badge respira futebol

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Jesus (é grande)


Lembrei-me ontem à tarde de escrever acerca do técnico da U. Leiria, Jorge Jesus – também gosto daquela do “Cavalo Branco”. Nada mais justo, aliás, depois das vitórias consecutivas convincentes na recepção ao Benfica (3-1) e na visita ao Nacional (4-1). Pois é, naquele post de dia 6 faltou mesmo um elogio mais que merecido a quem montou a estratégia (mea culpa, que por vezes penso demais das quatro linhas para dentro).

A verdade é que, neste preciso momento, e quando circulo no meu carro podre (uma avaria que me vai custar o coiro), ouço o homem do momento no noticiário desportivo da TSF. “Grande f.d.p.! Não é que me roubou a linha de raciocínio”.

“(...) de timbre exaltado” diz o locutor, antes de lançar o r.m.. O treinador fala, irado, “daqueles de casacos caros e bons diálogos” e contrapõe “com os bons resultados”. Mais nada! Deixa corado quem duvidou do seu valor, acredito que apenas por um preconceito estético primário. Realmente aquele cabelo, aquelas vestes, aquelas flash-interviews, os balanços a frio... não lembram ao Diabo (reparem que, respeitosamente, coloquei maiúscula, não vá um adepto do demo ficar ofendido!) devia ser irradiado!

Os nossos treinadores deviam ter todos sobretudos de marca, falinhas que derretem e uma bela pasta num cabelo fashion. Seriamos todos muito mais felizes: Carvalhal deixava de comentar na SportTV (passava a treinar o Benfica); Couceiro ainda treinava o FC Porto (o estilo há que ser proporcional ao posto); Paulo Bento fazia do Sporting campeão Europeu (mas há que ler mais poesia. O discurso já se torna entediante); Vítor Pontes treinava o V. Guimarães por muitos e bons anos (que assim seja); João Carlos Pereira pegava no Nacional e dava razão ao Rui Alves e, como corolário deste cenário perfeito, Luís Campos construía um Gil Vicente a lutar pelo título (ai construía, sim senhor!).

Os novos “Mourinhos”. Esses injustiçados que tanto já fizeram... e perderam!

P.S.: Já me esquecia! E ainda dávamos um apito ao Coroado que passava a arbitrar TODOS os jogos da Liga (e bem, desde que não trocassem as voltas ao homem a falarem um hispano-argentino).