badge respira futebol

domingo, fevereiro 19, 2006

O actual (mau) jornalismo deportivo

É tanta a “fome” pela novidade que, hoje, não há leitor que possa ficar esclarecido ao ler um qualquer jornal desportivo português. A dúvida é, agora, parte integrante da notícia e, mesmo com todos os dados (com pormenores como a cor da caneta com que se assinou o contrato), são já raros, talvez só mesmo os ingénuos, que colocam as “mãos no fogo”.

Neste cenário surge como maior promotor do descrédito o RECORD. Se o leitor-comum se fiasse nas suas manchetes (ou notícias de menor destaque) o Benfica teria hoje um plantel com cinco dezenas de elementos – basta recuar à pré-época passada –, e meia Liga portuguesa (e não só) andava de camisolas trocadas.

O exemplo mais recente:
1. Num post anterior escrevi, acerca da notícia que dava conta que o Zé Castro (da Académica) iria para o FC Porto, que “o Record não dorme”. Sarcasmo, pois claro, que já há quem sabe onde o miúdo vai jogar para o ano – eu, por acaso, só sabia que não era no Porto!

2. Há algumas horas atrás, o meu companheiro de blog enviou-me uma mensagem a dar conta da transferência do “central” para o Deportivo da Corunha. Afinal já vai para a Galiza. Não falei com ele, mas a fonte só poderá mesmo ter sido algum órgão de comunicação social desportivo made in Portugal.

3. Esta tarde, estive com um dos poucos que sabe, de facto, para onde vai jogar o Zé Castro na próxima época. Quando lhe dei conta que era agora o Depor que andava na baila a reacção foi de ironia: “E que tal fazermos um TotoCastro!”.

4. No final do dia confirmei o que já sabia - que o Zé Castro vai jogar no estrangeiro – e, mais tarde, o seu real destino. Apenas o mais conceituado jornal desportivo do país vizinho acertou (tão perto e tão longe). Já estou a imaginar o Zé num Atlético-Real, num Vicent Cálderon incandescente, a meter no bolso Ronaldo, Raúl, Robinho e Companhia. Uma Marca de qualidade, nascida e criada no Santa Cruz (em Coimbra).

P.S.: E o Record segue...

Sem comentários: