segunda-feira, julho 31, 2006
Umas coisas mudam...
Fernando Santos deixa Moretto e Beto em Portugal, quando o Benfica se prepara para o seu último teste, antes da Champions. Depois da confusão que foi a infrutífera pré-temporada, também Simão fica em Portugal e não joga contra o AEK. Pudera. O jogador não foi inscrito para a Liga dos Campeões...
Marcel, antigo goleador da Académica também fica em Lisboa; abre-se uma porta para Kikin Fonseca, dado que Miccoli se encontra lesionado. Transparece-se uma certa indefinição no ataque dos vermelhos - agora, fala-se em Kluivert.
Bruno Moraes confirma os seus pés de cristal - brilham tanto quanto quebram.
Por Itália... o Milan tenta Ronaldinho, Buffon e Ibrahimovic! (goal.com)
Profetas...
Até tenho O JOGO em boa consideração, apesar da forma como lambe as botas ao FC Porto.
No entanto, a edição do jornal de hoje tem um título que só pode ser entendido como um delírio.
Que fez Anderson, até hoje, para ser comparado a Deco? Quem têm, sequer, em comum, para além do "marketizado" 10?
Enfim...
domingo, julho 30, 2006
Águias voam baixinho...
A equipa não se encontra, apesar da alta rotatividade efectuada nos testes de pré-temporada. Os mundialistas regressaram - Quim deverá ter ganho a titularidade sem jogar um único minuto.
O problema da atribulada transferência de Manuel Fernandes acaba por ser uma chatice a menos para Fernando Santos, recheado de jogadores para a posição. Serão soluções de qualidade? Diego pouco mostrou, Beto não tem classe para jogar, sequer, na primeira divisão portuguesa, e Petit não deverá durar uma época inteira em alta (os seus livres estão cada vez mais perigosos).
Com a pré-eliminatória da fulcral Liga dos Campeões à porta, o Benfica encontra-se lavado num banho de humildade imposto pelos seus rivais da Segunda Circular. O Sporting ganhou - e bem - os jogos ao Benfica e ao Deportivo. Paulo Bento tem uma equipa com soluções, a necessitar de naturais afinações, mas que parece navegar a velocidade de cruzeiro. O trabalho da última época não está perdido, e o treinador parte com um trunfo de que não dispôs quando começou a comandar os verdes: a equipa foi feita à sua imagem, com jogadores escolhidos por si.
Em terras de Adriaanse, tudo normal. Bruno Moraes e Vieirinha são agradáveis confirmações.
Lá por fora, o Real Madrid repete um filme já visto, a Juventus desintegra-se (apesar da cega fidelidade de importantes jogadores) e o Milan ainda não colmatou as saídas de Sheva, Stam e Rui Costa.
Do Chelsea, espera-se muito; de Mourinho, tudo.
quarta-feira, julho 26, 2006
segunda-feira, julho 24, 2006
Quem conta um conto...
Soube que o Valência estava interessado em Simão, que o jogador estava interessado no clube, que o clube nunca quis o 20, que C. Ronaldo teria menos hipóteses de se juntar ao clube ché, mas acabo de saber que o Valência já está em Lisboa para "acelerar" o processo.
Irra, ao menos mintam todos em sintonia!
quarta-feira, julho 19, 2006
Um minutinho....
Quem olhar para o resultado com desdém - quer seja pelo contratempo ou, até, pela vantagem ser apenas curta -, não se esqueça que faltam meios, tal como o defesa-direito [Sonkaya], o melhor "central" [Litos], o defesa-esquerdo [Lino], o melhor jogador [Filipe Teixeira] , o extremo-esquerdo [Hélder Barbosa], extremo-direito [Raul Estevez] e o ponta-de-lança [?]. Não se preocupem, acabaremos sempre à frente!
2. Entretanto, e enquanto o Glorioso sua, três vezes numa semana, contra quem recebe para jogar, há quem opte por massacrar que paga para calçar, das divisões mais baixas deste e do país do seu treinador. Nada contra, quando o que conta, para já, é ganhar moral! Agora, Sr. Adriaanse, não me venha falar de recordes quando o árbitro apita para o final e, apesar dos 17-0, do outro lado está o Cerveira.
3. Depois da comunicação social vender Simão, parece que, agora, está na altura de ajudar a nação, na busca incessante por um avançado de área. Mas não nos precipitemos: alguém acredita que, um dia, Liedson aprenderá a cantar o hino?
P.S.: A fechar o dia, é sempre agradável, nos (difíceis) tempos que correm, ver um jovem português feliz ao alcançar determinada meta profissional. Fica apenas um reparo que, por cá, só faz falta quem quer lutar... mas depois, quando perceber que a grandeza não é comparável, que não regresse com o "rabinho entre as pernas".
E eu, por um grego campeão da Europa e por um jovem simpático, que me dá a ganhar 8,5 milhões de euros - sim, que os nossos só têm 50 por cento do passe -, então opto pelo primeiro!
segunda-feira, julho 17, 2006
Ele está de volta...
O regresso do Super-Mário... agora no Beira-Mar!
P.S.: Talvez o melhor currículo, pelo menos nas imediações da grande-área, que pisa, este ano, os relvados nacionais.
quinta-feira, julho 13, 2006
Defeso "morno"
Neste defeso, onde as limitações financeiras tornam a limitar ambições, os “grandes” têm o mérito de terem vendido pouco, acima de tudo sem prejuízo para as estruturas em construção.

(isto é um comentário bem mais de compreensão do que de apoio à actual estratégia desportiva)
A equipa está montada! Falta, talvez, o último homem, que empurre a redondinha lá para dentro com maior eficácia. E isto funcionará sem alas?
O campeão FC Porto é, talvez, o vencedor do defeso. Não por que contrata craques do calibre de Ezequias, Diogo Valente ou de um marroquino dispensado do Marítimo há sete anos (e, curiosamente, todos suplentes nos seus ex-clubes), mas antes porque mantém, incólume, um grupo que garantiu uma “dobradinha” - para mais jovem, com margem de progressão. E aquilo funcionará sem laterais?
O Sporting, essa eterna incógnita – aquele que ganha campeonatos com tipos como Acosta e De Franceschi, mas também os perde, bem mais vezes, com alguns como Figo e Balakov –, perdeu Sá Pinto, o que até pode ser considerado o proveito mais significativo da (pré-)época.
Paredes é bom e Tristán também! Caso venha, é claro. E se Paulo Bento mantiver a toada (de qualidade), talvez se encontre também em Alvalade méritos suficientes para se chegar ao título. E aquilo funcionará sem alas?
quarta-feira, julho 12, 2006
terça-feira, julho 11, 2006
Zizou vs Materazzi - o futebol como espelho da vida
O francês abdicou de tudo, preferindo insurgir-se contra um representante de uma espécie que infesta, sempre infestou e sempre infestará os campos de futebol - os praticantes sem fair-play nem educação, seres humanos que, como se costuma dizer, "não sabem estar".
Materazzi terá clamado a sua inocência, reduzindo-se a "ignorante". Até aí já tinha o Mundo chegado - apesar de teres alguma habilidade (?) para o desporto, serás sempre um arruaceiro, um caceteiro de primeira. Como prémio, passeias-te pelos palcos do Mundial - onde não poupas, sequer, os teus colegas às tuas clássicas cacetadas -, marcas um golo na final e és coroado campeão do Mundo.
Zidane foi vítima de várias injustiças, neste mundial alemão. Que estava acabado, diziam; mas arrastou uma penosa França até uma final onde nem deveria ter estado. Que manchou a sua carreira, saíndo "em baixa".
Nada mais injusto; quando agrediu fisicamente quem o vinha massacrando verbalmente (e que, apesar da prática no diálogo de guerrilha dentro das quatro linhas, não teve arte para responder a um "se queres tanto a minha camisola, no fim, trocamos"), Zidane deu um murro na mesa.
Chega de medíocridade. Chega de glória para os seres rasteiros, matreiros, chico-espertos e nojentos.
Quando se afirma que Zidane se juntou ao grupo de Materazzis e Companhia, porque se revelou agressor, eu digo exactamente o contrário. Para além de ter estabelecido uma ruptura no diálogo com esta facção, Zidane rompeu igualmente com aqueles que a toleram.
Acabaste em grande, incompreendido Zizou.
segunda-feira, julho 10, 2006
Zidane: o melhor do Mundial
* a coerência deste órgão consegue ser notável....
P.S.: a imprensa britânica promoveu, ontem, o vandalismo à casa de um português residente em Inglaterra, em mais um bom exemplo da xenofobia insular. A premiership perde um dos seus melhores praticantes!
domingo, julho 09, 2006
À atenção de Rui Loura
Forza, Italia!

O futebol como espelho da vida - como fonte de inspiração individual.
Em 1994, a Itália perdeu o Mundial por penalties, em 2000 perdeu o Euro para a França, hoje venceu os dois fantasmas que a vinham perseguindo e é a campeã do Mundo.
Parabéns!
*Talvez, assim, haja a referida amnistia para os clubes "pecadores"...
As finais são para vencer...
Para quem viu os Euro 2000 e 2004, soube a pouco. Estou a ficar mal habituado... ainda bem.
Pelo fim da tarde começará o Itália-França, provavelmente o melhor jogo do Mundial. Pirlo versus Zidane. Toni versus Henry. Ribery versus lui même.
Estou pela Itália.
Na Suíça, o Benfica (desfigurado na segunda parte) sentiu os calafrios de Moretto frente a uma equipa amadora serem requentados pelo toque de bola de Rui Costa e pelo killer instinct de Marcel. Moreira também marcou presença. Benvindos de volta!
Amanhã, não só haverá um novo campeão do mundo, como também se inicia a dança das cadeiras. Transferências e decisões. Quem sai, quem entra, quem vai, quem fica. Cristiano Ronaldo e o Manchester United. Scolari e as quinas. Simão por Kezman? Ricardo e o Sporting?
Jardel em Aveiro?
quinta-feira, julho 06, 2006
Despertámos do sonho
A história, essa, a mesma de sempre, voltou a oferecer à França uma final de uma grande competição, desta vez num Mundial, depois das vitórias, exactamente na mesma fase, também frente à selecção portuguesa, nos Europeus de 1984 – com um golo de Platini, no último minuto do prolongamento – e de 2000 – o tal em que Zidane marcou.
De nada valeu aos portugueses a notável campanha por terras germânicas – onde venceram Angola, Irão, México, Holanda e Inglaterra – e nem sequer o facto de, desta vez, terem sido eles os melhores em campo, provocando bem mais calafrios a Barthez, num jogo onde o herói Ricardo apenas por uma ou duas vezes suou.
Aos 33 minutos, de uma partida que, infelizmente, não estava destinada a terminar em festa, o carrasco de sempre, dos tais que desperta amores e ódios, como só os verdadeiros craques conseguem, "matou" o sonho de um pequeno país que, ao longo do último mês, provou estar no grupo dos melhores, dentro e fora do campo.
A Portugal não faltou nada, talvez apenas a ponta de sorte dos campeões, aquela que colocou uma França e uma Itália na final, duas equipas que, e mesmo reconhecendo uma quanta dose de nacionalismo, foram sempre inferiores às nossas cores.
Ao apito final de um árbitro uruguaio que, novamente, deixa poucas saudades, um tal de Jorge Larrionda – mais lesto no apito para um lado que para o outro –, o país não chorou. Manteve-se, sim, firme, orgulhoso pelo percurso do grupo de 23 liderado por Luiz Felipe Scolari.
Um brasileiro que chegou, viu, ouviu e venceu. Calou os críticos. Calou-me a mim.
Hoje, ainda há-de haver quem encontre culpas no seu trabalho por apenas ter conseguido chegar ao leque das quatro melhores do Mundo, outros vão sublinhar que esta equipa pouco ou nada sabe de bola, mas, esses, na realidade, e enquanto os portugueses descansam para o jogo da consagração, estão já de banho tomado, em casa, há vários dias. Outros nem sequer pisaram a Alemanha mas vão, agora, começar a destilar.

* Ricardo, Quim, Paulo Santos; Ricardo Carvalho, Fernando Meira, Miguel, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Caneira e Ricardo Costa; Costinha, Petit, Maniche, Deco, Hugo Viana, Tiago; Figo, Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo, Boa Morte, Pauleta, Nuno Gomes, Hélder Postiga. Luiz Felipe Scolari.
P.S.: o penálti sobre Thierry Henry é claro. Já a alegada falta sobre Cristiano Ronaldo é inexistente.
Alcides fala...
Não tenhas tanta certeza.
Já agora, um abraço solidário.
Parabéns Portugal
É a vida - glória aos vencedores, honra aos vencidos.
Foi a melhor prestação de sempre de Portugal em campeonatos do mundo, nos últimos 40 anos... e eu assisti a tudo... fantástico!
Sinceramente, torço pela Itália, agora.
Pirlo é gigante...
quarta-feira, julho 05, 2006
Melhor que os remates...
Parabéns, Itália!
terça-feira, julho 04, 2006
Benfica 2006/2007 - primeiros passos
É bom haver este Mundial, que nos mantém imbuídos de uma euforia incontida, que não nos permite realizar uma análise fria de um defeso que, por esta altura, ainda deixa (e muito) a desejar.
Até agora, as movimentações resumem-se às entradas de Rui Costa e Katsouranis, dois reforços para o meio-campo, e às mais que prováveis saídas de Quim e Simão Sabrosa. Pouco, para quem necessita, urgentemente, de um leque de, pelo menos, mais quatro atletas indiscutíveis (Miccoli pode estar incluído nesta lista). E, é claro, e acima de tudo, despachar uma mão-cheia de passivos: casos de José Fonte, Karyaka, Beto (sou um sonhador!), Laurent Robert – infelizmente, veio com dois anos fora do prazo – e, porque não, Mantorras (que isto de caridade fica, ou pelo menos devia ficar, para outras instituições).

No entanto, o técnico Fernando Santos apenas aponta os avançado (Miccoli e outro) como necessidades primárias, o que nos dá, para já, a certeza que a táctica em losango – em 4x4x2 – com um “miolo” constituído por Katsouranis, Petit, Manuel Fernandes e Rui Costa, é mesmo para avançar. Fico à espera que, qual Scolari, o engenheiro desfaça os meus receios.
P.S.: Já começam a roubar!
domingo, julho 02, 2006
Quatro décadas depois...
Scolari e Ricardo são os principais responsáveis pelo percurso da Selecção - e não me limito a penalties defendidos ou a escolhas técnico-tácticas.
Os derrotados, esses, todos sabem quem são... não são ingleses, mas falam Português com sotaque. Alguns, claro.
Contra a França, a missão estará tão complicada quanto facilitada - apesar de Titi Henry e Zizou na máxima força, Deco e Costinha voltam a uma equipa totalmente moralizada.
Celebremos, hoje, porque amanhã poderemos vir a ser campeões...