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segunda-feira, outubro 27, 2008

Benfica encontra Vitória a minutos do fim

Liga Sagres
Benfica 2 - 1 Naval
(Luisão, Cardozo)



1. O desaparecimento da águia Vitória, assustada com os confétis da festa dos cinco anos do novo Estádio da Luz, foi um mau prenúncio para o jogo de ontem. Com Suazo a ocupar o lugar de Cardozo, que havia rubricado uma exibição medíocre na Alemanha, a equipa de Quique contava também com Yebda, que recuperava o seu lugar no onze inicial. Apesar de Maxi Pereira já se assumir como defesa-direito, o treinador espanhol preferiu apostar na ajuda que Rúben Amorim dá ao uruguaio, ao invés de tentar a sorte com a velocidade de Di Maria.

2. Não vi o jogo todo, mas ficam-me na memória alguns erros graves da equipa de arbitragem: um penalty não assinalado sobre Rúben Amorim e um fora-de-jogo mal assinalado à turma da Figueira da Foz. O jogador navalista ficaria isolado perante Quim! Há ainda um toque de Sidnei, com a coxa, num jogador da Naval, que me parece ter tido grande influência na queda deste. O árbitro decidiu punir o jogador Navalista com um cartão amarelo.

3. Mais um passe teleguiado de Reyes, desta vez a assistir Luisão. O xerife voltava a marcar e o público serenava. Por esta altura, já Quique estava com os nervos em flor, pois os jogadores faziam-se de esquecidos em relação às "lições" ministradas durante a semana - palavras dele, adaptação livre.

4. O golo da Naval foi tão caricato quanto previsível. A equipa da Luz estava a defender muito atrás, e a bola queimava nos pés. Nem Katso, nem Martins (os supostos cérebros da equipa) conseguiam gerir a posse de bola como o contexto obrigava, e a Naval marcava... de joelho.

5. Cardozo, sempre ele. Este jogador tem um faro pelo golo como há muito não se via num jogador que vestisse o Manto Sagrado. Por vezes, passa por completo ao lado do jogo, não trabalha, é estático e desplicente. Enerva. Compensa com verdadeiras «solhas» plenas de veneno, e marca muitos golos. Imaginem se soubesse jogar de cabeça...

6. Jorge Ribeiro assistiu Cardozo de forma milimétrica. É neste aspecto que o português se superioriza a Léo, que nem cruza com tanta precisão e intensidade, nem tem no remate a arma temível do irmão de Maniche.

7. Três anos depois, o Benfica ultrapassa o FC Porto na classificação da Liga Sagres. Sinal dos tempos? Esta jornada teve um gosto especial, pois o FC Porto perdeu com o Leixões (lembro-me da risota que o empate do Benfica em Matosinhos provocou aos rivais da turma da Luz), e o Sporting não conseguiu vergar o Paços em casa. Paulo Sérgio pode não ter a equipa mais bela do mundo, mas sabe retirar-lhe um aproveitamento assinalável. Ao assumir que não tinha engenho para atacar decentemente, apostou na solidez defensiva, com sucesso.

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