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terça-feira, setembro 30, 2008

Recordar é viver



Reportagem feita por mim e pelo meu colega João Mamede.
Uma prova de como o amor à Briosa pode superar rivalidades entre benfiquistas e portistas!

(Dedico-a a um grande amigo que agora está por Lisboa, também um antigo-colega!
Ele sabe quem é.)

segunda-feira, setembro 29, 2008

As vantagens do campeonato ser fraquinho (pelo menos, do segundo terço para baixo)

O nível exibicional da Académica, neste início de época, alternou entre o medíocre e o suficiente. O início de campeonato merece, ainda assim, balanço positivo: 10.º lugar, com duas vitórias e seis pontos. Para isso bastou manter a base da equipa e a estrutura táctica de Domingos Paciência; as alterações (e adaptações) foram pontuais – apenas quatro reforços (Peskovic, Luiz Nunes, Edson e Sogou) têm sido opção regular –, possibilitando este arranque.

A natural evolução dos adversários, normalmente recheados de “caras novas”, ao longo das primeiras jornadas, diminuiu a diferença entre os concorrentes. E a partir deste momento, será a qualidade dos diversos plánteis (e mais uma ou outra coisa) a definir resultados.

Terá, portanto, de ser este o momento para a Briosa encontrar mais e novos argumentos de qualidade. De bom futebol, entenda-se! O próximo jogo (recepção ao Nacional, no domingo), logo confirmará ou rejeitará as preocupações de responsáveis e adeptos.

Veio mesmo a jeito!



Ronaldinho marca o golo decisivo no jogo do Milan contra os eternos rivais Inter, de Mourinho, na semana em que sai o Fifa09, por quem dá a cara.

Humildade de Flores contraria estatística de Bento

Benfica 2 - 0 Sporting
(Reyes, Sidnei)



O Benfica venceu o principal dérbi do país, e pode ser líder do campeonato já na próxima jornada.

A jogar em casa, Quique Flores decidiu manter a sua aposta nos jogadores que lhe deram a primeira semana de "descanso" desde que chegou à Luz - Miguel Vítor ou Sidnei, Jorge Ribeiro e Nuno Gomes não eram "obrigados" a ser titulares. Mas Quique já foi jogador e saberá por certo o quão arrasador pode ser para um jogador o facto de ficar de fora depois de ter ajudado o colectivo após jogo em bom plano individual. Sentaram-se Katsouranis, Aimar e Léo - no fim de contas, valeu a pena.

O jogo começou com um filme que já se tinha visto nos últimos dérbies caseiros - o Sporting podia ter começado o jogo a ganhar, mas Yannick não teve a estrela que costuma ter, contra o Benfica. Com os passes em profundidade de Miguel Veloso a resultarem bem numa fase inicial, o Sporting acreditou que era possível construir uma boa exibição tendo por base o jogo directo e a velocidade de Djaló. A táctica de Paulo Bento não resultou e, quando acabou a primeira parte, já Nuno Gomes tinha falhado um golo de baliza aberta (...), Yebda tinha sofrido um agarrão na grande área, por parte de Postiga e merecedor de penalty, e Abel tinha aliviado o perigo de um grande remate de Reyes, de fora da área.

O início da segunda parte foi uma continuação da primeira - um jogo bastante equilibrado, com o Sporting a controlar e o Benfica a correr atrás do prejuízo das duas primeiras jornadas. Os lugares-comuns valem o que valem, mas a uma dada altura a turma de Paulo Bento parecia confortável com o empate, e a equipa que "estava pior" (no campeonato, entenda-se) marcou. Depois de uma boa jogada entre Reyes e Aimar, o espanhol bateu Rui Patrício de um ângulo bastante difícil - o remate foi bom, mas o mais extraordinário desta jogada foi mesmo a total displicência de Rochemback ao longo de toda a jogada. Abel já sabe com quem não pode contar.

O golo foi o tónico que a equipa precisava para arrancar uma boa exibição e acordar a Catedral (o ambiente amorfo que até então se presenciara chega a ser embaraçoso, quando comparado com o que os benfiquistas do norte presenteiam a equipa, sempre que o Vermelhão passa o Mondego...). Pouco depois, Sidnei confirma a vitória do Benfica, num cabeceamento em que surge muito bem sobre Polga. A sua felicidade quase infantil na comemoração do golo encheu os benfiquistas de orgulho e esperança - como o futebol é uma práctica consciente de amnésia, meus senhores (revejam os comentários do dia em que se falou do regresso de Fernando Meira)...

No fim do jogo, Quique flores não embandeirou em arco, enaltecendo ter ganho a uma grande equipa. Paulo Bento poderá ter a sua razão quando diz que é uma derrota com números demasiado expressivos, dado o equilíbrio verificado durante grande parte do jogo, mas a verdade é que a segunda parte do Benfica foi muito forte e o Sporting não mostrou soluções para contrariar o jogo vermelho.

Sendo sincero, considero que esta época do Benfica é apenas um mero esboço do que se pode esperar da próxima época, e não esperava tanto da turma de Flores. Já o Sporting, decepcionou-me. Os pupilos de Bento já jogam juntos há alguns anos, e tinham a obrigação de mostrar mais ambição e consistência (a "estaleca" de que se fala).

O Sporting perdeu a oportunidade de se isolar no primeiro lugar (o Nacional perdeu em casa!) e deixar os eternos rivais a sete pontos. Para a semana, recebe o Porto depois de mais um jogo na Champions... habemus campeonato!

Registou-se

domingo, setembro 28, 2008

A sentença de RAP

A chama imensa: Eu acredito na mudança de Quique

Por Ricardo Araújo Pereira

Acabou agora o Benfica-Sporting. Significa isto que, no momento em que começo a escrever esta crónica, o Sporting já não perde um jogo na Luz há cerca de cinco minutos. Sei que o Paulo Bento gosta imenso de estatísticas, e por isso não queria deixar de o manter actualizado. Seis minutos, agora. Outro dado interessante: mesmo sem a presença de Vukcevic e Stojkovic, houve um jogador incompatibilizado com Paulo Bento que mesmo assim conseguiu jogar o derby. O Carlos Martins. Foi um gesto bonito da parte do treinador do Sporting, ter deixado jogar o rapaz.

E neste momento o Sporting já não perde um jogo na Luz há mais de dez minutos. É obra. Quanto ao Benfica, arrisca uma sanção pesada das autoridades competentes. Os nossos centrais, não há que negar, são dois adolescentes. Estou a rever o jogo em alta definição e não consigo ver um único pêlo na barba dos dois petizes. E tenho quase a certeza de que vi o Quique Flores mudar a fralda ao Miguel Vítor ao intervalo. Por tudo isto, receio bem que aquilo que aconteceu ontem possa ser considerado trabalho infantil. Só não é trabalho porque os avançados do Sporting não deram trabalho nenhum. Na segunda parte, o Sidnei até se virou para trás e perguntou: «Sr. Quim, acha que posso ir lá à frente marcar um golo? Eu prometo que não demoro.» E o Quim disse: «Vai lá, pequenino. Não te percas.» E assim foi.

Entretanto, pareceu-me ver no ataque do Sporting um jogador que fazia mesmo lembrar o Liedson, mas completamente inofensivo. Não sei bem se era ele. O rabo do Rochemback tapa-me a visão sobre boa parte do jogo, por isso tenho dificuldade em dar-vos garantias, isto no momento em que o Sporting já não perde um jogo na Luz há quase meia hora.

No entanto, e apesar de tudo, para mim o aspecto mais relevante do jogo foi este: nos ecrãs do Estádio da Luz apareceram várias imagens de Quique Flores e mensagens sobre a mudança que ele está a operar no Benfica. Assim de repente, o Quique parecia-me um Barack Obama pálido. No fim, eu acreditava não só que ele é capaz de mudar o Benfica como estava convencido de que era capaz de dar um bom candidato à presidência dos Estados Unidos. Se os americanos o topam ainda são capazes de o levar para vice-presidente. Currículo tem ele. Toda a gente sabe que, comparado com gerir o Benfica, governar os Estados Unidos é uma brincadeira de Sidneis e Miguéis Vítores. Ou seja, de crianças. E com isto tudo o Sporting já não perde um jogo na Luz há mais de três quartos de hora.

- in A BOLA

quinta-feira, setembro 25, 2008

Dia lento nas redacções dos "desportivos"...

"Bento ameaça recorde de Szabo
MAIS PONTOS CONSECUTIVOS NA LUZ EM JOGO
Paulo Bento pode estar em vias de conseguir um novo máximo no comando da equipa técnica do Sporting. Depois de ter saído invicto da Luz nas últimas três temporadas em jogos do campeonato, o técnico leonino só precisa de conquistar pelo menos um ponto para superar Joseph Szabo, o húngaro que conseguiu estar três épocas consecutivas sem perder fora de portas diante do eterno rival"
- Record

Depois da capa do póquer, de ontem, hoje dá-se honras de capa a uma ida ao baú em busca de um dado que não deve interessar a ninguém. Nunca mais chega a hora do dérbi.

Entretanto, Jorge Andrade continua o seu calvário. Ver um dos mais belos centrais portugueses encostados há dois anos mete dó.

terça-feira, setembro 23, 2008

Benfica sofre para ganhar os primeiros três pontos

Paços de Ferreira 3 - 4 SL Benfica



Custou, mas foi. Ao quarto jogo oficial da época, o Benfica ganhou um jogo. O grau de dificuldade deste jogo assemelhava-se ao da primeira jornada (como o FC Porto bem pôde comprovar): um adversário interessado no jogo, um campo difícil, equipa nova.

Quique Flores surpreendeu ao colocar Jorge Ribeiro, Rúben Amorim e Nuno Gomes. Léo ficou de fora, e a aposta no irmão de Maniche compensou (e de que maneira) - Jorge Ribeiro marcou um golo que transmitiu a tranquilidade que a equipa precisava. É aqui que Ribeiro poderá marcar a diferença em relação a Léo: um remate potente e colocado, que pode servir para a marcação de livres, e um atributo de que o internacional brasileiro não dispõe.

A titularidade de Rúben Amorim poderá ser explicada pela necessidade que o treinador do Benfica viu em ter alguém em campo com capacidade de ajudar o adaptado Maxi Pereira. De assinalar que, mesmo sem subir no terreno como um extremo, os passes de Rúben Amorim fizeram mossa no sector defensivo pacense.

Nuno Gomes terá entrado por falta de frescura física de Pablo Aimar. A verdade é que o ponta-de-lança português consegue transmitir maior clarividência e eficácia às jogadas, em contrário do argentino, que perde (e muito) por jogar de costas para a baliza. O lado direito do ataque irá ser seu - é uma questão de tempo até Quique perceber que não tem nenhum titular "natural" para a posição. Quando Aimar entrou para ganhar ritmo de jogo, a ausência da inteligência do jogo de Nuno Gomes (a sua principal característica) fez-se notar: o ataque encarnado ficou acéfalo e inofensivo.

Num jogo aflitivo em que o Benfica voltou a deixar-se surpreender após ter entrado em vantagem bem cedo, fica a sensação que ainda é preciso fazer muito treino mental, sobretudo no sector do meio-campo, ineficaz na altura de pensar o jogo, especialmente quando sob pressão. Yebda esteve (finalmente) bem, mas Carlos Martins ainda não conseguiu pegar no jogo como se espera.

Quanto à dupla de centrais, esteve em bom plano, para quem tem apenas 19 anos. Sidnei mostrou que consegue sair a jogar, mesmo sob pressão (o que poderá resultar num movimento suicida, quando não sair bem), e Miguel Vítor tem pormenores de desarme e antecipação de bom nível. A culpa dos golos que o Benfica sofreu não passaram por estes dois jovens: o primeiro golo pacense acontece após ressalto (mais um), o segundo foi uma oferta de Quim (mais uma), e o terceiro resulta de um lance de "solteiros-e-casados" após lance de bola parada.

Por fim, Reyes. O espanhol mostrou o porquê da sua contratação: rapidez, enorme capacidade de finta e passes certeiros (a assistência para Nuno Gomes foi excelente). Fez mais neste jogo do que Di Maria em muitos (demasiados) desde que chegou ao Benfica. Venda-se o argentino, insisto.

O Benfica alcançou o FC Porto na classificação. Nos últimos anos, seria um feito - este ano, o Porto está em quinto lugar. Jesualdo mostra um discurso curioso (para treinador do Porto, diga-se), e diz que a liderança à 3ª jornada não interessa - interessa é a classificação final. Tem razão, mas também é verdade que já não me lembro da última vez que os portistas estiveram a quatro pontos do líder.

Continuando o paralelismo, prefiro que o Benfica tenha os mesmos pontos que o FC Porto, tendo vindo de um resultado positivo, do que tendo vindo de um empate. Até porque há Benfica-Sporting para a semana, e quero os encarnados com a moral toda. Entrar a ganhar vale o que vale, está visto...

Nota: os dois avançados do Benfica marcaram. Nuno Gomes facturou o seu 150º golo no campeonato nacional, e Cardozo mostrou competência e tranquilidade na marcação do penalty (também contam). Nada mau, para quem já os tinha (ou desejava) como acabados para o Benfica...

PS: no Dia Seguinte, ontem, deu-se continuação ao mito idiota que há muitos anos se propaga nas conversas de café: "ganhámos por mais do que um, por isso, mesmo que o primeiro tenha sido ilegal, não faz grande diferença". Não faz? Faz toda a diferença! Basta usar a cabeça e pensar. É bem diferente estar com a corda ao pescoço até à segunda parte, e entrar a ganhar ainda na primeira. Faz lembrar o discurso do tal avençado Aguiar que desculpava as "recepções em manchete" de Lisandro, ou as assistências em fora de jogo para os golos que abriam grandes goleadas do FCP, na época passada.

Primeira "chicotada": António Conceição (ex-Trofense)

Falhei nas apostas sobre para quem seria a primeira “chicotada psicológica” da época. Sempre pensei que a “honra” coubesse a Casemiro Mior, do Belenenses – já na próxima jornada. Não por desconfiar das capacidade do técnico brasileiro, mas apenas por não acreditar na eficácia de um projecto com duas dezenas de “caras novas”, a esmagadora maioria oriunda do Brasil (já para não falar da demissão da direcção, que parece dificultar, ainda mais, este arranque de temporada).

Considero a gratidão das mais belas provas de humanidade; nem sequer concebo existência sem tal atributo. Claro que algumas das regras impostas pelo desporto-rei, anos a esta parte, subverteram tais valores: e António Conceição, do Trofense, rescindiu o seu contrato.

Vamos ver: um título de campeão nacional e uma promoção inédita ao principal escalão do futebol português (em 30 jogos na Liga de Honra); três derrotas, uma em Alvalade, frente a um Sporting candidato ao título, e outra na Figueira da Foz, diante de uma Naval a cumprir a sua quarta época consecutiva no escalão, candidata a um campeonto (bem) tranquilo (em três jogos na Liga).
Este percurso, no emblema da Trofa, justifica um pedido de rescisão tão cedo? Não me parece! (pela tal gratidão, e não só)

Carta aos meus companheiros benfiquistas (na ressaca do 4-3 em Paços de Ferreira):

Amigos benfiquistas,

O Benfica sofreu oito golos em apenas quatro jogos oficiais; esta ineficácia defensiva merece análise – que se lhe dê a devida importância, nem mais nem menos. Com agravamento para os erros individuais e colectivos; com atenuante para a falta de sorte, de ressaltos ou desvios.

Certo é que as soluções terão necessariamente de ser encontradas por Quique Flores e pelo plantel às suas ordens. Quanto aos sócios e adeptos poderão apenas contribuir – caso não desejem tornar-se obstáculos de si mesmos – com paciência e apoio incondicionais, que nem sempre marcaram presença nos corações e almas benfiquistas. Para mais, em vésperas de um importante Benfica-Sporting.

Neste momento, é imperativo renovar o voto de confiança junto deste projecto, pensado e executado por indivíduos competentes (Luís Filipe Vieira e Rui Costa); é fundamental transmitir tranquilidade e confiança a este grupo de trabalho, assim como aos técnicos e aos jogadores.

O Benfica – ninguém o poderá negar, por esta altura – está bem longe daquilo que todos pretendemos. Mas também já esteve mais longe. E o caminho escolhido parece – ninguém o poderá negar, por esta altura – ser o mais correcto.

p.s.: o sucesso faz-se com projectos inteiros, construídos de baixo para cima. O Benfica, embora acredite no sucesso já nesta equipa, poderá tardar a alcançar títulos significativos. Falta qualidade, é certo, em determinados pontos da equipa e do plantel. Mas numa época com tantas mudanças seria difícil ter mais e melhor por altura.

Ele vive...



MVP na vitória contra o Paços, fora.
Inteligência, raça, faro pelo golo. Fez a diferença.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Hoje não é um dia qualquer...

(carrega aqui, sff)


... hoje joga o Benfica!

Algo que nem todos podem dizer (bem alto): o Derlei nunca jogou em nenhum clube meu!

A "isto" - em língua que permite o indivíduo citado perceber na perfeição -, chama-se "puxa-saquice"!

p.s.: mas acredito que os sportinguistas, sempre justos e inteligentes, deverão ainda ficar do lado deste tipo.

A minha equipa para logo

Quim
Miguel Vítor, Sidnei e Zoro, Léo
Yebda e Martins
Reyes e Aimar
Nuno Gomes e Cardozo

domingo, setembro 21, 2008

Até eu me passava...

Uns são filhos, outros são enteados.

Não admira que o Vuk tenha mandado o armário da loiça pela janela fora. Ainda se ouvem os estilhaços...

To Be Continued.

PS: Quem não chora, não mama.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Benfica perde, mas mantém eliminatória em aberto

Nápoles 3 - 2 Benfica



Cinco golos num jogo; três golos em 4 minutos. Parece o resultado de um grande jogo de futebol? Para os italianos, talvez. Para o Benfica, é um resultado que, somado à sua pálida exibição, é preocupante.

O Benfica entrou a ganhar, com um golo do estreante Suazo (cuja exibição e pormenores deixaram "água na boca"), mas cedo assistiu à inversão do resultado.

O meio-campo do Benfica não funcionou. Katsouranis deveria fazer a posição de Yebda, que é demasiado"verde", tacticamente. Carlos Martins não assumiu o jogo como deveria, e faltou a ligação entre meio-campo e ataque - apenas a entrada de Nuno Gomes, que consegue jogar (e bem) ao primeiro toque conseguiu articular melhor estes dois sectores, mas já era tarde demais.

Dois dos três golos do Nápoles foram autênticos "chouriços" - num, a bola sobra para o avançado da equipa italiana, após ressalto no defesa; noutro, a bola bate em Léo e engana Quim. Tudo bem, o golo de Luisão também foi uma trapalhada... São lances que fazem parte do futebol, e a sorte é, por vezes, um factor determinante no resultado.

O que não deveria depender da sorte são os critérios disciplinares de um árbitro. Houve dois jogadores italianos que deveriam ter sido expulsos após entradas violentas sobre jogadores do Benfica. Numa destas, Carlos Martins ia "encostando"; na outra, Suazo "encostou" mesmo, quando Nuno Gomes já dava outra dinâmica ao ataque encarnado - nem cartolina amarela saíu do bolso, neste lance. O Benfica ficou a jogar com menos um, quando deveria ter ficado em superioridade numérica.

Apesar dos lapsos de critério por parte da equipa de arbitragem, o Benfica nunca foi superior ao fogoso Nápoles, cuja pressão começava logo no ataque, sufocando a organização dos ataques encarnados logo à nascença. Era aqui que Carlos Martins deveria ter feito a diferença, mas não fez.

Na segunda parte, o resultado tanto poderia ter deslizado para um 4-1, como para o 3-3. No entanto, com o 3-2 final, a eliminatória está em aberto. Como chegou a estar com o Espanhol de Barcelona, o ano passado...

No que diz respeito a notas individuais: Maxi Pereira não sabe defender e dá demasiado espaços aos extremos adversários (por vezes, esquece-se mesmo da posição que deveria ocupar, chega a ser desesperante); Quim esqueceu-se de como sacudir uma bola, pelo que Léo tirou um golo em cima da linha; Reyes e Di Maria jogam para si, em vez de jogarem entre si e para a equipa; a dupla Sidnei-Luisão esteve bem; Urreta e Balboa só poderão ter futuro para "consumo interno"...

Nada está perdido.
Falta a segunda parte - e esta joga-se no inferno da Luz!

quinta-feira, setembro 18, 2008

Hoje não é um dia qualquer...



...hoje joga o Benfica!

Pergunto-me a mim próprio:

Que pensará (e sentirá) um jovem futebolista romeno?

Christian Rodriguez (do Benfica para o FC Porto), pela décima quarta vez:

Já não duvido - após o FC Porto-Fenerbache (3-1) - que, a par de Rolando (ex-Belenenses) e Fernando (ex-E. Amadora), Christian Rodriguez seja a melhor contratação portista desta época. Duvido, todavia, que tenha sido uma boa contratação.
Refiro-me, obviamente, aos sete milhões de transferência e aos dois milhões/ano de contrato. Todavia, ainda é cedo para tirar conclusões!*

* quanto a Pablo Aimar (e para não duvidarem das minhas boas intenções), a situação está exactamente no mesmo pé.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Novela Cardozo...

The End.

É mais fácil, rápido e indolor quando o jogador sabe o que fez e por que está a ser castigado.

Quique poderá ter ganho um jogador, um bálneário e uma equipa. Em dois dias.

Sporting reabilita Barcelona



O Sporting europeu ainda não acredita em si. Frente a um Barcelona que está a ter o pior arranque das últimas três décadas, como foi questão de ser assinalado nos últimos dias, os de Alvalade podiam ter feito mais.

O início de jogo foi digno de um pesadelo; parecia que a bola fervia aos jogadores do Sporting, que sabem fazer melhor. Com demasiado respeito pelo nome, estádio e equipa adversária, o Sporting não conseguiu articular as ligações entre defesa e o meio-campo/ataque.

Os portugueses foram o adversário ideal para reabilitar a turma de Guardiola, e foi com naturalidade que o Barcelona inaugurou o marcador. Polga não fica bem na fotografia, pois aparenta ser o jogador que devia estar a marcar Marquez, que cabeceou completamente à-vontade.

O Barcelona chegou ao intervalo com a vantagem mínima, mas fica-se com a sensação que aquela equipa, com os índices de confiança que lhe deviam ser naturais, teria goleado o frágil Sporting da primeira parte.

O penalty oferecido ao Barcelona é ridículo (como aliás já o havia sido o penalty oferecido a Ronaldinho, há três anos, contra o Benfica), e serviu para confortar uma equipa que falhava passes de uma forma completamente anormal. Era a hora do Sporting crescer e, à medida que se ia perdendo o respeito (medo?) pelo adversário, os jogadores leoninos iam revelando as suas qualidades de forma mais natural. O Barcelona tremeu com o 2-1 de Tonel.

Paulo Bento terá castrado o fulgor da sua equipa ao encostar Miguel Veloso ao lado esquerdo da sua defesa (um filme muito visto, sempre que o treinador procurava aguentar resultados na época anterior). Terá sido, portanto, natural que Xavi tivesse fechado a contagem num 3-1 em que pôde subir pela grande área do Sporting sem ser minimamente acompanhado ou perturbado. Não se pode facilitar.

Em suma, e tal como aconteceu no jogo "a feijões" em Madrid, o Sporting apenas começou a acreditar no seu valor quando já era tarde. Ficou mais fraco e moralizou um adversário que até poderá visitar Alvalade com as suas contas arrumadas, se embalar definitivamente.

O Shaktar já leva três pontos ganhos fora, e recebe o Barcelona antes de ir jogar a Alvalade. Se o Sporting ganhar ao Basel, a luta pelo segundo lugar deverá ser um despique interessante de se seguir.

PS: alguém duvida que o Sporting estaria mais forte contra o Barcelona, se tivesse Vukcevic a titular? No pasa nada...

terça-feira, setembro 16, 2008

Humor sublime

«Roberto Carlos chegou a dizer na altura que Secretário era, ao lado de Cafú, o melhor lateral-direito com quem jogara.»

Resta saber quem é o autor de tamanha pérola e dar-lhe tempo de antena num canal de maior alcance.

Sidnei was right!

«O que o Benfica veio dizer é que se trata de um lance normal no futebol moderno, em que Luisão tentou ganhar melhor espaço para disputar a bola. Não há nenhum dolo* naquele lance»
- João Gabriel, director de comunicação do Benfica.

Então, o que dizer do lance de Rodriguez?

Parece-me que o clube que "ganhar" um caso, perderá o outro. A menos que haja dualidade de critérios. Não seria a primeira vez...

Mas atente-se nisto: Benfica terá sempre um jogador punido - discute-se o número de jogos. Acredito que privar o melhor jogador do Porto de jogar é algo que se paga bem com a ausência de Luisão por dois jogos.

*Dolo, não «golo» como se citou no Dia Seguinte da SIC, um programa que teve um momento completamente delicioso a partir dos 50 minutos... a (re)ver aqui (programa completo) ou aqui (apenas a parte "engraçada").

segunda-feira, setembro 15, 2008

Sado-masoquismo e uma bola


O Benfica acaba de "castigar" Óscar Cardozo. Falta de aplicação num treino, dizem os jornais, que aparentam beber todos da mesma fonte, ao mesmo tempo que se nota que nem eles sabem o que aconteceu de verdade.

Cardozo foi castigado pelo clube numa altura em que já estava castigado pela UEFA e não poderia jogar no próximo jogo do Benfica, contra o Nápoles. Pode ser um abre-olhos para o jogador, que assim serve de exemplo aos restantes colegas: não se brinca em serviço, em qualquer circunstância. Veremos se esta medida de Quique terá efeitos pedagógicos ou acabará por se tornar num factor fracturante no seio do plantel encarnado.

Em Valência, Koeman varreu com meio plantel alegando rebaldaria; Camacho disse recentemente que o ambiente que encontrou no Benfica do ano passado era mau. Koeman herdou o plantel de Quique, que agora herda o plantel de Camacho (o que resta dele...). Uma novela a seguir com muita atenção...

Se, na novela do Benfica, a mão não é tão pesada devido ao castigo que o jogador já trazia consigo da época passada (mera coincidência?), já nos rivais da Segunda Circular, o caso é outro. Vukcevic não foi convocado para o Barcelona-Sporting. Por momentos, pensou-se que seria devido a uma lesão do jogador, provocada durante um jogo ao serviço da selecção.

No entanto, o empresário do Vuk dissipa quaisquer dúvidas: «Não percebo o que o Sporting pretende. Voltamos ao filme de antigamente. Dizem que não há qualquer problema com o jogador, que contam com ele e depois fazem-lhe isto. Não é justo nem sequer faz sentido. Falei com ele há pouco e o miúdo está destroçado. Podiam ter lucrado seis, sete milhões de euros com o jogador e agora, com isto, só o estão a desvalorizar. Sou empresário há 13 anos e não consigo perceber esta atitude.»

Fica-se com a sensação que Paulo Bento ainda conta com o jogador - senão teria sido estúpido ao não ter vender um dos jogadores que poderia ter rendido bom dinheiro aos cofres de Alvalade (ou do BES). Vuk não está a valorizar, nem como activo, nem como elemento da equipa. Se tanto, é um potencial cancro que poderá apodrecer um balneário - como tantos jogadores contrariados o conseguem ser.

Já se sabe que Paulo Bento é fortíssimo nas suas convicções. Também não acho que Paulo Bento seja estúpido, e que contará com o jogador ainda para esta época. Mas a verdade é que o Sporting vai mais fraco para Barcelona, ao dar-se ao luxo de dispensar a força e a técnica de Vukcevic - apenas o jogador mais raçudo desde Sá Pinto.

Já nem vale a pena falar de Stojkovic.

Em suma, os treinadores de Benfica e Sporting estão a procurar ficar mais fortes através de atitudes que enfraquecem tecnicamente as suas equipas. Se levarmos em conta que, em última análise, os treinadores valem aquilo que as suas equipas rendem, Quique e Paulo Bento estão a jogar um jogo perigoso.

O engraçado é que, quando é o Mourinho a fazer estas "cenas", há outro encanto.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Abrir a pestana

Sejamos francos: a Selecção está a jogar um futebol lindo. A qualidade das exibições tem vindo a aumentar gradualmente desde que Queirós assumiu o comando técnico, e o jogo de hoje não foi excepção.

Aos 83 minutos, salvo erro, o jogo estava ganho, depois de um pequeno contratempo.

O mal não passa por aí - os jogadores não deviam "apenas" ter o jogo ganho a vinte minutos do fim, como é óbvio, mas deviam tê-lo morto muitos minutos antes, numa das muitas oportunidades que tiveram ao seu dispor. Simão, Danny, Nani, Nuno Gomes... todos tiveram a sentença do jogo em seu poder!

Esbanjando oportunidades claras de golo, Portugal ainda se pôde refazer do revés que foi o golo do empate, através do penalty marcado de forma exemplar por um Deco num pico de forma que já não se via há uns tempos valentes. No entanto, o empate (!) fugiu (!?) ao cair do pano. Se empatar já era mau, depois de uma exibição tão forte e consistente, perder é injusto. Os jogadores da Dinamarca não mereceram ganhar este jogo, mas acreditaram nas poucas hipóteses de que dispuseram até ao fim do jogo e, com alguma sorte à mistura, roubaram a liderança do Grupo a Portugal.

As conta de Queirós ficaram mais complicadas, mas se a sua equipa continuar a jogar assim (com um pouco mais de pontaria), o apuramento para o Mundial não só é uma garantia - é uma certeza. Só é preciso abrir a pestana e não falhar tantos golos.

Que vergonha, estes sub-21 portugueses! (*)

Terá havido pior selecção nacional de sub-21 do que esta? – duvido, seriamente! Falo de técnicos e jogadores; de défice de qualidade e excesso de vedetismo.

Muitos vão chegar (ou voltar) a vestir – e até com alguma regularidade – a camisola da selecção “AA”; alguns por mérito próprio, outros nem por isso. Mas a maioria, certamente, que está a viver os seus últimos momentos de quinas ao peito.

Sou adepto de futebol; e sou, sobretudo, português. Sabendo que haverá, porventura, assunto mais importante a discutir, não posso ignorar o que, ontem, se passou no jogo com a Rep. Irlanda (empate 2-2).

Fiquei, em primeiro lugar, “chocado” com as opções “clubísticas” do seleccionador Rui Caçador, um "refém" de nomes e tácticas. E fiquei, em segundo lugar, ainda mais “chocado” com a postura “olímpica” de jogadores de renome, exemplos de Miguel Veloso ou Manuel Fernandes – visivelmente mais preocupados na poupança física (na manutenção da barriga, no caso de Veloso) e psicológica (na manutenção de qualquer-coisa, que ainda ninguém conseguiu identificar em Fernandes) do que em vencer pelo seu país (ou, pelo menos, país de acolhimento, no caso de outro "cagão-pés-de-chumbo" chamado Manuel da Costa).

Não tanto “chocado”, todavia, com as prestações de Manuel da Costa (Fiorentina) ou Pelé (FC Porto). Aqui, mais “chocado” com o preço dos passes destes medíocres futebolistas. Por entre os 22 em campo – “pobres” irlandeses incluídos – salvaram-se, por Portugal, e apesar de todas as suas limitações, Vieirinha e Ricardo Vaz Tê (parece incrível, não parece!).
(*) texto publicado em simultâneo no atascadoalex.blogspot.com

terça-feira, setembro 09, 2008

Rui Caçador

Será que é hoje que todos vêm que aquela cedilha já caíu há uns bons tempos?

Ontem, a conversa era sobre isto



(a partir do segundo 36).

Venda-se Di Maria

Di Maria é o jogador fetiche do momento - pelo menos, para as redacções dos diários desportivos cá do burgo. Todos os dias têm saído notícias acerca do interesse do Colosso FC ou do AC Colossal nos préstimos do jogador argentino.

Como já acontecera com Nélson. E com Simão. E com o Luisão. E como acontece com o Miguel Veloso. E com João Moutinho. E por aí fora. É um pouco estranho esta especulação apenas abordar superficialmente os jogadores do FC Porto - ainda por cima, o clube que melhor vende.

Alguém acredita que Di Maria vale 30 milhões de euros? Ou o próprio Miguel Veloso? Depois da transferência de Quaresma se ter revelado um flop à luz das expectativas que se criaram (desta vez, pelo próprio Pinto da Costa), a barra desceu e nivela os passes dos jogadores bem mais por baixo.

Quaresma é um jogador que encaixa perfeitamente no onze inicial de qualquer clube do Mundo, e tem apresentado uma consistência bem acima da média ao longo dos últimos três anos, tendo sido fundamental nas últimas conquistas do FC Porto (tendo a sua ausência do jogo da última Supertaça um autêntico tiro no pé por parte de Jesualdo Ferreira). Quaresma é um jogador que entretém a plateia sem comprometer a sua equipa, e ainda tem o pico da sua carreira futebolística no horizonte. E "só" valeu o que valeu.

Simão, outro jogador emblemático do Benfica (um jogador que é uma garantia de pontos, golos e assistências), foi vendido bem abaixo do valor que se "exigia".

Ora, Di Maria ainda não se afirmou no futebol português - e muito menos no futebol europeu. Nota-se que há ali muita velocidade, muita fantasia e querer; mas também há falta de compleição física adequada para um jogador de topo, muita finta suicida e inconsequente, e ainda uma clara falta de influência no decorrer dos jogos. Não é só o que o jogador tem e o que ele pode vir a ter que inflaccionam o valor do seu passe - aquilo que o jogador não provou, e aquilo "que ainda falta trabalhar" também tiram muito peso à malinha do dinheiro.

O mesmo se aplica a Miguel Veloso. Onde há uma capacidade técnica, uma precisão de passe e uma potência de remate assinaláveis, também há uma lentidão gritante. Quando a lentidão é consequência de um desinteresse pelo decorrer do jogo , chega mesmo a ser desesperante.

À imagem de Quaresma, Di Maria e Miguel Veloso ainda têm o seu pico no horizonte. Mas o cigano já traz muitas histórias para contar, e muitos troféus na bagagem. Claro que o ex-jogador do Porto é mais velho e experiente - o que não deixa de ser uma valia, sentir-se que Quaresma sai na altura certa (ao contrário do que aconteceu quando saiu do Sporting).

Sejamos realistas em vários aspectos: neste último defeso a corda só esticou acima dos 30 milhões quando um magnata árabe decidiu fazer um show-off como uma afirmação de poder e estatuto.

Ninguém vai dar mais do que dez milhões (e já estou a ser simpático) por Di Maria ou Miguel Veloso , e talvez envolver um jogador que não interesse ao clube comprador, na transferência. Pela parte que me toca, se alguém aparecer com esse dinheiro, venda-se Di Maria. Um jogador que sai antes da sua hora vale sempre menos.

Neste momento...

...a blogosfera fervilha.

Dará erupção ou a montanha vai parir novo rato?

segunda-feira, setembro 08, 2008

domingo, setembro 07, 2008

Uma no cravo...

«Suleiman Al-Fahim, novo magnata do futebol europeu, em entrevista ao DN sport, identificou apenas um clube português que poderia dar lucro.
"O Benfica é conhecido mundialmente. A apostar em Portugal, neste momento, seria no Benfica. A história é sempre um bom investimento e o Benfica é uma marca importante no mundo do futebol. Sei perfeitamente que o FC Porto tem estado em destaque nos últimos anos, mas a marca Benfica continua em alta. Não seria errado investir no FC Porto, mas os dividendos seriam diferentes. Mas uma coisa é apostar no próprio clube, outra no campeonato. Seria uma má política apostar agora em Portugal."

(obrigado, Mike)

sexta-feira, setembro 05, 2008

Lapidar

«Manda quem pode e, neste momento, parece claro que o FC Porto manda na FPF e o Benfica na Liga, com o Sporting – à frente de um conjunto de “outsiders” quase todos rebocados pela espúria lógica das alianças circunstanciais – a ir às deixas e a espreitar alguma janela de oportunidade para daí poder retirar algum benefício.»

-Rui Santos, Record

Triste não é...

...não ter os quatro jogadores formados no Benfica, na lista da UEFA.

Triste é ver muitos deles a brilhar noutros clubes, muitos deles de costas voltadas para quem os ajudou no nobre percurso do chuto na bola...

quinta-feira, setembro 04, 2008

O sumaríssimo a Luisão




Ainda não está confirmado, mas parece que o Benfica vai conseguir "engonhar" o processo sumaríssimo de Luisão a ponto de poder utilizar o jogador contra o Sporting, tirando partido da rebaldaria que vai para os lados do Conselho de Justiça da Federação.

Por um lado, gostava que o Benfica desse hipóteses a outro central, nem que fosse ao jovem Sidnei. Se David Luiz foi "descoberto à força" por falta de alternativas, já Alcides estreou-se contra o Sporting e fez uma exibição notável, apenas manchada por uma expulsão sacada pelo maroto Liedson. Se temos recursos, usemo-los.

Por outro lado, é notável que os três últimos sumaríssimos da fase pós-moda-do-sumaríssimo-a-toda-a-semana tenham sido todos penalizadores para o Benfica. O primeiro visado foi Derlei (e bem), depois a Katsouranis (já não me lembro por quê), e agora a Luisão (também me parece merecido).

Se, em relação a clubes com menor visibilidade se compreende a discriminação, já em relação aos outros "grandes" do futebol português, fica-se melindrado. Basta pensar no calcar da virilha de João Moutinho por Bruno Alves, o mesmo jogador que pontapeou um jogador do Leixões nas costas - sempre de forma impune.

Em suma, concordo que o Benfica deva recorrer. Não para encravar a engrenagem da justiça para que possa utilizar o jogador contra o Sporting (contra quem já foi infeliz, umas vezes, e muito, muito feliz, noutra), mas para que Luisão veja o seu castigo reduzido - afinal de contas, é capitão do Benfica e encontra-se num bom momento de forma.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Mais uma ronda

1. O Benfica não vai ficar com o Estádio da Luz interditado, nem vai descer de divisão. Nem ser irradiado do futebol, imagine-se. Para desgosto de muito blogoesférico (?!), apenas se aplicou a lei, essa malvada.

2. Luisão está fora do dérbi. O Comissão Disciplinar da Liga entendeu que a pena a aplicar, por processo sumaríssimo, seria de dois jogos. É uma prisma que o Benfica irá contestar, certamente, de forma a que o brasileiro ainda possa ir a tempo de resolver mais um jogo contra o Sporting.

3. Quaresma afirmou algo parecido com finalmente "ter chegado a uma grande equipa", como sempre fora seu objectivo. No papel, as palavras são mais afiadas, eu sei...

4. Para além de uma autêntica "gestão danosa" no que diz respeito a transferências (Bosingwa custou a dobradinha, Quaresma custou a Supertaça, Rodriguez custou... 7 milhões e aumento substancial para Lucho), Pinto da Costa ainda tem Adriano por resolver. Um matador daqueles, do melhor que o nosso campeonato tem, ser "snobado" devia ser crime.

5. A SAD do FC Porto quer que Luís Filipe Vieira seja punido por ter ido pedir desculpas à equipa de arbitragem pelo comportamento de um adepto durante o clássico de sábado passado. É muito descaramento, para a SAD de um clube cujo presidente se encontra a cumprir (?) suspensão por tentativa (?!) de corrupção, e ainda assim não deixa de comparecer em actos oficiais, como não devia. Ironia grossa, suponho...

6. À falta de assunto, a imprensa dá mais forma a um estigma que foi ganhando força durante a última época: que "o Sporting joga mal, mas lá vai ganhando os jogos". Haverá fundo de verdade nesta teoria? É que mentira contada muitas vezes...

7. Menos um cromo no futebol: Oliver Kahn abandonou os relvados. Apesar de ter mentalidade vencedora e ser um guarda-redes competente, o alemão é o protótipo do colega chato com quem nunca gostaria de jogar, aquele que não se cala.

8. Em Itália, a imprensa faz um favor a Berlusconi e divaga publicamente acerca do treinador do Milan. "E se fosse Ancelotti a deixar o clube?", pergunta-se no CalcioMercato.

9. Não dá para fazermos fast-forward para o jogo entre Benfica e Nápoles?

terça-feira, setembro 02, 2008

Ponto da situação

1. Apenas duas equipas venceram nas duas já jogadas, o que faz delas líderes. Sporting e Nacional da Madeira partilham o lugar mais cobiçado da Liga (não, não é o de Hermínio Loureiro).

2. Em Braga, Paulo Bento viu a sua equipa entrar a ganhar, depois de uma excelente jogada de Abel, à aventura no ataque. Meyong terá sofrido uma carga de Postiga dentro da área, mas aguardo para ver o que os "peritos" darem os seus "pareceres" em "jornais" da "especialidade". Tanta aspa, irra.

3. Vukcevic voltou a jogar e João Pereira voltou a ser expulso - um regresso À normalidade, portanto.

4. O Sporting de Jesus desiludiu. Se Rui Patrício alguma vez viu a sua vida a andar para andar para trás, a culpa era dos seus próprios colegas (aquela canelada de Grimi para a própria baliza...).

5. Quaresma já está em Milão. Não pelos 40 milhões surrealistas que Pinto da Costa exigiu, numa táctica que chupou todos os tostões que o Inter poderia despender, dentro dos limites do razoável. No entanto, o presidente do FC Porto também fica numa posição mais sensível a críticas, depois de prometer que o jogador só sairia pela cláusula de rescisão, mais euro, menos euro (literalmente) - fica-se com a sensação que Pinto da Costa terá vergado (e onde está a propalada «bomba»? Simão não quis vir?). Não admira, o FC Porto é uma engrenagem que consome muito...

6. O FC Porto fica sem um jogador contrariado no plantel cujo jogador mais bem pago era precisamente Cristian Rodriguez, que joga na mesma posição e vinha do rival Benfica. Será que as contrariedades começaram aí?

7. Para que Quaresma saísse do FC Porto, primeiro teve Suazo de vir para o Benfica. Enquanto uns mais fracos, outros ficam mais... espera aí; antes já tinha saído Rodriguez do Benfica, fortalecendo o FC Porto! Que confusão...

8. Será que alguém, em bom juízo, poderá dizer que uma equipa que perde uma pedra fundamental do meio-campo (o cérebro da equipa), e ainda um dos três jogadores mais influentes dos últimos três anos (a par de Lisandro e Lucho), para além do melhor lateral direito da Europa... está mais forte? Apenas vejo Rodriguez a conseguir tapar, a espaços, a cárie que ficara numa posição em que um Quaresma apenas brilhava... a espaços.

9. Quando Simão saiu do Benfica, Pinto da Costa disse que tal havia sido a melhor contratação que os adversários poderiam ter almejado - pelos golos decisivos que ele marcava, para além das assistências e pelo que representava para a massa adepta. Há adversário que não fique com a mesma sensação, após a saída de Quaresma?

10. Para além de dinheiro, os azuis-e-brancos ainda ficam com Pelé, jovem promessa que pisa os mesmos terrenos de Paulo Assunção, jogador por quem ainda se suspira no Dragão - agora é tarde...

11. Dito e feito: o preparador físico do Benfica «já não presta». O homem que chegou a campeão europeu por um Liverpool que também disputara a Premier League (e as taças)... já não presta. Está bem.

12. Nem Inter, nem Milan, nem Real, nem Barcelona (facil, facil?), nem Liverpool nem Chelsea, nem Roma, nem Juventus (uf...) ganharam. Será que o campeonato já acabou para estas equipas?

13. O Benfica ficou sem lateral direito e não colmatou essa saída. É a falha mais visível do planeamento de Rui Costa para a época encarnada, como aliás parece ser o todo sector defensivo.

14. Mais um pontinho, só para não me ficar pelos treze.

segunda-feira, setembro 01, 2008

Tic-Tac

O mercado está a fechar...

...quais serão as surpresas de última hora?

Em actualização

A melhor imagem do clássico

Nélson Évora é aclamado por elementos dos Super Dragões.