1. O Egipto venceu em casa de forma justa. Mesmo com algumas benesses dos homens do apito, os anfitriões provaram o louvor que é ter um bom grupo, em detrimento da (quase) total dependência de um ou dois fenómenos – que, mais que nunca, comprovam hoje as qualidades do futebol made in África.
A vitória surgiu na lotaria dos penáltis, num bom retrato daquilo que foi a competitividade entre os melhores desta competição.
2. Sim, são fenómenos. Eto’o e Drogba surgem na primeira fila dos melhores do futebol mundial nas suas posições. Falta-lhes pouco para serem completos, mesmo que deixem que os dotes técnicos superiores fiquem para outros. Eles não estão lá para fintar, nem para passar e muito menos para defender. Os golos são como oxigénio e, diga-se, a este ritmo ainda estarão vivos lá para os 100 anos.
3. Atenção a esta Costa do Marfim no “Mundial”. Além do menino querido de José Mourinho há lá muito mais… e poucos não são de topo.
No ponto mais remoto temos uma África do Sul de futuro pouco optimista. Os mais novos são fracos e os mais velhos (ou experientes, se preferirem) querem pouco daquilo. A McCarthy só faltou mesmo cuspir ou amassar alguém de cotovelo para regressar mais cedo ao Porto.
3. Pobre Angola. Assim, vai ser difícil. Confesso que o sorteio para a Alemanha me entristeceu, já que me impediu de apoiar um país pelo qual tenho carinho (sei lá porquê se ainda nem sequer equacionei visitá-lo – talvez pelo Mantorras e pelo Akwá!). Mas também tenho de confessar que sou da opinião que se Portugal precisava de um opositor para começar a prova com o pé direito não poderia ter "escolhido" melhor.
Quanto às questões levantadas pelo Mantorras há pouco, ou nada, a dizer: o seleccionador Oliveira Martins venceu um campeonato africano de sub-20 e levou os “AA” a um Campeonato do Mundo – tudo inédito no futebol angolano. Este já provou poder mandar, mesmo que o povo não concorde: a receita resulta.
4. Apenas a grande estrela do Egipto, o jovem prodígio Mido – do Tottenham – se escusou a sair vencedor da competição, depois de uma atitude inexplicável aquando do jogo da meia-final frente ao Senegal. Só este fim-de-semana tive a oportunidade de ver as imagens da polémica substituição e consequente confronto entre o avançado e o seleccionador egípcio, em plena pista de tartan... e, pouco depois, os perturbados festejos do golo da vitória.
O homem até se pode escusar nos tenros 22 anos, mas a caricatura pintada perante um “Cairo” esgotadíssimo não foi mais que uma falta de respeito por treinador, colegas e povo – que estará a dar graças a Alá pelo “efeito-borracha” do título.
Pelo menos, que seja esta a única caricatura mal-feita (desnecessária, de ofensa gratuita) que se discuta, envergonhe e revolte, nos próximos tempos, as gentes daquela zona.
3 comentários:
Por acaso, acho o Benni (dos seus melhores dias) um dos melhores avançados da última década a jogar em Portugal.
No entanto, o seu futebol não é consistente e parece estar numa fase descendente.
Nos seus melhores dias, McCarthy mete Liedson a um canto.
A referência ao Benni está incluida na análise à África do Sul (aquela desilusão)
em pontas de lança os 3 grandes estao bem servidos liedson benni e nuno gomes 3 pontas de lança de grande qualidade
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