contra quem fosse, a grandeza do meu clube.

Pena de quem sente vergonha, na hora de ver alguém, para mais dos nossos, jogar por amor à camisola!
(coisa rara)

P.S.: isto é, certamente, um mal de carácter. Um reflexo de uma faceta competitiva e ambiciosa; das minhas crenças políticas de direita; de convicções de preservação nacionalista; da necessidade de lutar cedo, na vida pessoal e profissional. Para mim, tanta "vergonha" não é mais que a consolidação do epíteto de coitadinho, provocador de traumas colectivos, travão da nação em todos os seus sectores.
(isto é também um relato antiquado, numa toada dura – pouco comum!)

segunda-feira, junho 26, 2006

Até agora, o golo do Mundial

Mundial' 2006

O campeonato do Mundo de futebol prossegue, a um ritmo tão alucinante que, pelo meio de outras actividades, me tem impedido de escrever neste espaço.

Assim, aos soluços, fica pelo menos um género de resenha – em forma de opinião pessoal – acerca da competição.

Bom futebol, de peito aberto (mérito vasto para tão grande responsabilidade), com equipas, salvo raras excepções, à procura do golo ou, então, e dadas as limitações, a travar estoicamente as investidas dos poderosos – que isto de defender bem também pode ser agradável ao olho do adepto (o caso de Trinidad e Tobago frente à Suécia é exemplificativo).

Os golos, esses, sempre em catadupa, a baterem os recordes das provas modernas – onde a táctica ganhou protagonismo. E bonitos, não todos, mas muitos deles. O meu preferido, até ao momento, é o de Tim Cahill (um dos que marcou contra o Japão, onde ao esférico ainda bateu num dos postes).

Mau, mau, só mesmo a arbitragem, adulteradora de resultados e castradora de sucessos (normalmente em prol dos poderosos). O penálti (chocante) não assinalado a favor do Togo (0-2, contra a Suíça), quando os helvéticos ainda só venciam pela margem mínima; a não expulsão do argentino Gabriel Heinze, no jogo frente ao México (2-1, para os das Pampas), quando um adversário seguia isolado para a baliza “azul celeste” e a expulsão de Deco (na sequência de uma atitude inqualificável de falta de fair-play e de um confronto físico, situações sempre provocadas por contrários) são exemplos do lado lunar da prova.

Holanda... já está! Next!



Tanta emoção... Portugal sofreu a bem sofrer, durante a segunda parte do jogo de hoje à noite. Figo podia ter sido expulso, mas não foi e arrancou uma expulsão; Deco não deveria ter sido, mas "arrancaram-na" em campo. Enfim, Maniche enche o pé e pontapeia uma crise, bem resolvida com muita experiência e espírito de grupo.

Que venha a Inglaterra. Sem Costinha (que lhe terá passado pela cabeça?), Deco (que terá passado pela cabeça do árbitro?) e, possivelmente, Cristiano Ronaldo (que terá passado pela cabeça do agressor?), as opções reduzem-se a um nível quase sofrível.

Adivinha-se o seguinte "onze":
Ricardo
Meira e Carvalho
Valente e Miguel
Petit e Maniche
Figo, a dez
Simão e Ronaldo
Pauleta.

Desta vez, a selecção desfalcada será a nossa... sem Andrade para parar um super-Rooney, a missão adivinha-se quase impossível.

Parabéns e
Força, Portugal.

quinta-feira, junho 22, 2006

O país e o mundo... do futebol... no FP

No dia em que Benfica e Sporting se reforçaram, Mourinho fica a saber que defrontará os rivais de Manchester logo pela primeira jornada. Em Itália, os clubes Juventus, AC Milan, Fiorentina e Lázio foram acusados de fraude desportiva - algo que no nosso país cobarde seria impensável.

PS: Ah, o Brasil ganhou. Rogério Ceni jogou, mas não marcou nenhum livre. É pena, acho que daria um colorido maior a um espectáculo que, apesar dos 5 golos, foi muito morno.
Ronaldo jogou, mas não se mexeu. Pratica jardinagem no seu belo canteiro, que fica na zona da grande área do adversário. Vá lá, hoje sairam-lhe duas florzinhas dos pés... e isso é que é notícia!

Para quem não tem SportTV...

...e possui uma boa ligação à internet, o TVU Player transmite todos os jogos do Mundial (ESPN 1 e 2).

Baixe aqui.

Via Gonçalo Janeiro

O melhor do Mundial, até agora...

...tem sido a inexistência de alcunhas ridículas para a selecção portuguesa.


"Obrigado!"

Portugal enfrentará a Holanda

O duelo de 2004 repete-se: a equipa portuguesa volta a encontrar a holandesa.
O apuramento foi "limpinho", apesar do golo sofrido por Ricardo, lance revelador de alguma intranquilidade na defesa. O golo do México foi demasiado consentido - Jorge Andrade faz muita falta.

Caneira, Tiago, Petit e Postiga mostraram que não têm lugar no onze titular, tal como o sofrível Hugo Viana. Espera-se, portanto, que Scolari recupere a equipa da segunda jornada da fase de grupos - apesar da incógnita Simão...

A Holanda, aparentemente banal sem Robben, é um adversário de respeito, principalmente agora que são jogos de "mata-mata".

Para Portugal, o Mundial começa agora.

domingo, junho 18, 2006

Dois anos depois...


...a História repete-se: ao segundo jogo, Portugal encontra a equipa que levará os "tugas" a sonhar com uma final de nível...

quarta-feira, junho 14, 2006

Kaká resolve... com a canhota!


Uma equipa não se faz só de "estrelas", como Kaká fez questão de demonstrar, ontem. Numa equipa recheada de "astros", "galácticos" e "fabulosos", o médio-ofensivo do Brasil mostrou que o apenas o suor, a dedicação, e a entrega são os ingredientes para boas exibições.

Ronaldo não existiu. A exibição de Adriano foi ainda mais vergonhosa. Robinho pouco fez, apesar de ter, de facto, espevitado o ataque canarinho. Ronaldinho, o talento-mor desta selecção, jogou a trinco, para fugir às marcações cerradas por parte dos croatas - de pouco lhe valeu.

O Brasil não voou, como se previra na histeria jornaleira que antecedeu o jogo. A principal razão para um resultado tão magro, mas justo, foi a fantástica organização da equipa croata, que se entregou ao jogo de uma forma extrema, cortando linhas de passe e ganhando as segundas-bolas, nunca cedendo espaços ao adversário - tudo sem o menor traço de nervosismo. Cinco estrelas.

Assim sendo, coube a Kaká procurar o golo. O regista do Milan gesticulou, pedindo a bola que chutou com o seu pior pé para o canto superior esquerdo da equipa axedrezada. Fantástico.

"Ronaldinho has an amazing amount of control over the ball. There are few players these days who are as technically strong as he is. However, it must be said that he is not as direct, as vertical , as Kaká"
- Pelé

terça-feira, junho 13, 2006

Portugal = Rep. Checa

Algumas pessoas que reconheço serem realmente inteligentes, já me tentaram convencer que se vislumbra, claramente, uma estratégia de contenção na actuação da selecção portuguesa. Até há quem encontre no jogo de Angola uma toada perfeita, donde emergem três factos fundamentais: as expectativas (entenda-se como euforia prejudicial) decaíram a níveis realistas; o grupo provou ter (ainda mais) opções e o cansaço físico, tendo em vista a partida com o Irão, foi bem gerido.

Tudo bem, até podem ter razão. Mas eu cá preferia ser (um)a República Checa! (e nem vale a pena enumerar as qualidades checas, que elas começam na atitude)

P.S.: Jan Koller deve ter-se despedido ontem do Mundial, após sofrer uma lesão. Um ataque com Poborsky, Rosicky, Nedved e Koller seria daqueles que, anos mais tarde, recordaríamos com saudade. No entanto, há opções.

segunda-feira, junho 12, 2006

Ainda o (cansativo) "Caso Mateus

Que cansativa questão, esta entre Belenenses e Gil Vicente, acerca de um tal “Caso Mateus”, que, neste defeso, mantém a incerteza quanto à 18.ª equipa da Liga portuguesa 2006/2007.

Uns reclamam por justiça, alegando que o rapaz em causa, ex-jogador do Lixa, nem sequer podia ser inscrito ou, pior, que os gilistas recorreram a um tribunal que, segundo os regulamentos, não pode actuar na situação em causa; depois aparecem os outros, sob a bandeira do sucesso dentro de campo, apoiados pelos amantes da bola, justificando escolhas e decisões que, para eles, transpiram legalidade ou foram tratadas a título pessoal, ilibando o clube.


Quanto a factos tudo é mais simples:

1. – O V. Guimarães, clube dirigido, actualmente, por um homem sério – e isto é uma das razões, além da justiça divina, para a despromoção –, o presidente Vítor Magalhães, foi buscar o tal Mateus ao Lixa mas, apercebendo-se da sua situação, recuou e cancelou a transferência; logo depois, os iluminados de Barcelos inscreveram (!) o rapaz na Liga – ao que parece num processo nubloso.

2. – Mateus joga e, por acaso, até factura por uma vez num Gil Vicente-Académica (4-3), o que leva os estudantes, de memória refrescada em relação a um caso antigo idêntico, a protestarem o encontro; aí, surge uma providência cautelar que permite ao angolano jogar, enquanto se decide se ele pode ou não… jogar.

3. – Mateus não é nada fraco – desde que o jogo não seja a contar para o Campeonato do Mundo – e lá vai ajudando, semana após semana, o Gil a ganhar pontos, aqui e ali, e a safar-se, qual milagre, da descida de divisão.

4. – O “Caso Mateus” ainda não chegou à justiça desportiva, mas os responsáveis gilistas, certamente aconselhados por um brilhante advogado, conhecedor profundo das regras do futebol português (e atenção que isto é sarcasmo, mas não deve ser fácil perceber patavina daquelas regras), decidem avançar para o tribunal civil, para resolver o processo – Isto não é legal, mas agora já foi o Mateus a ir sozinho (penso que de autocarro) fazer queixinhas ao senhor juiz.

5. – O “Caso Mateus” chega ao tribunal desportivo, e um dos membros do Conselho de Disciplina, acometido pela ética, resolve não exercer o seu direito de voto. Num órgão com quatro elementos menos um, o Belenenses vence (2-1) e garante, para espanto de muitos, a permanência na Liga, em detrimento do Gil Vicente – o facto desse elemento do conselho ser filho de um vice-presidente do Gil Vicente pode, e digo que apenas pode, ter influenciado o tal afastamento.

6. – O Gil Vicente recorre da decisão, adiando tudo para decisão da Liga de Clubes. Desta vez, o membro-parente exerceu o direito estipulado nos regulamentos, empatou a contenda e empurrou a decisão para o primeiro facto de desempate. Valeu o voto de qualidade do presidente do órgão e, pronto, tudo como dantes – o mesmo que é dizer: Barcelos em cima, Belém em baixo – a ética ficou em casa, o mesmo que é dizer em Barcelos (reparem que o Gil é de Barcelos), e o filho do vice-presidente votou a favor do clube do pai.

Então vamos lá ver se, depois deste entediante debitar de caracteres, eu consigo fazer uma síntese (palavra mágica) de tudo isto: Mateus não podia ser inscrito, mas foi; Mateus não podia jogar, mas jogou; Mateus jogou e ganhou; o Gil Vicente não podia recorrer aos tribunais civis, mas recorreu; o caso foi julgado, os regulamentos analisados e a votação deu razão ao Belenenses; o caso foi a recurso, os regulamentos foram vistos (!) outra vez, foi votado e foi dada razão ao Gil Vicente, com a ajuda de um senhor que é filho de um vice-presidente do Gil Vicente. Parece-me haver aqui um problema qualquer. Ou será impressão minha?

P.S.: Num post anterior, datado de 6 de Junho, referi que o país desportivo havia alcançado a maturidade. Alguém me desculpe o erro, mas apenas me apercebi do carácter utópico da expressão quando a reli ao sexto dia - o demoníaco.