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quinta-feira, abril 13, 2006

Opinião sobre um opinador

O cronista ao serviço da última página do Record – o mais vendido e lido jornal desportivo português (o futebol tem destas coisas!) –, anda totalmente imparável, somando ao seu já extenso rol de asneiras, opiniões que, mais que vontade de rir, dão vontade de chorar.

Alexandre Pais, e a sua escrita – que é disso que realmente estamos aqui a falar –, tão lesta a coroar como a punir, varia ao sabor do momento ou, ainda pior, aos sabor dos resultados. Abastado ou pedinte em segundos – da noite para o dia – o personagem, quase sempre da bola, é um joguete nas mãos (na pena, que é bem mais poderosa) do jornalista.

Não pretendo deste texto extrair qualquer pretensão de ser dono da razão, muito menos equacionar não respeitar opiniões contrárias às minhas. Mas quem, numa semana, escreve que um Marcel inteiro [mesmo não se referindo ao avançado brasileiro pelo nome], “não vale um joelho do Mantorras”; ou, indignado, que o Sérgio Conceição teve uma pena leve (!) [com Sá Pinto, o do seleccionador Artur Jorge, ou J.V.P., o do “Mundial” 2002, a jogarem à bola, porquê tanta admiração?], já pouco respeito me merece.

Concluo que pouco ou nada percebe de futebol, nacional e internacional (talvez dos três “grandes”, mas pouco mais). E aqui tenho de sublinhar a questão do Marcel. Então um rapaz de 23 anos, da Selecção Olímpica do Brasil, a quem já vi marcar com ambos os pés e com a cabeça (em gestos técnicos perfeitos) e que, como “cereja em cima do bolo”, poderia até ser o melhor executante nos lances de bola parada (livres directos, entenda-se), caso o Simão e o Koeman deixassem, não vale um joelho estragado. Ahh!

Há, no entanto, uma ilação positiva a retirar desta escrita, no Passe Longo de Alexandre Pais. Ainda mais dificilmente nos esquecemos do Passe Curto, dado por Ferreira Fernandes.

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