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domingo, agosto 19, 2007

De volta à (a)normalidade...

Enquanto vejo o inquietante Liverpool-Chelsea, depois de um dérbi de Manchester algo morto (adormecido pelo tiro do "nosso" Soneca), reparo que nada mudou e tudo continua na mesma. Senão, vejamos:

- na sexta-feira, o Sporting espeta a verdadeira malha na Académica, um conjunto de atletas que, de jogadores de futebol só têm o equipamento*. Ano após ano, a equipa de Coimbra desilude, joga abaixo das piores espectativas e luta pela própria sobrevivência de um projecto que terá a sua falência constantemente adiada. Até um dia.
O Sporting soube aguentar um primeiro atrevimento por parte do adversário cuja melhor jogada foi um falhanço inacreditável na cara de Stoikovic (o sósia do Quim, com uns centímetros a mais). Depois, foi aplicar a lição nos estudantes, passe o cliché. Tinha de ser. Quatro golos e já está.
Fala-se de um penalty não assinalado a favor da Académica - Deus escreve direito por linhas tortas, já que o jogador que sofreu a falta dominou a bola com o braço.
Fala-se do golo de Tonel, que terá dominado a bola com o braço - pois bem, tudo isto se esquece quando se vê o meco academista agarrado ao poste, qual Davids em 2004. Enfim.

- no sábado era a vez de Benfica e Porto mostrarem o que valem.
Tal como no ano passado, quem tem Quaresma tem tudo. Dois golos fantásticos ofereceram a vitória aos pupilos do Jesualdo-dos-dentes-podres.
O Benfica já não tem Simão. O melhor jogador do último campeonato foi para Espanha, e o Benfica ficou sem o jogador que salvava a equipa nos dias mais cinzentos (como Quaresma no FC Porto).
Ficaram o treinador, os jogos aborrecidos e enfadonhos, o plantel desiquilibrado, o presidente com a subtileza de um cóboi, a angústia até ao fim, o ser salvo em cima do gongo, e o perder tudo perto do fim. Rui Costa, Petit (vai ser o melhor do Benfica, este ano) e um esforçado Cardozo não chegam.
Tal como Nuno Gomes apontou, na flash interview, há muita coisa que falta neste Benfica, em termos de tranquilidade. A tranquilidade vem com os resultados, e o inteligente jogador não se coibiu de meter o dedo na ferida. Veremos no que isto dá. Aposto que não dá em nada - o truque tem sido fazer de conta que está tudo bem, com os resultados que se sabem.

O campeonato está de volta.
Com as enfadonhas jornadas de 5 dias, os fantásticos jogos de Inglaterra e Espanha, os relatos do excelente Bruno Ribeiro (que, ao contrário de um colega, não diz "Pilro" em vez de Pirlo), os jogos da Champions, as pausas para jogos da Selecção, o choramingar de Rui Santos, etc etc.

*Salvam-se duas excepções: N'Doye e Barbosa.

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