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quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Mercado de Inverno

O mercado de transferências de Inverno encerrou na última meia-noite, sem mudanças significativas nos plantéis das principais equipas do futebol português.
Aliás, e como nos anunciavam anos recentes, esta fase de contratações não é mais que um retrato sofrível da falta de argumentos das nossas equipas em convencerem os melhores (ou os bons, já para não ser tão exigente) a mudarem-se para o nosso lado.

Ao observar as transferências nesta recta final, guardo apenas o facto de não conhecer nenhum dos estreantes da Liga portuguesa – um brasileiro (para a U. Leiria), um argentino (para a Naval) e um nativo do… Benin (para o ex-Chumbita Resort, é claro) –, e os regressos de Hugo Costa (Braga) e do brasileiro André Barreto (Estrela da Amadora). Muito pouco para elevar a qualidade do nosso futebol…

Não posso, igualmente, deixar de recordar com saudade os anos em que, por aqui, jogavam os melhores portugueses (que são muitos, como se prova), a exemplo do que ainda acontece em Inglaterra – salve o efeito lusitano de Mourinho e o hispânico de Benitez – e em Itália.
Rendo-me às evidências de que caímos num ciclo temível, onde no balanço qualidade-custo quem perde é o mesmo de sempre: o adepto. Hoje, observo a debandada dos melhores jogadores portugueses por essa Europa fora e a chegada descontrolada de valores duvidosos vindos do outro lado do Atlântico. Enfim, agora sim compreendo o porquê de ter crescido a ouvir que, em linguagem futebolística, somos os brasileiros da Europa.

As saudades que tenho de esperar, em frente à TV, pelos jogos do Barcelona, Juventus, Dortmund ou Parma para, orgulhosamente, seguir quem era mesmo impossível de segurar.

P.S.: Gosto especialmente da política de contratações da U. Leiria. Aliás – e tal como acontece com o FC Porto em relação a Benfica e Sporting –, é sempre bom ter na região um olheiro de grande dimensão. Que o diga a ala esquerda leiriense, constituída por Tixier, Fábio Felício, Alhandra e, agora, pelo pretendido Hadson (irmão do craque Harison, aquele que aquando da passagem pelos sub-21 da “canarinha” chegou a relegar o Káká para... o banco de suplentes).

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