badge respira futebol

quarta-feira, agosto 22, 2007

Ainda, F. Santos

Seria (quase) cínico, se lamentasse o despedimento com indemnização choruda de Fernando Santos. Embora o considere um treinador honesto e competente, o prazo do seu ciclo no Benfica estava, claramente e há muito, ultrapassado.

(assim de repente, não me recordo de alguém que, ao “não cair no goto”, tenha conseguido “calar” o 3.º anel, provando que os milhões também se enganam)

O treinador é, com raras excepções, o elemento penalizado pelos maus resultados (uma vez, recordo-me, um técnico abandonou a Académica devido a conflitos com um jogador! Mas isso é na Académica. E o presidente o Campos Coroa – tipo porreiro, de academismo cego). No futebol é assim. Sempre foi e sempre será.

Sem querer encontrar as razões para este ano menos positivo, com Fernando Santos ao leme, sem vitórias significativas ou títulos conquistados, a verdade é que já não existiam condições, desde a confiança aos resultados práticos do seu trabalho – neste último caso, visível dentro das quatro linhas –, que justificassem a permanência do treinador. E o resto, são fait-divers.

Claro que são questões paralelas importantes. Importantíssimas. Mas isso não invalida que a opção pela troca, de Fernando Santos por José António Camacho, embora incómoda, seja a mais correcta.

Agora, que este Benfica 2007/2008 nasceu torto, lá isso é verdade. E Fernando Santos é apenas um dos culpados – as saídas de Simão Sabrosa e Manuel Fernandes, lamentadas pelo agora ex-treinador, são, já se sabe, apenas (maus) exemplos a ter em conta. Mas existem outros, que tornam este Benfica num produto instável. Pelo menos, para já.

(termino, revelando a minha faceta mais optimista)

Sem comentários: