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segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Espírito de equipa triunfa sobre desinspiração individual

Liga Sagres
Sporting CP 3 - 2 SL Benfica
(Reyes, Cardozo)

O Benfica deixou o FC Porto alargar a distância, na luta pelo título, ao perder contra o arqui-rival Sporting.

A equipa de Quique apresentou-se na máxima força (apenas Moretto estava inapto) contra um Sporting que teve as suas baixas de vulto. Correndo o risco de dizer adeus ao título em caso de um resultado que não a vitória, a equipa de Paulo Bento encontrou entrosamento para bater o Benfica sem margem para dúvidas.

Enquanto a primeira parte foi animada, com um ping-pong de ataques e contra-ataques equilibrado, na segunda metade "só deu" Sporting. Os verdes-e-brancos chegaram à vantagem com um golo fenomenal de Liedon (nota dez para o excelente avançado do Sporting), depois de um lance em que David Luiz poderia ter evitado complicar. Deu canto. Deu golo. O empate aconteceu após um penalty indiscutível de Polga sobre Suazo, e que Reyes não desperdiçou. Entre golos, o Sporting pode queixar-se de um penalty não assinalado por Olegário Benquerença (esteve bem no resto do jogo), a castigar "braço" de Maxi Pereira dentro da área do Benfica.

Na segunda parte, o Benfica não teve argumentos para o constante sufoco provocado pelos jogadores do Sporting, que chegou à vantagem de forma perfeitamente natural. Com o marcador a ser reduzido, já no fim do jogo, por Cardozo, o resultado terá sido simpático para o que se assistiu na segunda parte - a fazer lembrar o pesadelo dos 5-3 do ano passado, para a Taça de Portugal.

Acreditem que me chateia mais ter empatado com o FC Porto, quando devia ter ganho, do que perder desta forma contra o Sporting. Há três resultados possíveis, no futebol. Calhou derrota, não é o fim do mundo. Ainda há muito campeonato pela frente, e o Sporting ainda pode "empatar" o FC Porto neste sprint final, com o jogo do próximo fim-de-semana...

8 comentários:

Nocturno disse...

Saber reconhecer que se mereceu a derrota é de grande valor. Parabéns!

RA disse...

A humildade na derrota, tal como na vitória, é uma sensação libertadora :)

Obrigado.

Anónimo disse...

É verdade que "contra factos não há argumentos". Mas custa... neste caso, nem se trata de perder, mas sim da forma como se perdeu e, sobretudo, aquela atitude e desinspiração na (re)entrada para a 2.ª parte. (quando fizemos uma coisa com "cabeça/tronco/membros", lá para os 90 minutos, marcámos um golo)

p.s.: não se pode perder assim, tão "sem espinhas", em Alvalade contra "este" Sporting.

Saudações benfiquistas

Bananaman disse...

De facto...foi SEM ESPINHAS.
Mais. Na 2ª parte foi mesmo um banho de bola e banho táctico.
Por falar em banho. Ó Quique, não quererás ir dar banho ao cão ?

RA disse...

Isso é que não... não podemos começar do zero sempre que o vento muda de feição!

Bananaman disse...

RA, por esta altura saberás talvez - até pelo facto de te teres dado ao trabalho de visitar o "entrosamento ofensivo" - que sou muito crítico em relação ao Sr.
E já não é de agora. Não é desde que "o vento muda de feição!".
Desde o início da época, obviamente salvaguardando alguma margem para ver o que se ia passar, que sou muito crítico, independentemente de simpatizar com a personalidade.
Consulta o arquivo do blog e verás.
Aqui do alto da minha bancada, como bom treinador, não concordo com a formação e definitivamente com o futebol ultra directo (horrível) que se vem jogando.
É uma tortura ver Aimar, Suazo, Reyes, Carlos Martins, estes principalmente, a fazerem personificações de Drogba. Receber um (balão de 50 metros) de costas para a baliza, virar, correr.
Não há paciência.
Não sou nenhum romântico e não é necessário ver 30 toques de calcanhar, mas o que é demais é como o que é de menos.

RA disse...

Alright.
Tens a tua razão.

Deixa-me apenas ser um pouco Calimero e dizer que, se n fossem as arbitragens, estaríamos na frente do campeonato - com uma margem decente para podermos experimentar essa coisa gira que é o futebol bonito.

O rapaz não terá culpa de tudo. Começou praticamente do zero. Teve de ganhar colhões para meter as estrelas no banco. Mudou o sistema táctico. Era impossível fazer um trabalho mais competente naquela defesa de bebés.

O que falha, sim, é o meio-campo.
E muitas mais coisas.

Give Quiqu'a chance!

Bananaman disse...

RA, como escrevi, até simpatizo com a pessoa. Com a personalidade que vemos.
Mais. Sem dúvida para quem, como eu, teve de gramar com os gloriosos anos Parmalat que no geral tudo melhorou. Sem dúvida. Melhorou...da noite para o dia.
Se calhar sou só que sou o super-exigente. E sim, até desde tempos recentes o Sr. é uma melhoria substancial.
Mas, pergunto. Os Camachos, Chalanas e Cia. tiveram Aimares e Suazos ?
Daí a minha exigência. Agora, as coisas têm de ser MUITO melhores.
Depois a formação. Mais uma vez realço, não sou um romântico da bola. O Mourinho e as suas equipas com um futebol "cru", por vezes a roçar o rústico mesmo, com as suas transições ultra rápidas, não é nenhuma beleza para os olhos. Mas ganha. Massacra. Impõe respeito.

Que joguemos em 442 "long ball style" á antiga inglesa ou noutra formação qualquer por mais absurda que seja, mas que DOMINEMOS os jogos, que mantenhamos a bola, que pressionemos os adversários e sobretudo, que ganhe, e por mim...Maravilha.
Não faz sentido utilizar futebol directo contra os Paços de Ferreira do nosso campeonato e não é por termos 3 ou 4 avançados que a equipa mais ganha e mais marca, como bem se tem visto.

E como já vai longo este comentário, por último. O Paulo Bento, grame-se ou não, deu um banho táctico total em 2 penadas.
Fechar Maxi. Reyes não defende, logo dois (extremo apoiado pelo lateral) a massacrar um defesa esquerdo (adaptado) e a construção de jogo do Benfica, morreu, restando apenas o "PIMBA, bola prá frente !".