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terça-feira, julho 11, 2006

Zizou vs Materazzi - o futebol como espelho da vida

Materazzi insultou Zidane e teve resposta. Física, a agressão sentenciou a carreira de Zidane, que poderia ter abandonado os relvados como bi-campeão do Mundo.
O francês abdicou de tudo, preferindo insurgir-se contra um representante de uma espécie que infesta, sempre infestou e sempre infestará os campos de futebol - os praticantes sem fair-play nem educação, seres humanos que, como se costuma dizer, "não sabem estar".

Materazzi terá clamado a sua inocência, reduzindo-se a "ignorante". Até aí já tinha o Mundo chegado - apesar de teres alguma habilidade (?) para o desporto, serás sempre um arruaceiro, um caceteiro de primeira. Como prémio, passeias-te pelos palcos do Mundial - onde não poupas, sequer, os teus colegas às tuas clássicas cacetadas -, marcas um golo na final e és coroado campeão do Mundo.

Zidane foi vítima de várias injustiças, neste mundial alemão. Que estava acabado, diziam; mas arrastou uma penosa França até uma final onde nem deveria ter estado. Que manchou a sua carreira, saíndo "em baixa".
Nada mais injusto; quando agrediu fisicamente quem o vinha massacrando verbalmente (e que, apesar da prática no diálogo de guerrilha dentro das quatro linhas, não teve arte para responder a um "se queres tanto a minha camisola, no fim, trocamos"), Zidane deu um murro na mesa.
Chega de medíocridade. Chega de glória para os seres rasteiros, matreiros, chico-espertos e nojentos.
Quando se afirma que Zidane se juntou ao grupo de Materazzis e Companhia, porque se revelou agressor, eu digo exactamente o contrário. Para além de ter estabelecido uma ruptura no diálogo com esta facção, Zidane rompeu igualmente com aqueles que a toleram.

Acabaste em grande, incompreendido Zizou.

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