Após décadas de afastamento, visível ao longo de uma série de campanhas falhadas, mas também no apoio efectuado junto do grupo de Humberto Coelho – que, na tarefa mais difícil dos últimos anos, bateu o pé à França campeã do mundo, na meia-final do Euro’ 2000 –, os adeptos uniram-se em redor de um grupo que, mesmo não sendo consensual, ninguém quer ver perder.
A felicidade em receber uma competição como foi o último Europeu, onde os nervos andaram sempre ali, à flor da pele, permitiu arrancar com uma cultura de identificação nacional, sustentada no fenómeno desportivo – algo raro, por cá.Portugal tornou-se, e tal como já devia acontecer há muito, uma verdadeira bandeira do país.
Ontem, em Évora, a recepção à comitiva de Scolari, na câmara municipal da capital do Alto Alentejo, tornou a merecer destaque, com uma excitação máxima que chegou a roçar, diversas vezes, a histeria colectiva. Ali, não só para as crianças, mas também para muitos adultos, estão mais que jogadores de futebol. E essa mística é indispensável – se é que queremos ser mais que uma equipa de bons rapazes, já neste Mundial da Alemanha.

Sem comentários:
Enviar um comentário